domingo, 31 de dezembro de 2017

Cadê os outros?


No Brasil de hoje temos dezenas de pessoas investigadas (muitas condenadas e algumas presas) por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e todos os tipos de desvios dos fundos públicos.

Além de dizer que neste álbum histórico estão muitos nomes e fotos da "elite" nacional, lamento assinalar a estranha exceção do Judiciário, da polícia e dos altos funcionários públicos que foram omissos na fiscalização, prevenção ou denúncia da roubalheira.

Já que aparentemente houve tanto cuidado em juntar o maior número possível de figuras públicas de diversas áreas, por que foram incluídas fotos de mais setores institucionais do que de outros? Não estou criticando, estou lamentando as ausências que são muitas e injustificáveis.

Sei que a Lava-Jato é uma benção no país da impunidade, mas acredito que neste caso, e logo desde o início, criou-se e deixou-se alastrar pela opinião pública a ideia de que por trás dos crimes de corrupção estavam apenas os "políticos poderosos".

E, sendo "poderosos", convinha que tivessem rostos conhecidos.  Assim, o álbum foi aparentemente limitado às figuras e os rostos que as televisões, as revistas e os jornais mostram.

O mundo da magistratura, onde alguns sempre olharam para a política com um misto de inveja e de ressentimento, passou a exercer o poder de arruinar, com gosto e naturalidade, a reputação de algumas das figuras públicas mais conhecidas do Legislativo e do Executivo.  

Ao consentir na orientação da investigação neste sentido, viram aqui mais uma oportunidade para "limpar" um "sistema" que intimamente desprezam.    

Não quero dizer que muitos políticos não dão motivo para a maldição pública. O que quero dizer é que no meio disto tudo, porém, existem seguramente vítimas de um crime concreto.

E não sabemos se os criminosos, os verdadeiros, vão ter o seu castigo ou se os inocentes vão ser absolvidos. O que acho é que a legítima indignação de muitos se confundiu demasiadas vezes com a demagogia sensacionalista de alguns.

Acho ainda que falta  credibilidade e "serenidade"  em alguns líderes da investigação. Ver um procurador de dedo em riste no Jornal Nacional investindo contra todos os poderes da República não pode ser sinal de avanço. É, no mínimo, excesso de parcialidade.

Tudo visto e ponderado, estou certa de que uma justiça "justa" jamais poderá ser aquela que se apoia, seja de forma ingênua ou mesmo de maneira convicta, no triunfo do recalcado.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Natal



Estrela de Belém e dos pastores
Lava da alma humana as suas dores...

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

UTOPIAS ANTIPOLÍTICAS!

 
 
Por Angela Alonso - Iustríssima- FSP, 17 
 
1.  Versão notável desse tipo de utopia é a da empresa Seasteading Institute, fundada em 2008 por um empreendedor de tecnologia e um engenheiro de softwares. O segundo é neto de Milton Friedman, assegurando o DNA liberal.
 
2. A organização abandonou os "sistemas políticos obsoletos" em favor de "cidades flutuantes que permitirão à próxima geração de pioneiros testar pacificamente novas ideias de como viver em comunidade." Bem-sucedidas, disseminarão a "mudança", abolindo os Estados.
  
3. Este novo utopismo tem geografia móvel: ilhas artificiais ancoradas em alto-mar. Assim, se insatisfeitas com a vizinhança, levantariam âncora em vez de guerrear. O residente também se livraria do Estado, cabendo a gestão a especialistas. Escaparia do aborrecimento com políticos, tornando-se cliente de um serviço.
  
4. Essa utopia antipolítica concretiza o que pensam muitos: que políticos são parasitas ineficientes e dispensáveis, assim como tudo que os cerca —as Constituições, as instituições políticas, as candidaturas e os votos.
  
5. Tal negação extrema da política tem correspondentes no debate brasileiro. A opinião, as redes e as mídias entronizaram o mercado, com seu princípio de eficiência. Ao mesmo tempo, subiu na consideração popular um Poder não eleito: o Judiciário, único guardião da coisa pública, mais capaz e confiável que os políticos. Produziu-se verdadeira glamorização de juízes e promotores, com livros, eventos, filmes, séries, homenagens e prêmios aos "heróis" da Lava Jato.
   
6. O prestígio se estendeu para a Polícia Federal. O empoderamento público da corporação começou jocoso, com o "japonês" que conduzia políticos acusados de corrupção e o culto a policiais-musos. E se assentou na equação "justiça igual a prisão" —apesar de nossa população carcerária ser a terceira no ranking mundial.
   
7. Em princípio, como diz o nome do filme —"Polícia Federal: A Lei é para Todos"—, a regra independe de a quem se aplique. Mas como tudo se interpreta, uns são inocentados e outros aprisionados, conforme as conveniências.
   
8. Essa moralidade antipolítica incita uma lógica da exclusão e anima o milhão de pessoas que foi ao cinema prestigiar a PF e aqueles que aderem à candidatura presidencial de um militar.  E é o que legitima as idas da polícia aos campi de universidades públicas, onde muitos discordam dos partidários da utopia antipolítica.
   
9. As operações da PF se baseiam na crença sincera de que o combate à corrupção lhe confere um mandato tácito da opinião pública para vigiar e punir. A UFMG foi o caso mais recente de uma série de seis operações em universidades federais. Feriu direitos individuais. Não houve intimação para depor que, desobedecida, justificaria a condução coercitiva.
   
10. Essa ação e suas congêneres se amparam na tese de que o serviço público é ineficaz e corrupto, ao contrário do mundo privado de Seasteading Institute, Odebrecht, Friboi e similares, onde só existiriam pessoas eficientes e de bem. Mas não é bem assim. Em toda parte há joio e trigo, no Estado e no mercado, na universidade e na PF.
   
11. A utopia antipolítica produz um antiestatismo às cegas, que evita a política como esfera de debate entre os divergentes. Ancorados em uma superioridade moral que julgam autoevidente, os novos utopistas excluem, discriminam, impõem. Seus fins justificam seus meios. O apelo à ética respalda a prática da violência.
   
12. Pode parecer distopia, mas, como a ilha do neto de Friedman denota, o pesadelo de uns é justamente a utopia de outros.
 
 

Texto da Folha extraído do Ex-blog de Cesar Maia em 19/12/2017 

sábado, 16 de dezembro de 2017

A pobreza extrema de um país rico nos números do IBGE


Deve saber-se com quem se está e contra quem é preciso travar combate.
Neste momento, qualquer tentativa de consenso político que ignore os dados do IBGE sobre a pobreza no Brasil, seja em que setor for, é um puro equívoco.

De acordo com o Instituto, um quarto da população, ou 52,2 milhões de brasileiros, estava abaixo da linha da pobreza em 2016, conforme parâmetros estabelecidos pelo Banco Mundial no mês passado. Um contingente que corresponde a cinco vezes e pouco a população de Portugal ou a da Grécia, perto de nove vezes a da Dinamarca, ou tanta gente quanto tem a África do Sul.

Desses 52,2 milhões — que viviam com renda domiciliar per capita diária inferior a US$ 5,50 (R$ 387,07 por mês) —, quase 18 milhões eram crianças de zero a 14 anos.

43,1% dos habitantes do Norte e 43,5% dos moradores do Nordeste vivem com renda igual ou inferior a R$400 reais por mês, contra 25,4% da média nacional. Ou seja, quase metade da população das duas regiões.

É difícil fazer brilhar nos olhos dos meus netos alguma  esperança no futuro do País com uma realidade dessas. Uma vez mais, sei que alguma coisa tem de acontecer, qualquer coisa, mesmo eu não sabendo o quê, quando ou como...

Pior é lembrar que nada do que vai acontecer sairá da política tendo em vista a barafunda institucionalizada... E pior ainda é constatar essa necessidade de consenso que muitos defendem.

O objetivo é manter tudo como está? Discordo completamente! Há momentos na vida em que é preciso mudar de lugar, curvar noutra direção e passar a estar num "outro lado" qualquer. Sem consensos.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

"Tenta e fracassa, tenta outra vez e fracassa melhor".


"Uma mulher aborda-me na rua e pergunta-me se sou seu filho. Olho-a por uns segundos e sigo em frente. Já de costas, ouço-a repetir a pergunta. Continuo. Perplexo. Toda a cidade tem os seus loucos, os seus disturbados, os seus perdedores. Eu não quero fantasiar: a loucura é caso clínico e não traz glória. Mas o fracasso, amigos, o fracasso, a derrota humana têm um esplendor profundo e imaterial que eu admiro. Admiro intensamente os que fracassam, os que perdem. O fracasso é infinitamente preferível à vitória. Quem perde, ganha uma angústia metafísica, uma compaixão existencial. Merece respeito. E merece ainda mais respeito se perde de propósito, se é um perdedor nato e intencional. Os vencedores aborrecem-me, escandalizam-me, oprimem-me. Não exalam uma única vergonha, um único constrangimento, uma única incerteza. E são cinicamente inverosímeis no seu brilho estudado e elefantino. Meias da cor dos sapatos, sapatos da cor das calças, cuecas da cor da gravata. Uma voz segura, um perfil de estátua. Os vencedores sabem o que dizer, o que fazer, o que esperar. E permanecem sempre os mesmos, aconteça o que acontecer. Se tivesse coragem, digo-vos que fracassaria com afinco todos os dias. É muito mais saudável perder do que ganhar. Ganhar é um luxo, uma embriaguez fácil, uma descaracterização. Fracassar não é nada disso. Fracassar é muito mais difícil, muito mais exigente e muito mais conservador do que ganhar. É a única utopia conservadora em que eu acredito: a utopia do fracasso. Tenho há muito tempo esta certeza e não me peçam para explicar: o mundo será melhor no dia em que for universalmente feito de fracassados".

"Fracassar é preciso", de Pedro Lomba
Título: Frase de Samuel Beckett    

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Um novo ano está chegando...


