quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Tudo o que sei é o que leio nos jornais...


Novos colunistas da Folha: é ótimo ver gente que rema contra a maré escrevendo sobre acontecimentos diários em um jornal de peso. Na verdade, é sensacional.

Fico espantada com críticas a este ou aquele profissional porque ele seria de direita. Todos os países do mundo tem colunistas, partidos políticos e líderes de direita. Nem por isso deixaram de ser democracias sólidas e tolerantes. Na verdade, a maioria dos países onde se vive melhor respeita líderes do centro, da direita e da esquerda.

A propósito do quadro de colunistas da Folha, verdadeiros mestres da arte de escrever em português, gostaria de comentar sobre um livro muito interessante: “A Queda da Publicidade e a ascensão das Relações Públicas», de Al Ries e Laura Ries.

Editado pela "Notícias Editorial" de Portugal, o livro defende a leitura diária das páginas de opinião dos grandes jornais como chave para a implantação de marca de trabalho, de médio e longo prazo, em qualquer área da publicidade.

Valendo-se de numerosos exemplos e casos, a começar por Playstation, Viagra e Amazon, os autores são diretos e objetivos: “Quase tudo o que sei é o que leio nos jornais”. É a mais pura verdade.

A maior parte das pessoas apenas «sabe» o que lê, vê ou escuta nos meios de informação, ou que aprende com as pessoas em quem confia.

Em resumo: a maior parte das pessoas determina o que é melhor procurando o que os outros pensam que é melhor. E as maiores fontes para essa determinação ainda são os jornais, as rádios e as tevês.

Nada se compara ao poder da imprensa. A publicidade, por exemplo, tem credibilidade próxima do zero. Já os jornais e os jornalistas são amados e respeitados. Não é por acaso que a maioria das pessoas associa à imprensa e ao jornalismo palavras como verdade e justiça, que representam os valores mais elevados da civilização humana.

PS: A Folha amplia a partir de amanhã a sua equipe de colunistas no caderno “Poder”: Reinaldo Azevedo escreverá às sextas-feiras, Demétrio Magnoli aos sábados e Ricardo Melo às segundas. Os três vão se somar a Janio de Freitas — que continuará escrevendo às terças, quintas e domingos — e a Elio Gaspari — às quartas e domingos.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

A vida não é diferente da guerra



A operação militar mais temida é a retirada; exige grau elevado de maturidade para evitar tentativas de heroísmos tardios que acabam gerando debandadas humilhantes. Para executar a retirada com o mínimo de dignidade, e sem prejuízos irreversíveis, precisamos buscar os entendimentos possíveis em clima de ponderação e equilíbrio, ainda que não exista mais esperança. A vida não é diferente da guerra. A morte é a nossa retirada.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Contra a baixaria na TV

Por iniciativa de entidades que defendem os direitos da infância, o dia 18 de outubro passou a ser marcado, há alguns anos, como o Dia Nacional contra a Baixaria na TV. Faz sentido.

Segundo o jornal norte-americano Washington Post, o Brasil é o segundo país que mais assiste televisão em todo mundo, atrás apenas do Reino Unido. Precisamos, então, de datas como esta para estimular a boa qualidade nas grades de programação.

Ao mesmo tempo, devmos fazer um esforço para transformar as emissoras de rádio e tevê como parceiras da preservação de valores e princípios que ao longo de gerações foram construídos.

Especialistas em comunicação costumam dizer que a televisão brasileira atingiu níveis de excelência técnica, mas não evoluiu na mesma medida em relação ao conteúdo. Acrescentam que no segmento de entretenimento, o que temos é uma profusão de programas discriminatórios, baseados na humilhação das pessoas e que atentam contra os direitos humanos. Isso também acontece no jornalismo, especialmente nos programa policiais e sensacionalistas, mas em menor escala.

No segmento dos programas destinados aos jovens e adolescentes estaria prevalecendo o incentivo exacerbado ao consumismo. Para a psicóloga Teresa Pecegueiro, o que predomina na TV genuinamente brasileira é a exibição de programas onde o ‘corpo fatal’ está em evidência. “O que dá ibope são mulheres lindas com seios e pernas de fora, até mesmo cenas de sexo”.

Os programas de entrevistas estariam carecendo de conteúdo. Para a maioria dos especialistas, debates deixam a desejar e não acrescentam quase nada. Já os filmes mostrariam sexo e/ou violência como se fossem coisas naturais. E as novelas? Novelas recebem ainda mais críticas. E com razão.

O que não se pode negar, no entanto, é que as novelas são a principal, talvez a única, fonte de entrenimento gratuito da população de baixa renda que mora nas violentas periferias das grandes cidades.

Ali, ninguém se arrisca a por o pé na soleira da porta temendo a violência e a criminalidade do lado de fora. Por essa razão a maioria nem reclama da baixaria dos novelões rídiculos que passam na tevê aberta. Aliás, a ineficácia do combate à violência que nos obriga a ficar trancados em casa é a maior das baixarias.

sábado, 12 de outubro de 2013

Ulysses Guimarães






...“Quem não se interessa pela política, não se interessa pela vida..."


Ulysses Guimarães

4 de março de 1985

  PS: Há 21 anos, no dia 12 de outubro de 1992, morria Ulysses Guimarães, um brasileiro extraordinário que lutou corajosamernte pela liberdade e a democracia.




quinta-feira, 10 de outubro de 2013

A palavra é: democracia

O Congresso dos Estados Unidos deixou de votar o Orçamento por discordar das diretrizes do presidente Barcak Obama e paralisou o governo. Está tudo parado há dias. O presidente Obama luta para reverter a situação, mas não criou cargos, não aumentou o número de ministérios, não reuniu-se sigilosamente com líderes políticos dos partidos para distribuir favores, tampouco realizou qualquer liberação de emendas. Estou aqui no meu canto lendo as notícias e pensando na qualidade da nossa democracia em comparação com a democracia norte-amerericana.