domingo, 15 de novembro de 2015

Dia da República

Eis a História da República do Brasil abreviada: não podíamos falhar e falhamos.

sábado, 14 de novembro de 2015

Estado Islâmico: Matar, matar, matar!

Você sabe o que é o Estado Islâmico?
 
É a face mais cruel do fanatismo islamita, o terrorismo que surgiu das cinzas das duas últimas guerras declaradas pelo mundo ocidental "contra o terror". A primeira contra os talibãs afegãos, que tinham transformado o Afeganistão em campo de treino da al-Qaeda, e a segunda contra Saddam Hussein. 

A destruição da estrutura sunita do Iraque teve como um dos efeitos a emergência do Irã xiita como a principal potência regional. A destruição da estrutura sunita iraquiana teve outras consequências: a maioria xiita, que tinha sido subjugada por Saddam, resolveu vingar-se dos sunitas.

Não havia segurança para os sunitas. Não havia segurança para quem quer que seja. Governos  sectários e corruptos instalaram-se no Iraque. Com isso, explodiu a violência entre curdos, sunitas, xiitas, etc. Enquanto isso, no país ao lado do Iraque, a Síria, começa a guerra civil contra Bashar al-Assad. Isso atrai o jihadismo sunita que tinha estado preso, ou escondido, durante a ocupação americana. 

Patrick Cockburn,  experiente jornalista do ‘The Independent’, diz que o Estado Islâmico formou-se embaixo dos olhos complacentes do Ocidente na fronteira entre a Síria e o Iraque. Segundo ele, ninguém prestou atenção quando a Arábia Saudita, mesmo depois do 11 de Setembro e da invasão do Afeganistão e do Iraque, continuou a patrocinar o jihadismo sunita de inspiração wahabbista (uma versão radical do Islã.

Diz também que o Ocidente devia ter acordado quando a oposição a Bashar al-Assad deixou de ser capitaneada por movimentos "moderados" – e foi tomada de assalto por um grupo terrorista mais feroz do que a al-Qaeda. E que o Ocidente devia ter visto quando o ISIS, liderado por Abu al-Baghdadi (um prisioneiro do exército americano entre 2005 e 2009) começou a destroçar o Iraque: rebentando com as prisões do país (incluindo a fortemente simbólica Abu Ghraib); ou tomando cidades como Fallujah e Mosul. 
Com uma tácica que, segundo Patrick Cockburn, faz lembrar "uma serpente que se move entre rochedos", o Estado Islâmico agora passou a percorrer estradas e campos europeus onde forma ninhos e pôe ovos. Por que não foram barrados? Por que ninguém viu? Ninguém podia ver pela seguinte razão: isso iria desacreditar a história de que a guerra contra o terror tinha sido um sucesso, sustenta o jornalista do ‘The Independent’.

É isso. Enquanto o Ocidente festejava o "sucesso" da guerra contra o terror, o ISIS controlava um "califado" no Iraque e na Síria do tamanho da Grã-Bretanha. E agora? Os cenários possíveis, segundo o autor: uma longa guerra civil no Iraque e na Síria; ou a divisão dos países de acordo com fronteiras étnicas e religiosas (como sucedeu na Índia em 1947).
E se nada for feito? Neste caso eles seguirão a utopia de exportar o jihadismo para o Ocidente, a começar pela Europa. E poderão repetir em Londres, Madri, Barcelona, ou em qualquer outra cidade do planeta, o que acabaram de fazer em Paris para punir os "infiéis": matar, matar, matar. 
 

O rumo do desengano...



Em todos os lugares se misturam os anjos e os demônios, os ingênuos com os cínicos, os ladrões com os honrados, os ignorantes e os sabidos. Não adianta apontar o dedo, a maioria dos seres humanos é assim, age em busca de vantagem, sem se amparar em valores, princípios e/ou preocupações sociais/culturais. Por que estou dizendo isso? Porque não é no outro que devemos esperar a salvação, mas de nós próprios, do que temos de consciência pessoal. Sonhar com saídas alheias ou esperar que o outro nos dê conforto é tomar o rumo do desengano. 

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

O segredo é não se resignar...




O segredo é não se resignar, não se considerar vítima, não mostrar aos outros tristeza ou desespero. O verdadeiro herói não se rende porque aprende que aquilo que o distingue dos outros não é a altivez com que enfrenta a morte, mas sim a paciência com que suporta diariamente os problemas e os esfrega de volta na cara de quem lhe provoca injustiças e sofrimentos.  Não desanimar, nunca desistir. Não perder a esperança mesmo quando tudo parece mudar para ficar no mesmo lugar. Todos os seres humanos tem fragilidades e dúvidas, mas tem, igualmente, capacidade para manter a coragem, a perseverança e determinação. O segredo é manter a dignidade. Até quando a gente está no chão. Lembro a cantiga dos tempos da faculdade:
um jornalista não deve sair no sábado à noite/
a não ser prá trabalhar, mas se vier a sair prá se divertir
não deve exagerar, mas se exagerar/não deve se embriagar,
mas se vier a se embriagar/não deve desequilibrar,
mas se desequilibrar/ que tente não cambalear,
mas se vier a cambalear/que não vá se esborrachar,
mas se vier a se esborrachar/que se esborrache de bruços
e enterre a cara no chão/para que seus leitores não possam
reconhecê-lo nesta humilhação. Não, isso não!

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Coisas necessárias para mudar o mundo...


"Muitas coisas são necessárias para mudar o mundo:
raiva e tenacidade. ciência e indignação.
a iniciativa rápida, a reflexão longa,
a paciência fria e a infinita perseverança,
a compreensão do caso particular e a compreensão do conjunto,
apenas as lições da realidade podem nos ensinar como transformar a realidade"...

Bertold Brecht