quinta-feira, 21 de junho de 2018

Queen, sempre eterno

BOHEMIAN RAPSODY

 Is this the real life?
Is this just fantasy?
Caught in a landslide
No escape from reality
Open your eyes
Look up to the skies and see
I'm just a poor boy, I need no sympathy
Because I'm easy come, easy go
A little high, little low
Anyway the wind blows,
doesn't really matter to me, to me
Mama, just killed a man
Put a gun against his head
Pulled my trigger, now he's dead
Mama, life had just begun
But now I've gone and thrown it all away
Mama, ooo
Didn't mean to make you cry
If I'm not back again this time tomorrow
Carry on, carry on, as if nothing really matters
Sends shivers down my spine
Body's aching all the time
Goodbye everybody - I've got to go
Gotta leave you all behind and face the truth
Mama, ooo - (anyway the wind blows)
I don't want to die
I sometimes wish I'd never been born at all
I see a little silhouetto of a man
Scaramouch, scaramouch
will you do the fandango
Thunderbolt and lightning - very very frightening me
Gallileo, Gallileo,
Gallileo, Gallileo,
Gallileo Figaro - magnifico
But I'm just a poor boy and nobody loves me
He's just a poor boy from a poor family
Spare him his life from this monstrosity
Easy come easy go - will you let me go
Bismillah! No - we will not let you go - let him go
Bismillah! We will not let you go - let him go
Bismillah! We will not let you go - let me go
Will not let you go - let me go (never)
Never let you go - let me go
Never let me go- ooo
No, no, no, no, no, no, no -
Oh mama mia, mama mia, mama mia
let me go Beelzebub has a devil put aside for me
for me
for me
So you think you can stone me and spit in my eye
So you think you can love me and leave me to die
Oh baby - can't do this to me baby
Just gotta get out - just gotta get right outta here
Ooh yeah, ooh yeah
Nothing really matters
Anyone can see
Nothing really matters - nothing really matters to me
Anyway the wind blows...


 

terça-feira, 19 de junho de 2018

Gore Vidal - o árbitro

Pergunta: É sensível às críticas? 
Gore Vidal: Não. Decidi cedo que aquilo que penso dos outros é mais importante do que aquilo que eles pensam sobre mim. Qualquer jogo tem de ter um árbitro e, então, decidi que eu seria o árbitro. »

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Vamos falar de política a sério?


Nunca vou pertencer a essa direita radical que é tão retrógada que faz de todo ser humano com compaixão e amor ao próximo quase um socialista. Sim, para a nossa direita radical até o Papa é de esquerda, certamente um comunista.

Não me converti e nem vou me converter ao socialismo porque acredito no liberalismo, em mais liberdade econômica e mais espírito empresarial. Infelizmente, nunca tivemos governos liberais de verdade no Brasil ou na América do Sul.

O que temos é a continuidade cada vez mais  agressiva de regimes onde os latinos não são cidadãos. No Brasil, por exemplo, nenhuma reforma estrutural foi feita, a não ser o perigoso desequilíbrio de poder no mundo do trabalho com uma reforma trabalhista indefensável.

Sim, a reforma trabalhista foi o acordo da espingarda com a rolinha. Não acho metáfora melhor que esta. Uma “reforma” do jeito que nossos "liberais" gostam por desobrigá-los da convivência com a presença dos sindicatos nos conselhos de administração das empresas como na Alemanha.

Aqui vivemos um arremedo de mundo onde chamam de "espírito empresarial" um jovem desempregado que tenta, sem quase nenhuma chance de êxito, abrir caminho no mundo dando golpes e mais golpes nos impostos e pagando salários abaixo do mercado. É bizarro.  

O sucesso empresarial não pode se assentar na sonegação e em salários precários. Não pode ser confundido com combater os sindicatos e o  direito de greve. Ninguém faz sucesso no resto do mundo chamando seus trabalhadores de preguiçosos.

Precisamos de boa gestão na área pública e na área privada. O "espírito empresarial" que faz falta no Brasil não passa por Brasília. Até aqui, no entanto, o poder político vem mantendo as "empresas" como sujeito da política e isso é o menos liberal que existe.

Isso não serve a Economia nem as pessoas. O que se vê: os fracos permanecem na insegurança e correm risco total e imediato. Os ricos estão a salvo com todos os seus subsídios, suas vantagens históricas sempre renovadas. 

Isso não tem nada a ver com modernidade. Uma sociedade moderna usa a liberdade, toda a liberdade, para dar poder às pessoas, empowerment no sentido anglo-saxónico, e não para as fixar numa vida sem esperança nem perspectivas.

Podemos sair disso? Só falando de política a sério. Sem fazer valer a história de tudo ser a preto ou a branco. "Liberalismo econômico" não é lei da selva. Para um verdadeiro liberal a liberdade nasce da política e não da economia, e a subordinação do poder econômico ao poder político é vital.
 
Todos sabemos que o  poder político se renova de forma contínua. É como nuvem. Hoje, para quem ama a liberdade, a democracia implica o voto e o primado da lei. E ser liberal, no  sentido exato da palavra, é sobretudo combater o fato de que nossos países foram transformados em máquinas ao serviço de interesses dos países ricos.
 