Em 2018, como todos os otimistas, espero mais sensatez e normalidade. E torço por um projeto coletivo que seja razoável, mobilizador e equilibrado.

O desânimo de alguns é profundo, mas os lamentos sobre a nossa desigualdade não ajudam. Não adianta insistir em  diagnósticos sobre a nossa cultura de maus tratos aos mais pobres, que dependem do Estado. 

Convém trabalhar pela responsabilidade social e defender líderes políticos com sensibilidade, capazes de enxergar a dor do outro. 

A confiança no poder e nas instituições é básica, se quisermos ter um mínimo de respeito pelo Estado. Confiança se conquista com decência, capacidade e racionalidade.

Vamos tentar fazer com que a política nos ajude a tornar-nos mais donos da nossa vida, mais responsáveis pelo nosso País. Nesse sentido, convém que cada um de nós faça mais do que tem feito.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Lula

Lula faz política há mais de 50 anos. Tornou-se mestre na arte do paradoxo político: consegue dizer sempre mais do que realmente diz e tem sido dono de uma rara capacidade de fazer dos seus defeitos “extraordinárias virtudes”, como ele costuma dizer. 
 
Lula também pode ser definido pela resiliência – está em campanha pela Presidência da República pela sexta vez, apesar de condenado na Lava-jato em primeira instância e de enfrentar uma fieira de outros processos na Justiça.
 
Não se pode negar que ele se alimenta e se realimenta de algumas características do caráter nacional: a capacidade de reverter adversidades; a complacência com o erro, a recusa ao mérito e o silêncio sobre toda e qualquer qualidade dos adversários.
 
Se Getúlio Vargas foi nosso político mais protetor e autoritário; JK o mais solar e avançado; Tancredo o mais conciliador  e FHC o mais diplomático, Lula é irrecusavelmente o mais brasileiro. Para o bem e para o mal. Com tudo que isso significa. 

domingo, 3 de dezembro de 2017

Questão democrática

Li e reli a pesquisa Datafolha que aponta Lula na ponta e Jair Bolsonaro isolado em segundo lugar. Fiquei pensando: o que une Lula e Bolsonaro? 
 
Resposta mais plausível:  os dois são produtos da democracia que construímos. Sim, somos nós, todos nós, os responsáveis pelos resultados políticos que estamos colhendo.

Não há inocentes na política brasileira ou na política de qualquer lugar do mundo.  
Esta verdade, contudo, parece incomodar profundamente alguns democratas que, ultimamente, estão assinalando a natureza maléfica destas duas candidaturas.
 
Posso até concordar com as advertências sobre isso, mas não posso deixar de lembrar que as pesquisas  indicam, até aqui, que a maioria do povo está com eles. E, parece se inclinar para garantir que os dois passem para um duelo direto, em caso de uma segunda volta da corrida presidencial de 2018.
 
Se os demais candidatos não parecem capazes de reunir forças e argumentos para mudar o cenário, das duas; uma: mudamos de povo ou continuamos acreditando na democracia?
 
PS: Não se ofenda, por favor, é só uma pergunta...

sábado, 2 de dezembro de 2017

Nada me espanta

O sorteio da copa não me espanta. Brasil x Alemanha não me espanta. Bolsonaro no topo das pesquisas não me espanta. Nada  me espanta. Estou me tornando descrente até aos ossos.
 
Hoje, reli Nelson Rodrigues. Passo a citá-lo:
 
(...) “no passado, eram os "melhores" que faziam os usos, os costumes, os valores, as ideias, os sentimentos etc…etc…
 
(...) “E, de repente, tudo mudou. No presente mundo, ninguém faz nada, ninguém é nada, sem o apoio dos cretinos de ambos os sexos. Sem esse apoio, o sujeito não existe, simplesmente não existe”…
(...) “E, para sobreviver, o intelectual, o santo ou herói, precisa imitar o idiota. O próprio líder deixou de ser uma seleção. Hoje, os cretinos preferem a liderança de outro cretino.»
Por questão de príncipio, discordo de Nelson Rodrigues quando ele se refere a outras pessoas como "idiotas" e/ou "cretinos". Essas são palavras que ninguém devia usar para se referir a outros seres humanos.      
De todo modo, devo reconhecer que seu texto forte continua ecoando. E, para alguns, com verdade e atualidade, apesar do estilo duro e indigesto.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

O presépio da Giovana


 
Comprei um presépio para Giovana, minha neta de sete anos. Sempre defendi a formação religiosa das crianças. Como escreveu  Dostoievski, no seu último e monumental romance Os Irmãos Karamazov, “se Deus não existe tudo é permitido".
 
Mantive minha fé no correr da vida, apesar de muitas divergências com a Igreja, mas hoje, na maturidade, nunca me senti tão distante das ideias religiosas como neste momento.
 
Quando li Nietzsche na juventude fiquei muito perturbada com suas pesadas críticas, a bem da verdade, com sua forma impiedosa e verdadeira de enxergar o catolicismo.
 
Para fugir ao conflito pessoal (sou especialista nisso) lembro-me de ter pensado que, na prática, as coisas não eram assim tão lamentáveis, uma vez que os católicos se beneficiavam de suas crenças. E, por meio delas, realimentavam a esperança.  
 
A minha fé é assunto privado que não depende das leituras ou das minhas flutuações opinativas. Leio a Bíblia com proveito, tenho santo de devoção (São José) e procuro cumprir as obrigações espirituais desde o tempo do catecismo.

Nunca fui surda ao poder cultural da religião. Na verdade, eu creio que Deus é a maior das ideias humanas.
 
Nos últimos anos, contudo, minhas relações com uma Igreja que concede perdão sem limite e, com isso, favorece a impunidade, passaram a incomodar-me profundamente.
 
Sinto falta da força e da nobreza da religião de S. Paulo e de Sto. Agostinho. Ao agarrar-se à pieguice, o catolicismo parece ignorar que tem atrás de si uma longa tradição intelectual. Tradição que esses dois santos representam com louvor.
 
Hoje, no entanto, tudo no catolicismo mudou depois dos escabrosos e imperdoáveis casos de pedofilia. E a Igreja Católica  definitivamente não parece ter força para se levantar, depois da gestão catastrófica dos crimes em série feita por Roma. 
 
Não é por acaso que nunca me senti tão distante da opinião católica, como neste momento. Mesmo assim, comprei um presépio para minha neta. Como podem ver, este é o texto de uma católica que não tem orgulho da sua Igreja, mas que não vê mal em ensinar uma criança a ter fé, a acreditar.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Leonard Cohen

Acabou
Acabou
Já não vou mais atrás de ti
vou deitar-me meia-hora
Acabou
não vou ficar na tua memória
não vou esfregar a minha cara na tua memória
vou bocejar
vou-me espreguiçar
vou espetar uma agulha de crochê
pelo nariz acima
e arrancar o cérebro
Não te quero amar
a vida inteira
quero que a tua pele
caia da minha pele
quero que a minha garra
deixe a tua garra
não quero viver
com a língua de fora
e outra canção nojenta
em vez
do meu taco de basebol
Acabou
agora vou dormir minha querida
Não tentes impedir-me
vou dormir
terei um rosto macio
e baba na boca
estarei a dormir
quer me ames ou não me ames
Acabou
A Nova Ordem Mundial
das rugas e do mau hálito
Já nada vai ser
como era antes
quando te comia
com os meus olhos fechados
esperando que não te levantasses
e fosses embora
Agora vai ser uma coisa diferente

uma coisa pior
uma coisa mais estúpida
uma coisa como esta
mas ainda mais pequena


Leonard Cohen, Book of Longing (2006)
(trad. PM)

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Lutero: a singularidade de um homem

Por Ana Paula Menino Avelar

 
A 31 de Outubro de 1517, frei Martinho Lutero publica as 95 teses contra as indulgências, cuja tradição, para a qual muito contribuiu Philipp Melanchthon, consagra terem sido afixadas na porta lateral da igreja de Wittemberg. Nelas, Lutero contestava a prática comum de "resgate de almas do purgatório", entretanto transformada num comércio lucrativo.
 
O então frade Agostinho contribuía assim para o debate em torno da reforma da Igreja que ia acompanhando através dos seus estudos filosóficos e teológicos. Este era um assunto particularmente sensível, perigoso até, como atesta a excomunhão e condenação à morte na fogueira, em 1498, do dominicano Girolamo Savonarola, pregador da renovação eclesial.

Lutero só sobreviveria à polémica gerada pelas suas teses devido à proteção do príncipe eleitor, Friedrich, o sábio, e ainda ao eco que teve não só junto dos que o ouviam pregar
como daqueles que o liam e admiravam. Com efeito, a imprensa facultou a rápida e constante propagação das suas ideias, contribuindo para configurar um tempo novo marcado pelas rupturas religiosas e por profundas transformações da sociedade.

Lutero nasce em Eisleben a 10 de novembro de 1483. No ano seguinte, a família muda-se para Mansfeld, onde o pai inicia um lucrativo negócio de mineração do cobre. Martinho entraria na Universidade de Erfurt, onde em 1505 seria mestre em Artes. Nesse mesmo ano, contra a vontade paterna, ingressa no mosteiro Agostinho. Segundo a tradição, terá sido durante uma forte tempestade que, perante o medo da morte, prometeu seguir a vida religiosa.Após a ordenação, em Maio de 1507, regressa à Universidade de Erfurt, onde irá leccionar e aprofundar os estudos em filosofia e teologia. A sua atividade docente prosseguirá na recém-criada Universidade de Wittenberg.

Em 1510 é enviado a Roma, onde participa no debate sobre a reforma dos Agostinhos, contatando com a cúria papal de Júlio II, e testemunhando o fausto que mais tarde critica abertamente. Ao regressar à Alemanha prossegue a atividade como professor, continuando imerso na reflexão em torno da éxegese bíblica, e doutorando-se em Teologia. Devido à proteção do seu superior Johann von Staupitz e do príncipe eleitor, ocupa um lugar na Universidade de Wittenberg.

