domingo, 17 de maio de 2009

NADA DE NOVO SOB O SOL


Quando eu tinha de nove para dez anos fui passar férias na roça e quase morri de tédio. Com nove graus de miopia não conseguia andar a cavalo, nadar ou brincar de pique cega, sem trocadilho, por favor. Não havia tv, dvd, computador, nada. O único livro disponível era a Bíblia. Comecei a ler aquelas letras miúdas meio de brincadeira e acabei avançando do velho ao novo testamento. O resultado é que alguns textos me encantam até hoje, como o Livro do Eclesiastes. Acho que todas as pessoas deveriam lê-lo de vez em quando. Vejam, abaixo, como a prosa do Eclesiastes é perene e atual.
TUDO TEM SEU TEMPO...
Tudo tem o seu tempo determinado
e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.
Há tempo de nascer e tempo de morrer;
tempo de plantar e de arrancar o que se plantou;
Tempo de matar e tempo de curar;
tempo de derrubar e tempo de edificar...
Tempo de amar, e tempo de odiar;
tempo de guerra, e tempo de paz...
porque há um tempo
para todo o propósito
e para toda a obra.
O que sucede aos filhos dos homens,
isso mesmo também sucede aos animais
e lhes sucede a mesma coisa; como morre um,
assim morre o outro; e todos têm o mesmo fôlego,
e a vantagem dos homens sobre os animais
não é nenhuma. Todos vão para um lugar;
todos foram feitos do pó e todos voltarão ao pó...
Vaidade, tudo é vaidade...
Tudo é vaidade e vento que passa...
Que proveito tem o homem,
de todo o trabalho que faz debaixo do sol?
Uma geração vai, e outra geração vem;
mas a terra para sempre permanece.
Nasce o sol, e o sol se põe e apressa-se
a voltar ao lugar de onde nasceu...
O que foi, isso é o que há de ser e o que se fez,
isso se fará de modo que nada há de novo sob o sol.
(Eclesiastes 1, 2-3)

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