sexta-feira, 22 de maio de 2009

FIDEL E A LINGUAGEM DOS SÍMBOLOS


Nunca fui "castrista" convicta como quase toda a geração a que pertenço foi, mas compreendo perfeitamente a imensa admiração que o mundo intelectual (e a maior parcela dos jornalistas) tem por Fidel Castro. Ele foi capaz de correr todos os riscos, foi o "David" destemido que enfrentou e venceu "Golias".

Isto tudo é real e muito forte, principalmente na vida política fodida que temos, quase sem líderes para admirar e respeitar. Fidel Castro é o guerreiro heróico, o estrategista que superou fragilidades humanas para transformar seu país e a vida das pessoas. Eu o vi de perto na posse do ex-presidente Collor. Seu porte era compatível com sua grandeza histórica.

Sempre lembro que Fidel nasceu na maior e mais bela ilha do Caribe. Ninguém fica indiferente à beleza natural de Cuba. A linha de horizonte em Havana é tão ampla, que não consigo compreender porque ele abriu mão do ideal da liberdade.

Também não sei com exatidão quando a história de Cuba desandou e todo o mundo lá passou a viver em condições difíceis de suportar, mas acho que nada justifica a desolação e a falta de perspectiva dos cubanos. Ninguém pode viver sem o sentido da utopia e da esperança.

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