Após a publicação das 95 teses iniciam-se constantes disputas com outros doutores da Igreja e humanistas. Em 1518 escreve o seu Tratado sobre as indulgências e a Graça em que retoma princípios antes enunciados, transmitindo-os de um modo mais pastoral. Vários teólogos e humanistas acompanham-no nas suas reflexões, sendo Philipp Melanchthon um dos seus mais próximos interlocutores. Damião de Góis testemunhou a amizade que os unia, quando visitou Wittenberg, em 1531, um mês após a formação da Liga de Schmalkalden, que endurecia a luta dos príncipes protestantes do Sacro Império Romano contra Carlos V e o papa.

Góis ouviu o serviço religioso e a prédica de Lutero, e jantou em sua casa com Melanchthon. Aí conversaram sobre as práticas protestantes, tendo Góis declarado o seu desacordo face a alguns dos tópicos abordados. O diálogo continuaria, porém, através das missivas trocadas entre ambos.

Em 1518 e em 1519, Lutero é chamado a responder perante o imperador Maximiliano e perante o papa devido às suas posições. No entanto, a morte daquele e a eleição do novo imperador marcaria o seu destino. Embora Friedrich fosse inicialmente um dos candidatos, posteriores negociações levariam à eleição de Carlos V.

Em 1520 recrudescem os libelos de Lutero em defesa das suas posições. Redige, então, À Nobreza Cristã da Nação Alemã ..., exortando o papel da nobreza nas mudanças da Igreja para a salvação das almas. Dois meses depois redige Do Cativeiro Babilónico da Igreja... em que discorre sobre os sacramentos e sobre lugar do ritual na Igreja.

Em novembro sai A Liberdade do Cristão, em que retoma um dos seus temas nucleares, a questão da redenção. Por fim, publica Contra a Execrável Bula do Anticristo, cujo título na impressão alemã perde a palavra execrável, o que não lhe retira a tonalidade antipapal, num claro manifesto contra a excomunhão de que fora alvo. As posições tinham-se extremado: enquanto em Roma e noutras cidades se afixa a bula de excomunhão e se queimam os livros de Lutero, nalgumas cidades alemãs, como Wittenberg, queimam-se as decretais do papa e a bula que o excomungara.

Corre o ano de 1521 quando o imperador Carlos V convoca a sua primeira Dieta em Worms. Embora Lutero compareça, o resultado será a sua expulsão do Império. Sob a protecção de Friedrich, refugia-se em Warturg, onde traduz o Novo Testamento para alemão. Em março do ano seguinte regressa a Wittenberg, já então um dos mais importantes centros de impressão. Aí continua a escrever e a publicar.

Em 1525, numa discreta cerimónia, casa com Katharina von Bora, na presença dos seus amigos mais chegados, entre os quais se conta um dos principais impressores da cidade, o também gravador e pintor Lucas Cranach, o Velho. A ação deste, a par da de outros artistas, contribuiria decisivamente para a construção da iconografia da reforma e difusão dos seus textos.

Lutero continuaria, entretanto, a aprofundar a sua reflexão teológica. Recorde-se que, no ano anterior ao seu casamento, Erasmo, seu amigo de há muito, dele se afastara quando em Discurso sobre o Livre-Arbítrio defendeu a tese segundo a qual este permitia ao homem alcançar a salvação através dos seus atos e obras. Em resposta, Lutero escreveu Do Servo Arbítrio, em que defendia que os homens só são livres pela fé e não pela vontade ou pelo livre-arbítrio.

A sua voz continua a intervir nos acontecimentos do seu tempo. Discorda da revolta dos camponeses que eclode entre nos anos 1524 e 1525, e acompanha, nos anos subsequentes, a evolução do movimento da reforma, dissertando sobre vários assuntos eclesiais. Um dos seus gestos públicos mais polémicos ocorrerá, em 1543, ao defender a expulsão dos judeus da Alemanha; ele, que anteriormente se tinha lamentado pelo facto de a hierarquia cristã impedir tentativas de trazer os judeus para o cristianismo e se tinha pronunciado sobre os rituais judaicos.

Se a educação foi um dos seus temas de reflexão mais constante, a Bíblia permaneceu sempre no centro do seu pensamento e da sua ação, tendo concluído em 1534 a sua tradução integral. No ocaso da sua vida não deixa de acompanhar a atividade quotidiana da sua Igreja e de nela participar. Às três da manhã do dia 18 de fevereiro de 1546 morreu na cidade que o viu nascer: Eislaben.

*Prof. Assoc. Agregada Univ. Aberta CHAM-Centro de Humanidades

sábado, 21 de outubro de 2017

Ser conservador é ...

A sucessão presidencial vem aí o que acentuará a má vontade, a desinformação e a  preguiça ideológica com os conservadores — apontados como autoritários, insensíveis, fascistas e até  neonazistas, entre outros equívocos de costume. João Pereira Coutinho, escritor e brilhante jornalista português, é autor da melhor definição/conceito sobre a palavra:
"Conservadorismo é, antes de tudo, uma «disposição» filosófica, para usar o termo feliz de Michael Oakeshott - o maior filósofo conservador do século XX e um dos maiores pensadores de toda a história das ideias políticas. É isso que o distingue do liberalismo, ou do socialismo, mais facilmente sistematizados num cardápio político e prático."
Um conservador é alguém que possui uma disposição conservadora baseada na fruição e na resistência à mudança. A fruição nasce diretamente do conceito temporal essencial para um conservador: não o passado (como para um reacionário), não o futuro (como para um revolucionário) - mas O PRESENTE.
O conservador estima o presente porque ele tende a desfrutar aquilo que existe e não necessariamente aquilo que ele desejaria que existisse. O conservador lida com a realidade, não com o desejo. Prefere o familiar ao desconhecido; o tentado ao nunca tentado; o fato ao mistério; o atual ao possível; o limitado ao ilimitado; o próximo ao distante; o conveniente ao perfeito; a gargalhada presente à promessa utópica.
Para um conservador, é preferível manter do que adquirir, cultivar do que alargar. Isto está diretamente ligado com o problema da mudança. Não que o conservador seja contrário à mudança. Como diria Burke, uma sociedade que não sabe mudar não se sabe conservar. Mas, ao contrário de um revolucionário - de esquerda ou de direita -, um conservador sabe que em cada mudança existe uma perda. Por vezes, uma perda brutal e irreparável. Tanto que só abraça entusiasticamente a mudança quem, no essencial, nada tem para preservar.
O conservador define-se pelo ceticismo racional. E pela prudência. Naturalmente que algumas mudanças são inevitáveis para a continuidade da aventura humana, mas o conservador prefere alterações graduais, lentas, cautelosas, capazes de respeitar os arranjos sociais que resistiram ao teste do tempo.  
Em termos estritamente políticos, esta «disposição» não tem nada que ver com a lei natural ou com uma ordem providencial; nada que ver com a moral ou a religião.
Politicamente, interessa a um conservador ter bem presente que o exercício do governo é uma atividade específica e limitada: ele sabe que é necessário prover a sociedade com regras gerais de conduta e não, nunca, jamais, com comandos diretos ou imposições abusivas.
As regras gerais de conduta são um instrumento para que as pessoas possam seguir os seus próprios caminhos com a mínima frustração possível.
Um governo conservador não impõe soluções: ele resolve conflitos. Não começa com a visão de um mundo melhor, um Outro mundo. Começa com este mundo e sabe que é aqui que vivemos, é aqui que temos de acreditar e, quando a altura chegar, agir também. Um governo conservador não está preocupado com pessoas concretas, com classes, com atividades.
Não é um governo «moralista», no sentido de que exige dos homens determinados comportamentos tidos por «corretos» - sancionando os «desviantes». A principal preocupação de um governo conservador é a manutenção da paz e da segurança. Porque é da paz e da segurança que nasce a liberdade, ou seja, a pretensão legítima dos seres humanos conduzirem as suas próprias vidas.
Sou filha de conservadores.  Aprendi desde pequena, no exercício diário da tolerância, que não há perfeição humana. Não há mundos com prados verdejantes e nem tudo se pode resolver com slogans de cartilhas. Existe o vício, existe o caos, existem limites às ideias, existe a falibilidade humana, existe a experiência, existem dúvidas cruciais que recomendam prudência e não ousadia; e existem ameaças, perpétuas ameaças, ao que construímos.
O mundo que pisamos é sempre um mundo frágil, é sempre um mundo que precisa de defesa. Um conservador acredita nisto: na dúvida, mantém; na dúvida, fica; na dúvida, conserva. Mas a dúvida não o impede de prosseguir, a dúvida não o impede de mudar, quando é essa a melhor alternativa, quando o que não temos seja literalmente melhor do que o que temos.
Mas um conservador saber que devemos ser nós a assumir essa mudança, que somos nós que escrevemos o nosso destino, somos nós os responsáveis. Não o partido, não a multidão que vemos nas ruas, não o Estado que faz sempre menos do que pode.

O que separa, politicamente, um conservador e um liberal? Sabendo que o conservadorismo acaba na defesa da liberdade e autonomia individuais e o liberalismo na preservação de uma ordem política imune ao poder do Estado, haverá diferenças entre liberais e conservadores?

Os conservadores defendem as liberdades (políticas, econômicas, nomeadamente). Mas temperam ou sobrepõem a essa defesa uma visão essencialmente cética e pessimista da natureza humana. Nós queremos segurança, queremos paz, queremos proteger direitos básicos, queremos continuar vivos.

PS: Não caia no conto de candidatos antidemocráticos que se dizem conservadores ou liberais. Um conservador, obrigatoriamente, é adepto da Democracia. Ponto.


 

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

2018: Dois no páreo Candidato conservador e de direita contra Lula ou seu clone

BRASIL: A DIREITA CONSERVADORA TENDE A IR PARA O SEGUNDO TURNO NA ELEIÇÃO PRESIDENCIAL DE 2018!

1. A presença permanente do deputado Jair Bolsonaro em segundo lugar nas pesquisas pré-eleitorais realizadas por todos os institutos de pesquisa, não deve ser vista de forma personalista em função da imagem e posicionamentos do deputado. É provável que se as pesquisas incluíssem o nome de um General -destacado nas redes e na imprensa por suas declarações conservadoras-, haveria uma troca com Bolsonaro, que perderia alguns pontos nas intenções de voto.

2. Pesquisa recente do Instituto Paulo Guimarães, perguntando se os eleitores preferiam um presidente civil ou militar, 33% responderam que preferiam um Presidente Militar. Em outra pergunta, se para o Brasil seria melhor a Democracia ou um Regime Autoritário, 21,6% responderam que preferiam um Regime Autoritário. O Instituto Datafolha, em pesquisa de outubro, mostra que a direita + centro-direita somam 40% da preferência dos eleitores. E ao elencar opiniões sobre temas, 29% são a favor do cidadão possuir uma arma legalizada, 46% a favor da pena de morte, 83% a favor da proibição de drogas e 26% de desencorajar homossexualismo.

3. O instituto Pew de pesquisas, dos Estados Unidos, em pesquisa recente, em 38 países, perguntou sobre apoio ou simpatia por governos militares ou não democráticos. Folha de S. Paulo, 17/10: “Segundo a pesquisa, 23% dos entrevistados no Brasil dizem não gostar da democracia representativa e apoiam ao menos uma das três formas de governo: tecnocrático, militar ou com um ‘líder forte’. Nos 38 países, a média é de 13%, com 23% que dizem descartar formas de governo "não democráticas".

4. Quando a pergunta é feita especificamente sobre um governo militar, 38% dizem que a opção seria boa no Brasil, contra 55% que se opõem. Em todos os países, a média é de 24% de apoio a esse tipo de governo”.

5. Cruzando essas e outras pesquisas com pesquisas recentes políticas e eleitorais no Brasil, verifica-se que uma, se não a mais importante, resultante de opinião da crise política, econômica e corrupção política, é reforçar o apoio às ideias não democráticas e retomar a memória positiva do regime militar no Brasil.

6. Importante destacar que quando se faz referência às ideias ditas de Direita, as que ganham maior apoio são as conservadoras e não as liberais. A criminalização da política em função dos escândalos, reforça essa tendência.

7. As consequências eleitorais, se as eleições fossem hoje, são claras. Um candidato com ideias conservadoras de direita iria para o segundo turno. E mais ainda. Se Lula conseguir ultrapassar seus problemas jurídicos e se candidatar a presidente, ou se seu apoio aberto e colado a um candidato que seja sua “imagem e semelhança”, a probabilidade –hoje- é que no segundo turno teríamos um candidato conservador e de direita e Lula ou seu clone.

8. E agregue-se o efeito que o crescimento dos votos brancos e nulos e da abstenção terá sobre a decisão do eleitor em 2018. É provável que o voto conservador de direita tenha maior estabilidade e se beneficie dessa tendência. Dessa forma, os candidatos de centro, centro-esquerda ou centro direita, e especialmente os liberais, estariam –hoje- fora do segundo turno.

9. Mas ainda há muita água a passar nesse rio da opinião pública política. E que esse processo não corra espontaneamente, mas que seja impressionado pela opinião das pessoas, das redes e da imprensa. Espera-se!

Texto de Cesar Maia - Nota de abertura do ex-blog desta quarta,18 /10/2017

domingo, 15 de outubro de 2017

Blade runner 2049


"Blade runner 2049" é um filme longo, cansativo, contraditório, machista e muito, muito triste. Ao ditar a superioridade masculina até no mundo dos robôs, o filme assume um machismo atroz.
As cenas de sexo em que a imagem da mulher-robô (holograma) se funde com uma prostituta humana para agradar seu robô macho-alfa batem o recorde de mau gosto visual desde as pétalas em American Beauty. 
"Blade runner 2049" reproduz os piores estereótipos femininos. A propósito: a falta de personagens femininas fortes é um dos defeitos do roteiro, segundo a revista "Forbes".
A holandesa Sylvia Hoeks, do elenco de "House of cards", não tem o destaque que merece porque o filme se resume a apresentar a história de Ryan Gosling e Harrison Ford.
A "Forbes" também assinala o tempo de duração: duas horas e 75 minutos, enquanto a maioria dos filmes tem uma hora e 15 minutos.
O retrato da prostituta humana é tão contraditório que parece desmazelo. Em um momento ela aparece grampeando o herói e possibilitando sua localização pelos inimigos. No outro momento, a moça é uma revolucionária salvadora. 
Contradições é que não faltam. Logo no início do filme, o milionário do mundo dos negócios justifica a sofisticada fábrica de robôs como necessidade do mercado,  gerada pelo fim da escravidão.
Lá pelo meio do filme, no entanto, surgem cenas dramáticas da escravidão de crianças humanas. Sim, humanas, uma vez que robôs já nascem adultos e suas memórias infantis são implantadas, não aconteceram de fato.
Resumindo: mesmo com as críticas positivas e com a volta de Harrison Ford ao maior clássico de ficção dos anos 1980, o filme de Denis Villeneuve não atrai bilheterias e tampouco desperta a atenção ou o interesse do público por ser cansativo, não ter alívio de tensão, nem apelo aos jovens. 
A música altíssima não ajuda e torna o filme ainda mais triste e desolador com as imagens de imensos depósitos de lixo e todo o seu melodrama sobre a morte e a sobrevivência.
O único alento: sair do cinema com a sensação de que "ser nascido", característica que nos faz humanos, é motivo de júbilo e de felicidade. Sem contar que é bem melhor do que ser criado numa linha de montagem. 
Minha conclusão: o filme original continua insuperável.

domingo, 27 de agosto de 2017

Game of Thrones

A sétima temporada de Game of thrones chega ao fim hoje, 27 de agosto. Os hackers vazaram ontem  o roteiro completo do capítulo final, mas a HBO pode ter mudado alguns detalhes.Atenção: À partir daqui teremos muitos, mas muitos spoilers, e se você não gosta disso, sugerimos que você interrompa a leitura imediatamente. Leia por sua conta e risco, pois aparentemente, esta é a trama real que vai ar hoje – dia 27 de agosto.

Game of Thrones 7ª temporada ep 7: vaza roteiro completo – spoilers!!!

“The Dragon and the Wolf”, ou em português – O Dragão e o Lobo.

Os exércitos Lannister são posicionados ao redor de Kings Landing. Bronn acaba de supervisionar sua colocação, enquanto observa milhares de soldados comandados por Verme Cinzento, dispostos em formação a poucos metros de distância.
Ele chega próximo a Jaime. Quando se trata de preparações em um confronto, Bronn prefere estar na ofensiva. Jaime espera que não aconteça um cerco real, por todos os seus interesses. Juntos, eles observam as paredes enquanto os guerreiros Dothraki quebram o horizonte e aparecem sobre a cidade, com muitos gritos retumbantes. Os Dothraki atravessam as lacunas nas formações sem dificuldades. Os Dothraki apresentam seu espetáculo de força diante das muralhas da cidade, muitos cavalos e guerreiros gritando. Bronn decide que ele realmente não quer que aconteça um ataque, também.
O navio de Danerys navega na baía da água Negra com toda a sua frota.
Danerys não está no navio principal, mas os seus aliados são: Jon, Tyrion, Jorah, Varys, Davos, Theon e Missandei. Sob o poder do remo, eles se aproximam do navio Silêncio (propriedade de Euron Greyjoy), logo à frente da sua frota. Euron tranca a passagem dos navios de Dany com uma corrente grossa e pesada, e eles passarão somente se ele permitir.
Theon fica nervoso ao enxergar a frota de seu tio. Ele se pergunta em voz alta quando Dany virá. Jorah promete que ela estará lá. Ela disse que ela estaria aqui, e Dany sempre faz o que ela diz.
Jon e Tyrion observam a próxima cidade. Enquanto Tyrion volta do exílio, depois de muito tempo, Jon jamais esteve na capital em toda a sua vida, ou em qualquer grande cidade. Quantas pessoas vivem aqui? Tyrion diz que é um milhão, mais ou menos. Jon tenta entender o que significa um milhão de pessoas em um só lugar e por que alguém quer viver dessa maneira. “A comida”, diz Tyrion. “E os bordéis. Ambos superiores. Mas eu duvido que possamos estar aqui por tempo suficiente para provar muito do primeiro, e eu acho que você não está interessado em provar o último. Portanto, sua experiência da capital será amplamente limitada à minha família. No momento em que terminarmos, você ficará muito feliz em voltar para os White Walkers “.
Em um corredor abaixo dos decks, o Cão de Caça aproxima-se de uma porta fechada. Ele fica à sua frente e escuta o silêncio. Ele bate na porta uma vez, sem muito som. Um som de alguma criatura se debatendo e rosnando explode atrás da porta. Satisfeito de que sua preciosa carga esteja viva e bem, o Cão se afasta.
O Cão chega ao convés, juntando-se aos outros. O navio-chefe de Dany pára quando se aproxima do navio Silêncio de Euron. Euron entra no convés de seu navio e olha para eles por um instante tenso. Então ele dá uma palavra ao seu capitão, que o transmite para o resto da frota. A corrente desce, permitindo que o navio de Dany passe.
À medida que passam, os navios chegam a se esconderem um do outro. O gesto educado da Euron “direto deste jeito” dá Jon e a companhia pausar. O sorriso especial que Euron dá a Theon lembra a Theon o que é querer cortar a garganta de alguém.
Cersei prepara-se para o encontro com a Qyburn. Ser Gregor fica na porta com uma vigilância silenciosa. O sol está perto do seu ápice, a hora marcada quase chegou. Alguém viu a cadela de cabelos prateados? Não, Qyburn diz a ela. Ainda não. Mas Jon Snow, o irmão pequeno traidor de Cersei, todos os aliados e conselheiros confiáveis ​​de Dany, eles estão todos a caminho do poço do dragão. Eles discutem o cenário de Destruição. Se Cersei prejudicasse Dany ou seus conselheiros de qualquer forma, seus dragões podem matar todos eles. E uma vez que eles estão todos no poço do dragão, se Dany tenta infligir a Morte de cima, Ser Gregor cumpre as suas Ordens: ele imediatamente executará toda a estrutura de comando da Rainha do Dragão, começando com a própria Dany.
Qyburn acredita que existe uma terceira possibilidade para a Rainha do Dragão: que ela não vá para o poço do dragão, e entre com seus dragões e mate todos dentro do poço do dragão, tanto aliados quanto seus inimigos.
Porém, Cersei está confiante de que isso não acontecerá. Dany é o quebradora de correntes, a Rainha de Meereen que libertou os escravos de Astapor. Ela pode comandar três animais imensos, muitos selvagens estrangeiros e eunucos – mas ela é escrava dos títulos que ela atribuiu a si mesma, e a legenda que eles perpetuam. Sem eles, ela não passa de um invasor. E diante dos invasores, as pessoas sempre recuam sobre os governantes que conhecem. As pessoas não se lembram de que os governantes eram invasores, não há muito tempo atrás. Porque as pessoas são ovelhas com pequenos cérebros de ovelhas.
Com a Montanha e o guarda de sentinelas, Cersei e Qyburn se dirigem para o poço do dragão.
Em cima da Colina de Rhaenys, o Dragonpit é uma estrutura magnífica construída para abrigar bestas únicas. Não é mais magnífico. Sua cúpula colapsou inteiramente, deixando o próprio poço aberto para o ar. Veja as minhas obras, poderosas. Suas portas principais de bronze com relevos de dragão parecem ter sido desenhadas por um Ghiberti gigante. Eles foram selados por centenas de anos. Agora, as tropas de Lannister estão abrindo novamente, para Tyrion, Jon e companhia, que se aproximam da estrada principal. Dany ainda não está aqui. O Cão traz os demais membors, caminhando ao lado de uma carroça coberta.
Bronn na porta.
Ao longo da área coberta, no piso principal, Bronn e Tyrion conversam. Eles fizeram isso acontecer. Talvez até vá funcionar. Bronn espera sinceramente assim: “Por minha conta, entre você e seu irmão, devo-me um castelo e uma esposa para todos os dias da semana. Não pense que é provável que colete se vocês dois se matarem. “Tyrion pergunta se Cersei está aqui; ela está. Bronn pergunta por Dany; ela está vindo. Bronn relata ver Dany no Kingsroad. Uma grande mulher. Quimicamente transformou Jaime em carvão vegetal. Tyrion tenta dizer a Bronn que Dany é a melhor chance de fazer os próximos 100 anos diferentes dos últimos cem. Bronn está surpreso ao encontrar Tyrion comprando seu culto à personalidade. Conheça o novo chefe, igual ao antigo chefe.
“Ela foi linda de se ver, pelo que eu conseguiria fazer enquanto ela estava nos assando vivo. Tenha sorte com ela? “, Diz. “Eu sei o que você gosta.” Bronn olhou por cima de seu ombro para Jon Snow. “Handsome Brooder”. A rainha dos Dragões fodendo e ele ainda não? Aposto que ela será em breve. Ele é o que eles querem. Ele e seu irmão. Nem nós. Nós nunca somos o único que eles vão. Nós somos o outro. ”
A expressão de Tyrion discorda. “Não finja comigo”, “?
É certo merda ser a outra. Bronn vê Jorah. Tyrion diz a Bronn quem ele é, lembrando-lhe que Jorah começou a informar sobre Dany para Robert. “E agora ele é como você. Em breve ela terá toda sua corda, seguindo-a como bebê patos “.
Eles emergem no centro do Dragonpit: uma ruína queimada do que costumava ser uma maravilha arquitetônica, ossos de dragão ainda espalhados pelas laterais, juntamente com alguns ossos humanos. Cersei não fez nenhum preparo extravagante. Apenas o número adequado de cadeiras, agrupadas de acordo com lealdades, dispostas em um círculo no centro do poço.

Game of Thrones 7ª temporada ep 7: vaza roteiro completo – spoilers!!!

Cersei já está esperando, sentada com Jaime, Qyburn, Euron e a Montanha, e toda a sua guarda real. Jon e Davos encontram o caminho para o seu próprio espaço. Um semicírculo de cadeiras aguarda os membros de Dany, mas a própria Dany ainda não pode ser vista. Quando Cersei percebe isso, ela não está feliz. Ela não gosta de esperar. Ela não veio aqui para falar com os subordinados.
A rainha Cersei está se preparando para sair quando a rainha Daenerys chega montada em Drogon, com Rhaegal logo atrás.
A borda desmoronada do poço se desmorona ainda mais, onde o dragão aterrissa. Dany ergue a asa e desce. Drogon levanta em voo novamente para se juntar ao seu irmão, os dois se mantém no céu logo cima, sempre permanecendo na visão.
A maioria dos presentes está intimidada pela visão desses animais, incluindo aliados de Dany. Não Cersei. Tudo o que ela mostra é desdém pela teatralidade do gesto. Enquanto Dany toma seu lugar em frente a Cersei no círculo, Bronn dá a Tyrion um conselho de despedida: “Você é melhor não querer uma garota assim. Uma garota como essa não é gerenciável.”
Vamos começar?”, Diz Cersei. “Alguns de nós já estiveram aqui por algum tempo”.
Sobre o alerta de Dany, Tyrion está prestes a começar, mas antes que ele possa chegar ao centro do círculo para falar, Euron levanta-se: “Vou começar.” Ele chama Theon publicamente. Ele tem a irmã de Theon e ele ameaça matar Yara se Theon não se apresentar a ele aqui e agora. Tyrion olha para Jaime: quem é esse carinha? Ele pode interpretar logo pela expressão de Jaime que Jaime não gosta de Euron.
“Eu acho que devemos começar com preocupações maiores”, Tyrion diz. “Então, por que você está falando?”, Diz Euron. , Euron torna uma ameaça para Tyrion. Jaime, ao lado de Euron, toma uma exceção controlada, mas irritada, ao tom de Euron. Bronn se aproxima do círculo, pronto para matar Euron, se ele precisar.
Cersei os fecha todos.
Tyrion retoma as rédeas da reunião novamente. Como esta exibição recente mostrou, este é um grupo de pessoas que não se gostam. Eles sofreram tragédias nas mãos uns dos outros. Eles perderam as pessoas nas mãos uns dos outros. Se todas as partes queriam ser mais do mesmo, não haveria necessidade desta cúpula. Eles são mais do que capazes de travar a guerra uns contra os outros sem se encontrarem cara a cara.
“Então, em vez disso, vamos resolver nossas diferenças de uma vez por todas e vivermos juntos em harmonia para o resto dos nossos dias”, diz Cersei.
Jon diz. “Todos sabemos que isso nunca acontecerá”, diz ele. “Não é sobre isso. Isto é sobre o que vem, para todos nós. Um general com o qual você não pode conversar e não consegue argumentar. Um exército que você não pode matar, porque eles já estão mortos. E quando eles lutam contra homens, eles não deixam cadáveres no campo de batalha. Tyrion me disse que vivem um milhão de pessoas nesta cidade. Eles estão prestes a se tornar um milhão de soldados no Exército dos Mortos. ”
” Para a maioria deles, eu imagino que seria melhor”, diz Cersei.
“Eu os vi. Isso é sério. Eu não estaria aqui falando com você se não fosse.”
“Eu não acho que seja sério”, diz Cersei. “Eu acho que é uma piada. Se meu irmão me informou corretamente, você está me pedindo para enviar todos os exércitos Lannister a caminho do norte? (Para Dany) Quão conveniente seria para você: se eu deixar a Capital, minha capital, desprotegida. Tudo na palavra de um futuro usurpador. ”
O uso dessa palavra quase deixa Dany fora, mas Tyrion fica com a mão. Claramente, o tempo de diálogo terminou. Ele sinaliza que o Cão de Caça seja trazido até o poço.
O Cão chega carregando um saco sobre o ombro. Ele vê seu irmão atrás da Rainha, o relógio fica por um momento silencioso. Abrindo o saco, o Cão rola o Wight cativo no chão. Seus braços foram presos atrás de suas costas. Ele remove o saco da cabeça, revelando o seu rosto de esqueleto. O wight vê Cersei primeiro e olha para ela. Não sentindo nenhuma camaradagem de mortos-vivos na criatura, a Montanha caminha na frente dela e pega a sua espada, pronta para cortar a coisa em dois -, mas o Cão de Caça o pega pelo colarinho e corrente, e o puxa para o chão de maneira brutal. O Cão atinge o rosto, o suficiente para esmagar o rosto de um homem vivo em pedaços. E ele também esmaga o rosto de Wight – mas ele se reanima novamente.
O Cão segura a sua espada e corta a critura pela metade, pela cintura. Suas pernas continuam chutando. Seu torso continua vindo para o Cão, rastejando pelo chão, os dentes quebrados atacando.
O Cão corta mais um braço fora da criatura. O braço continua flexionando e agarrando. Ele corta a mão do braço. O mesmo acontece com todos os pedaços do Wight.
A demonstração abala Cersei, inacreditavelmente. Todas as pessoas que nunca viram uma coisa dessas em ação também estão chocadas – exceto Qyburn, que segura a mão em movimento e a contempla com fascínio.
“Nós podemos destruí-los ao queimá-los”, diz Jon, e usa uma tocha para queimar as peças desencarnadas da luz, incluindo a mão que ele tira de Qyburn.
“E podemos destruí-los com vidro de dragão. “Ele desenha uma adaga dragonglass. “Se não ganharmos essa luta, isso” – ele aponta para o torso de Wight enquanto ele se arrasta com ele com seu único braço – “é o destino de cada pessoa no mundo”. Quando o torso do Wight atinge ele, ele mostra: É com o vidro de dragão, terminando a demonstração.
Cersei e Jaime começam a fazer perguntas. Quantos deles estão lá? Eles também viram White Walkers? Jon e Dany respondem. Tyrion parece esperançoso quando Cersei pesa o que ela escuta. Finalmente, e incrivelmente, Cersei concorda com eles. Podemos sentir o alívio de Jon como uma versão do discurso que Jon tem dado há muito tempo vem dos próprios lábios de Cersei: essa ameaça supera todas as outras ameaças no mundo.
Eles precisam lidar com isso, ou todas as suas lutas e sofrimentos foram por nada. Os Lannisters vão lutar na Grande Guerra, ao lado dos homens.
Há apenas uma coisa que ela precisa em troca: quando tudo acabar, ela quer que o Rei no Norte prometa sua neutralidade em qualquer coisa que venha depois. Ele nunca tomará as armas contra os Lannisters. Ele não escolherá os lados. Ela não pergunta isso a Daenerys – ela sabe que Dany nunca lhe prometeu isso, e Cersei não confia nela se ela fizesse. Mas ela pergunta a Jon. Jon é o filho de Ned Stark, e ela sabe que o filho de Ned Stark é verdadeiro em sua palavra.
Jon olha para as pessoas cujas opiniões ele mais valoriza: Davos. Tyrion. Dany.
Ele é fiel à sua palavra, ele diz a ela, ou ele tenta ser. E é por isso que ele tem que dizer a Cersei e ao resto deles que ele não pode servir duas rainhas. Ele já se comprometeu com a Rainha Daenerys Targaryen.
Jon ter admitido isso choca todos os presentes. Chocou Dany que ele pôs em risco a Grande Guerra para dizer a verdade e ela fica com esse olhar no rosto que não vimos desde que Drogo lhe disse que iria navegar para Westeros e matar os homens em seus trajes de ferro. E chocou a todos os outros porque eles não tinham idéia de que Jon tinha dobrado seus joelhos antes. Cersei está parada. Não há mais nada para discutir. Ela não tem interesse em ajudar Jon e Dany para que eles possam colaborar em sua própria destruição depois. Os mortos virão primeiro pelo Norte. Deixe Jon e sua amada Rainha lidar com eles.
Cersei sai do Dragonpit com sua coterie. Jaime está em conflito, mas ele vai com ela, depois de dar a Tyrion um olhar de despedida que diz: “Faça algo sobre isso”. Jon agora tem que lidar com as reações dos seus aliados à sua admissão. Davos tenta manter a calma, mas ele é obrigado a dizer a Jon como sua Mão do Rei que teria sido tremendamente útil se Jon tivesse dito que ele não era mais um rei. Jorah e Theon entendem, cada um tem suas próprias razões. Uma parte de Dany realmente deseja que Jon não tenha tornado público dessa maneira. E uma parte dela está feliz por ele ter feito isso. A fidelidade sempre a ativou. Tyrion não acha nenhum problema com Jon dobrando o joelho para Dany. Foi o que ele teria recomendado, perguntou Jon.
Aprendendo a mentir? De vez em quando. Só um pouco. Pode ser útil, tão útil como uma espada. Às vezes, até permite que você mantenha sua espada em sua bainha. ”
O que agora? Agora, Tyrion diz, todos ficam colocados. E ele vai conversar com sua irmã. Faz algum tempo. O Cão de Caça declara que está indo com ele. Há alguém que ele quer ver.
A carruagem de Tyrion chega aos Portões da Fortaleza Vermelha, a Montanha os espera, junto com outros dois guardas reais e vários soldados Lannister. Tyrion é informado de que só ele pode entrar. Os outros devem ficar para trás. Verme Cinzento se recusa com isso, mas Tyrion indica que está tudo bem.
O Cão dá um passo para a Montanha, sabendo instantaneamente quem ele é, e olha para seus olhos. “Você ainda não está morto, você é, irmão? Boa. Eu quero matar você mesmo.”
Tyrion entra no portão do Leão, liderado pela Montanha.
No caminho para as câmaras de sua irmã, Tyrion tenta conversar com a Montanha.
“Ser Gregor. Eu não vejo você há um bom tempo. Não o vejo desde que você derrotou meu campeão em um julgamento por combate, e fui condenado à morte.”
Ser Gregor não fala nada.
“Uma exibição impressionante da sua parte, eu tenho que admitir. Você simplesmente se recusou a morrer…”
Ser Gregor se mantém calado. Tyrion olha para o homem, ou o que quer que seja, mostra um vislumbre de sua pele cadavérica.
“Você está muito empenhado em não morrer, não é mesmo?”
Ser Gregor se mantém calado. À porta, Tyrion deixa a Montanha para trás e vai falar com sua irmã.”

Game of Thrones 7ª temporada ep 7: vaza roteiro completo – spoilers!!!

Cersei está sozinha.
Começa como seria de esperar. Ela não se surpreende com a relação de Tyrion com Dany: “Ela é bem do seu tipo: uma prostituta estrangeira que não conhece seu lugar.” Tyrion sempre quis destruir sua família; Ela se desculpa por ter sido tão difícil para ele. Tyrion chama de blefe; Ele sabe que Cersei sabe que ele não teve nada a ver com a morte de Joffrey. Não, diz Cersei, só matou seu pai.
~ “Tudo bem”, diz ele. “Odeie-me por isso. Eu me odeio por isso. Apesar do que era, apesar do que ele fez comigo”.
Mas ela não o deixa ir. Meu pai era tão mau comigo. Tyrion tem alguma idéia do que fez quando ele disparou contra ele aquela besta? Ele os enfraqueceu, todos eles. “Você nos abriu. Você nos desnudou para os abutres, e os abutres vieram. Eles vieram e nos separaram. “Tyrion talvez não tenha matado Joffrey, mas ele matou Myrcella e ele matou Tommen. Ninguém teria chegado perto deles se Tywin estivesse
vivo. Ninguém teria se atrevido.


Tyrion tenta dizer-lhe o quanto ele está triste com Tommen e Myrcella. Ela não o escuta. Tyrion amava essas crianças. Cersei sabe que ele os amava. Porém, o ódio, ele a cega, impossibilitando-a de ver isso. Ao longo da discussão, fica evidente a mudança que a gravidez afetou Cersei. No início da temporada, ela não tinha futuro, então estava disposta a correr o risco de manter seu controle independente do que tivesse que fazer. Agora, as coisas são mais complicadas para ela. Ainda assim, a cena termina de forma ambígua, sem qualquer indicação clara de como Cersei irá prosseguir.
Tyrion ainda está desaparecido, então, enquanto estamos nos perguntando sobre os desfechos decorrentes da última cena, temos uma ou duas cenas com as pessoas que ainda estão por perto: Jorah, Dany, Davos, Theon. Mais importante ainda, Jon e Dany podem ter uma cena boa e romanticame em uma parte do poço do dragão.
Euron pergunta a Jon se os Wights podem nadar. Jon diz que não. Euron diz que é bom, ele vai pegar a Frota de Ferro e acampar nas Ilhas de Ferro até que essa pequena guerra acabe.
Tyrion volta ao Dragonpit, sem expressão. Cersei chega atrás dele, com todos os seus servos leais junto. Os Lannisters vão lutar contra a escuridão. Sua luta contra a filha de um tirano arrogante está longe de terminar, mas ela vai deixá-la de lado por enquanto. “Se triunfarmos, talvez você se lembre de que nossa ajuda foi dada incondicionalmente, sem uma única concessão ou garantia de nenhum de vocês. Eu espero que você não. “Ela se volta para Qyburn e dá a ordem:” Chame todos os nossos.”
A tempestade atingiu grandes proporções. Entretanto, um corvo solitário conseguiu chegar a Winterfell com notícias da reunião.
No escritório de Jon, Sansa discute a notícia da carta com Mindinho. Ela não pode acreditar que Jon renunciou à Coroa do Norte, e prometeu o que era deles para a Rainha do Dragão. Sem consultar Sansa. Claro.
Mindinho ainda não encoraja a sua ira. O clima tem sido terrível, ele ressalta. É possível que Jon tentou entrar em contato com ela e falhou. Sansa não está acreditando. Ele nunca perguntou sua opinião sobre nada, por que deveria começar agora?
Ele pergunta a ela se ela acha que os nortistas seguirão em batalha com Dany. Ela não sabe. Eles são um grupo frívolo e relutante. Mas eles podem seguir Jon. Ela nunca poderia persuadi-los a seguir uma rainha estrangeira, mas ele poderia.
Isso dá a Littlefinger sua abertura, sua chance de esquentar em escala global. “Talvez você não precise persuadi-los a fazer nada. Talvez você só precise persuadi-los a fazer nada. Dois dos três maiores exércitos do mundo estão indo para o norte para lidar com o Exército dos Mortos, diz ele. Deixe eles.
Diga aos exércitos do Norte que fiquem colocados. É o que eles realmente querem fazer. Mais do que se submeterem a uma rainha estrangeira. Mais do que querer enfrentar a morte ou algo pior. A própria Sansa ouviu-os querendo ficar em casa. Eles estão defendendo os sulistas das ameaças do norte por gerações. É o momento de os sulistas finalmente fazerem parte deles. Deixe os dragões e os invasores e os Lannisters destruirem os monstros. E deixe os monstros destruí-los. Deixe o Norte ser o que sempre quis ser: grátis. Como foi há milhares de anos, desde a época dos Primeiros Homens.
Sansa tem que admitir que é uma boa ideia. O grande problema: Arya nunca iria querer isso. Ela é muito leal a Jon, ela sempre foi. Trair Jon seria trair a sua própria família, e Arya mataria qualquer um que trair sua família. Littlefinger aponta que Sansa é sua família também. Arya realmente mataria sua própria irmã? Sansa pergunta a Mindinho se ele sabe o que Arya realmente é, agora, o que são os Homens sem rosto. Mindinho admite (honestamente ou não) que ele não conhece muito sobre eles; Mesmo ele nunca se envolveu com eles.
Sansa diz a ele que há algo muito estranho com os homens sem rosto e com Arya. A matança não significa o mesmo para a maioria das pessoas. É um jogo para eles. Bem, eles não são os únicos que jogam jogos. Sansa tem um jogo que ela gosta de jogar também: “Eu suponho o pior sobre uma pessoa.
Qual é a pior razão pela qual eles poderiam ter para dizer o que eles dizem e fazer o que eles fazem? Então me pergunto: quão bem essa razão explica o que eles dizem e fazem? Então me diga: qual é a pior razão que Arya poderia ter? Qual é a pior coisa que ela poderia querer? ”
” Ela poderia querer você morto porque ela acha que você injustiçou sua família.” “Por que ela veio para Winterfell?”, Sansa pergunta.
“Para matar você. Por se casar com seus inimigos e trair sua família ”
“Por que ela desenterrou essa maldita carta, que Cersei me fez escrever? ”
“Para lhe fornecer provas, alguém descobriria que ela a matou.”
“E depois que ela me mata, o que ela faz? O que se torna? ”
“Lady de Winterfell”, diz Littlefinger.
Sansa não se agrada disso. De maneira alguma.
Sansa contempla sua próxima jogada. Ela nunca pronunciou as palavras, mas parece claro que seu próximo passo é matar Arya.
Jon, Dany e os demais voltaram para Dragonstone, para se preparar para a expedição para o norte.
O mais rápido possível, Dany explica, todos irão para Porto Branco. Tyrion e Davos estão supervisionando os preparativos à medida que eles falam, e é por isso que eles não estão nesta cena onde eles realmente não são necessários.
Alguém faz uma pergunta importante: Sansa sabe sobre os resultados da Cúpula? Jon não sabe – ele tentou falar, mas acontece uma grande tempestade.
Acontece uma conversa entre Jon e/ou Dany. Mas não muito. Apenas o suficiente para terminar a reunião.
Quando a reunião termina, Theon pergunta se ele pode falar com Jon sozinho. Jon pede a permissão de Dany para fazê-lo. Dany concede isso. Ela tem algumas coisas que ela gostaria de discutir com Jon mais tarde, em particular. Eles se retiram para conversar.
Quando estão sozinhos, Theon aponta que Jon quase perdeu tudo, dizendo a Cersei a verdade sobre sua submissão a Dany. Ele arriscou o que tinha de mais importante para ele em nome da honestidade, mesmo sabendo o que essa honestidade custaria a seu pai. Theon nunca poderia ter feito isso. Ele teria sido incapaz de fazer isso. Ele inveja Jon. Fazer o certo é sempre tão fácil para ele. Cada passo que ele toma sempre está certo.
“Não é. Pode parecer assim do lado de fora, mas promete-lo, não é verdade. Eu fiz muitas coisas que me
arrependo. ”
“Não comparado comigo, você não.”
Jon pensa nisso. “Não, não comparado a você.
Theon sempre quis fazer a coisa certa, ser o tipo certo de pessoa – mas ele nunca soube o que isso significava. Para ele, sempre parecia haver uma escolha impossível no fundo. Stark ou Greyjoy. Balon ou Ned.
“Nosso pai era um pai para você”, diz Jon.
“Ele era”.
“E você o traiu. Traiu sua memória. ”
” Eu fiz. ”
” Mas você não conseguiu se livrar dele. Ele era uma parte de você. O Theon que arriscou sua vida a salvar a vida de Sansa, o Theon que desistiu de sua própria reivindicação de sustentar sua irmã, essas coisas são parte de quem você é, tanto quanto qualquer outra coisa que você fez. ”
” Mas as coisas que eu ” Já fiz ”
Muitas pessoas fazem coisas terríveis. Não assumem a responsabilidade por elas. Você fez isso. Você fez coisas terríveis para minha família, para o meu irmão. Para pessoas inocentes e nossa casa. Não sou eu quem tem que te perdoar por tudo isso. Mas o que posso perdoar, eu faço. Você não precisa escolher. Você é um Greyjoy. E você é um Stark.”
Theon fica abalado. Como os Dothraki já estão indo para o norte por terra, eles não precisarão de todos os navios para levar seus exércitos a Porto Branco. Theon pergunta se ele pode levar os navios Greyjoy para encontrar sua irmã. Jon diz que vai falar com Dany sobre isso. Ele acha que ele pode convencê-la.
Os homens de ferro estão se preparando para navegar. Theon vem dizer a Harrag que seus planos mudaram. Eles vão encontrar Yara agora. Harrag diz a Theon que foda-se. Eles escolheram seguir Yara, não Theon. Se eles conhecem o Euron Greyjoy, o que eles fazem, Yara provavelmente já está morta. E se é verdade que Os Outros não podem nadar, bem, eles planejam navegar para o leste e virar piratas, colocando oceanos entre eles e Westeros.
Harrag diz que Theon não é um Homem de Ferro – se submeteu a duas mulheres, e acontece uma discussão entre eles. Harrag bate em Theon nos testículos. Theon não tem testículos. Theon bate em Harrag, assim como os velhos tempos. Ai está. Homem de Ferro. Quem quer resgatar sua rainha? HOO-AH!
Jaime está na sala do mapa, apresentando instruções para vários Lannister sobre onde eles vão estar indo. Cersei entra e pergunta a Jaime o que está fazendo. Ele diz a ela: preparando-se para levar os exércitos Lannister para o norte, assim como concordaram na Cúpula. Cersei pede que todos eles saiam, exceto Jaime.
– Quão estúpido ele poderia ser? Todos se uniram contra os Lannisters – e Jaime quer lutar ao lado deles? Obviamente, havia concordado para convencer aquela cadela loira que era seguro para ela ir para o norte. Cersei não tem intenção de ajudar seus inimigos, ou de se dedicar em sua luta contra eles.
Ela e Jaime não concordam sobre isso. Jaime viu o que os dragões de Dany podem fazer, ele viu a força que ele quer ajudar no norte, assim como eles disseram que sim. – Eles têm um grande argumento, e Jaime acha que ela está arriscando o mundo em que seus filhos viverão. Cersei pensa que está disposto a jogar fora o direito de nascimento dessa criança, para resolver um problema que já está se solucionando. Os Lannisters estão na melhor posição em que estiveram desde que tudo começou. As duas pequenas pessoas bonitas irão para o norte com seus exércitos e enfrentarão o problema dos monstros. E o problema dos monstros irá lidar com eles. Enquanto isso, os Lannisters estarão restabelecendo seu controle sobre as terras que justamente pertencem a eles, como a família que se senta no Trono de Ferro. Para esse fim, Cersei revela que a Euron não os traiu e se dirigiu para o oeste para casa – ele está navegando para o leste para transportar o exército comprado por todo esse ouro do Jardim de Cima. Ninguém se afasta de Cersei.

Game of Thrones 7ª temporada ep 7: vaza roteiro completo – spoilers!!!

Arya é chamada para o Grande Salão de Winterfell. Ela percebe Lord Royce e os Cavaleiros do Vale que estão lá. Talvez Arya se lembre da ameaça que Sansa fez sobre todos os soldados que ela manda. Sansa está com Mindinho e parece que Sansa realmente vai matar Arya.
Sansa tem uma última pergunta. Para Littlefinger. “Qual é a pior razão que você poderia ter para dizer as coisas que você disse e fazer as coisas que você fez? Eu tenho discutido isso com minha irmã.”

As armas dos soldados Stark se voltam para o Littlefinger. Lord Royce está muito feliz por assistir.
Littlefinger descobre o que está acontecendo. Ele pergunta a Sansa se eles podem conversar sozinhos. Ela responde que isso acabou. Ela explica que ela e Arya haviam conversado sobre o Mindinho. E então elas conseguiram preencher os espaços vazios.
Neste momento, Maester Wolkan chama Bran à sala. Graças à visão psíquica de Bran, Sansa e Arya recitam a lista de acusações contra Mindinho. O assassinato de Jon Arryn. A carta ao Cat. A adaga e o enquadramento de Tyrion. A traição de Ned. Tudo isso.
Littlefinger finalmente, é desmascarado. Todas as suas maquinações, todos os seus melhores planos, são mostrados. Ele se implorar pela sua vida, pelo amor que ele tem por Sansa.
Então Sansa responde:
Este homem até a morte por todo o caos / tragédia que ele causou.
Sansa também poderia fazer com que enviasse Brienne para longe, e como ela fazia para enganar Mindinho e fazê-lo pensar que estava sob seu domínio. Mas, na realidade, ela precisava de um representante e ela não precisava mais de guarda-costas, porque ela tinha sua irmã.
Mindinho não tem mais para onde fugir. Arya se aproxima dele.
“Nós não pensamos que você tenha os melhores interesses da família no coração, Lord Peter Baelish.”
Arya mata Littlefinger com sua própria adaga, atravessando sua garganta tão rápido que ele nem vê isso acontecendo até que termine.
Jaime quebra a confiança de Cersei abandonando-a e se dirigindo para o norte, mas nenhum exército
atrás dele, apenas um cavaleiro solitário que sai de King’s Landing, indo para o norte.
E de volta a Fortaleza Vermelha, Cersei acorda no meio da noite. Algo está errado. Ela sai da cama, agarra uma lanterna e vê que sua camisola está suja de sangue, e os lençóis também encharcados de sangue. Ela grita, e o grito ecoa do topo da torre mais alta da Fortaleza Vermelha.
Sam, Gilly e o pequeno Sam chegam em Winterfell depois de uma longa e árdua jornada. A primeira ordem de negócios de Sam é se encontrar com Bran.
Sam pergunta se Bran se lembra dele. “Claro”, diz Bran. “Eu lembro de muitas coisas.”
Sim, então Sam já ouviu. Sam tenta entender a extensão das habilidades de Bran e descobrir o que significa ser o Corvo de Três Olhos. Nisso, Bran corrige um dos erros de Sam, como por exemplo, “diz Sam”, se você quisesse voltar e ver seu pai bater em Ser Arthur Dayne”
Ele não o espancou. Na verdade não.”
“Mas todos sabem que ele fez.”
“Dayne bateu no meu pai, então o Senhor Howland Reed apunhalou-o nas costas. Eu vi.”
Sam está com ciúmes de Bran. A biblioteca da Citadela era surpreendente, mas as coisas na cabeça de Bran fazem com que pareça ridícula. Mas ser o Corvo de Três Olhos não é tanto quanto parece.
“Quanto mais lembro de tudo, menos me lembro de como sentia ser Brandon Stark e Brandon Stark sozinho. Todos os dias ele se torna uma parte menor de quem eu sou”.
Sam tem que admitir que isso não soa tão maravilhoso. Quando Bran pergunta por que Sam veio por todo esse caminho, Sam fala sobre os Maesters na Cidadela. Tudo o que Sam queria sempre era ser um deles, ou então pensou. Mas eles estavam agindo como se pudessem terminar a Grande Guerra, assim como eles fizeram com qualquer outra guerra. Atuando como se não fosse o fim do mundo. Mas é o fim do mundo, se alguém não faz algo sobre isso. Desde o início, Jon se comprometeu a fazer algo a respeito. Mas ele não pode fazer isso sozinho. Sam não é um herói, ele realmente preferiria ler livros e passar tempo com Gilly e o pequeno Sam. Mas está lá. Jon precisa de ajuda, e quando Sam precisava de ajuda, Jon estava sempre lá para ele.
Bran decide que ele pode confiar em Sam com algo que ele não contou a
ninguém:
“Precisamos encontrar Jon”, diz Bran. “Precisamos dizer a ele a verdade.”
“A verdade sobre o quê?”
“Sobre si mesmo. Ninguém sabe. Ninguém além de mim. Jon não é filho do meu pai. Ele é filho de Rhaegar Targaryen e minha tia Lyanna.”
Sam está no chão. “Você viu isso?”
“Sim. Ele ainda é um bastardo, mas…
“Ele não é. “Sam diz a Bran sobre o Grandmaester cujos diários ele transcreveu, que se casaram com Rhaegar e Lyanna.
Bran, percebe o que isso significa. Sam diz a ele: “Vá em frente, vá onde quer que você vá e olhe. Aconteceu.”

Ao sairmos, percebemos que não estamos olhando mais o mundo, e Bran em visão.
Bran fica perto, enquanto Rhaegar e Lyanna estão casados, sozinhos na floresta, exceto pelo Alto Septão que está casando eles, e Bran, que ninguém consegue ver. Os dois se beijam, recém-casados e ​​esperançosos acreditando que isso tudo funcionará.
Bran: “A Rebelião de Robert foi construída sobre uma mentira”.
Lyanna na cama, sangrando, com Ned jovem ao lado dela. Bran: “Rhaegar não seqüestrou minha tia, nem a violou.” Ned leva o bebê Jon em seus braços. Bran: “Ele a amava.” Close no bebê. “E ela o amava.”
Jon entra na cabine de Dany abaixo dos decks, sabendo exatamente o que ele quer.
“E Jon” Nós nos afastamos da porta da cabine de Dany, de volta ao corredor.
Ao final, Tyrion sai da escada. Ele ouve os sons abafados do que está acontecendo atrás da porta fechada de Dany.”
Parecendo incomodado por mais razões do que um, Tyrion se afasta, entra em sua própria cabine e fecha a porta atrás dele.
Bran observa perto, como Lyanna sussurra para Ned. Pela primeira vez, ele está perto o suficiente para ouvir o que Lyanna diz ao irmão sobre o bebê Jon:
“O nome dele é Aegon. Aegon Targaryen. ”
Dany e Jon fazem amor. “Ele é um verdadeiro Targaryen”.
Finalmente, vemos a cabine de Dany em seu navio.
“Ele é um herdeiro do Trono de Ferro”.
“Nós precisamos dizer a ele.”
O navio de Dany se dirige para o norte, em direção ao Porto Branco.
A tempestade passou, e Sansa e Arya observam a paisagem com neve. Demorou algum tempo para perceber, mas elas são mais parecidas do que pensavam. Cada uma delas conseguiu sobreviver às provações. Sansa diz a Arya que ela nunca poderia ter sobrevivido ao que Arya passou, e Arya admite que o mesmo vale para ela. Agora elas estão dispostos a fazer o que seja necessário para protegerem sua família. Seja o que for preciso.
A cena termina com elas olhando para o céu do norte.
Bran sentado na base da árvore, seus olhos viram para trás.
Como antes, voamos para o Muralha com um bando de pássaros, pilotado por Bran. Um monte deles pousa nas muralhas do muro acima de Atalaialeste do Mar.
Tormund caminha, e escuta um som estranho, cada vez ficando mais alto. Ele se depara com o lado norte do Muro.
Então, surge entre a floresta costeira congelada, o Exército dos Mortos. Todos eles, com os caminhantes brancos na retaguarda. Quantos caminhantes brancos? Provavelmente 150. Isso é ruim. Eles param em frente ao Muro.
Tormund suspiro aliviado. É verdade, tudo isso sobre eles ser incapazes de ultrapassar o Muro por causa de feitiços antigos e tal.
Então, um som estranho vem do norte. Tormund olha para o céu, e vê alguma coisa no horizonte, vindo rápido. Muito rápido. Nunca vimos um dragão com tanta velocidade. Ele está se movendo tão rápido que não temos uma visão clara disso ou o Rei da Noite nas costas antes que esteja sobre nós…
…Atingindo o Muro com uma explosão de chama azul.
Os pássaros de Bran levantam vôo.
Um grande pedaço da Muralha cai próximo de Tormund. O dragão de gelo desliza, e nós conseguimos vê-lo nitidamente, e o Rei da Noite nas suas costas. Ele fez a mesma coisa com Viserion que ele fez com os filhos de Craster. Só que aqueles eram bebês, e este é um dragão.
O Rei da Noite chega próximo da base do Muro, e o dragão de gelo dispara um fluxo constante de fogo azul, grosso como um tronco de árvore, queimando de um lado para o outro ao longo da base do Muro.
O Muro começa a se agitar sob os pés de Tormund.
O Muro não pode suportar o fogo, e cede, com grandes pedaços caindo no mar como um iceberg.
O dragão de gelo continua a soltar chamas até que uma enorme buraco tenha sido aberto, com passagem grande o suficiente para entrar o Exército dos Mortos, todos os 100.000 deles. E os caminhantes brancos. E o Rei da Noite, voando baixo sobre suas cabeças, e longe disso. Todos se dirigem para o sul, para o mundo dos homens.
FIM DA TEMPORADA 7
O QUE ACONTECEU NAS TEMPORADAS ANTERIORES
1ª temporada (2011)
Ned Stark deixa Winterfell para servir como braço direito do rei Robert Baratheon. Mas os dois são mortos pelos Lannister. Perseguida, a família Stark declara guerra
2ª temporada (2012)
Há guerra nos Sete Reinos, com muitos postulantes ao trono. Sansa Stark é obrigada a ficar noiva do rei sociopata Joffrey. Fora dali, os ovos de dragão de Daenerys eclodem
3ª temporada (2013)
Tyrion ajuda Joffrey a derrotar Stannis. Winterfell é tomada por Theon. Daenerys conquista mais e mais territórios fora de Westeros. Robb é morto no casamento
4ª temporada (2014)
Jon Snow se infiltra entre os selvagens. Margaery Tyrell, noiva de Joffrey, vai se tornar rainha, mas o rei morre envenenado, e Tyrion é acusado de ser o assassino
5ª temporada (2015)
Sansa é obrigada a casar com o sádico Ramsay. Cersei fustiga uma seita de fanáticos religiosos, mas também acaba aprisionada por eles. Líder da Patrulha, Jon Snow é morto
6ª temporada (2016)
Jon ressuscita e derrota Ramsay. Cersei implode os fanáticos religiosos. Bran Stark desenvolve o poder de ver o passado. E Daenerys se dirige para Westeros
*
PERGUNTAS SEM RESPOSTA DA 7ª TEMPORADA
Como os Caminhantes Brancos entrarão em Westeros?
Há uma muralha a barrá-los, mas como eles agora têm um dragão-zumbi, quem sabe?
Os inimigos se reunirão contra o inimigo comum?
Difícil ver as famílias Targaryen, Lannister e Stark reunidas, mas eles enfrentam uma ameaça maior
O que Cersei Lannister está tramando?
Ela vai matar Jaime Lannister por medo de uma traição dele?
Jon descobrirá a verdade sobre suas origens?
Tudo indica que sim, mas não se sabe ainda como Daenerys irá reagir ao saber que é ele o herdeiro do trono tão almejado
Como Tyrion Lannister vai reagir ao ver seus irmãos ameaçados?
Tudo bem que ele penou na mão dos gêmeos, mas desalmado ele não é
O que os senhores do Norte vão achar quando souberem que Jon Snow se curvou para Daenerys?
Eles não deram procuração para que Snow se submetesse a ninguém
Como os mortos acharam correntes para erguer o dragão debaixo d'água?
Afinal, eles estavam no ermo...
O dragão-zumbi cospe gelo ou fogo?
O penúltimo episódio terminou com um dragão cooptado pelos Caminhantes Brancos, mas resta saber qual é o poder especial dele

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Fernando Mola/Folhapress
Game of thrones - mapa - ilustração