Temos de corrigir distorções internas em razão das gestões desastrosas que tivemos, mas o poder do dinheiro de nenhum outro País pode atingir nossa liberdade e nosso futuro.  Vale dizer: Temos de resgatar nossa soberania. Do contrário, a democracia não faz, e tampouco fará, sentido.

domingo, 17 de junho de 2018

OS JURISTAS...

A verdade é que a história que estamos escrevendo põe os "juristas", de uma maneira geral, na vanguarda do nosso atraso. Poucas "esferas" da vida pública escapam ao seu controle. Obter um diploma de bacharel sempre foi importante para nossa elite. Levar um filho à  faculdade, na maioria das vezes, significava, e significa, matriculá-lo em um curso de direito. Daí a irresponsável reprodução do curso e de licenciados por todo o lado.
Se a sociedade brasileira é o que é, muito o deve aos seus gloriosos licenciados em direito, muitas vezes senhores de vasta e profunda ignorância, incapazes de enxergar para além do reduzido e mesquinho "mundo da lei". Sim, podem julgar-me. Acho essa gente perigosa, ainda mais lembrando que estão em expansão. A pobreza cívica de que padecemos, o raquitismo da nossa "vida democrática" e a arrogância  das "corporações", são realidades forjadas com a participação ativa dos nossos homens do direito.
Não há ambiente mais forte e influente no país do que o mundo da toga e da data vênia. Pena que em vez de preparar homens e cidadãos, o "direito" brasileiro tem gerado vaidosos, raivosos e prepotentes. As transmissões ao vivo dos julgamentos do STF não são motivo de orgulho para ninguém. O que se vê ali, em 99% do tempo, são manifestações de vaidades ocas. Ocas...profundamente ocas. 

 

sexta-feira, 15 de junho de 2018

POEMA EM LINHA RETA

POEMA EM LINHA RETA
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cómico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os ouço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e erróneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

Álvaro de Campos

quarta-feira, 13 de junho de 2018

Nada desejar e nada recear...

"Nada desejar e nada recear...Não se abandonar a uma esperança - nem a um desapontamento. Tudo aceitar, o que vem e o que foge, com a tranquilidade com que se acolhem as naturais mudanças de dias agrestes e de dias suaves. E, nesta placidez, deixar esse pedaço de matéria organizada que se chama o Eu ir-se deteriorando e decompondo até reentrar e se perder no infinito Universo...Sobretudo não ter apetites. E, mais que tudo, não ter contrariedades... Jamais avançar senão com lentidão e desdém".
 
Eça de Queiroz - um dos mais importantes escritores portugueses da história

terça-feira, 12 de junho de 2018

Meios de informação :verdade e consequencia



Falta transparência aos comandos das televisões, rádios e jornais do Brasil. A exemplo do que exigem dos políticos, os meios de informação deveriam prestar contas de suas ações e decisões. Os políticos, pelo menos, prestam contas através de eleições regulares. É quem vota que decide a continuidade deste ou daquele grupo no poder. 
 
No caso da mídia, apesar da sua enorme relevância na nossa vida coletiva, os mecanismos de accountability são totalmente opacos. Temos televisões, rádios e jornais que se mantêm com recursos públicos. Outros vendem espaços para igrejas e existe canal de igreja para exercer poder político. É constitucional? Acho que não. 
 
Aliás, político pode explorar rádio e tevê? Se a resposta for sim, como fica o conceito da igualdade na disputa eleitoral democrática?  E por qual razão o Legislativo, Executivo e Judiciário não fiscalizam nada neste ramo? A resposta parece clara: mais de 300 parlamentares dispõem de concessões. Não quero fazer pré-julgamentos, mas acho que isso devia ser auditado e fiscalizado.
 
Naturalmente, não estou em campanha por controle da mídia ou fazendo crítica aos excelentes profissionais do jornalismo que têm resultados para apresentar. Estou dizendo, porquê é verdade, que falta transparência aos meios de informação. Ao longo dos anos, coube aos próprios meios de informação a tarefa de fiscalizar e exercer controle sobre seus excessos. Não estou dizendo que isso é certo ou errado. Estou dizendo que é assim.
 
Também não estou dizendo porque quero leis para mexer nisso. Não quero lei, quero debate, fiscalização, ajuste às determinações constitucionais e transparência. Sei que a defesa de leis neste campo pode atingir no peito o direito de opinião e a liberdade de expressão. Sou jornalista, dou valor à boa Constituição que temos com seus direitos e garantias individuais modernas e justas. E estou careca de saber que opiniões contrárias às minhas não são criminalizáveis. Ainda que o teor das críticas possa ser visto por mim como injusto ou de má fé.
 
Sim, sou radicalmente contra qualquer medida para limitar a liberdade de expressão, mas não posso deixar de dizer que acho insuportável a arrogância de alguns meios de informação. Quase todos os dias, vejo que os noticiários olham o mundo de cima para baixo e despejam críticas a granel, como se por trás dos textos existissem deuses, moral e intelectualmente superiores aos demais humanos.   

É isso:  a verdade é que o país permitiu que a própria mídia definisse as regras pelas quais a comunicação social se deveria governar. E estabelecesse o que é aceitável e reprovável eticamente. O que é bom e mau jornalismo, por exemplo. Verdade e consequência: os maiores prejudicados são os cidadãos, que recebem uma cobertura infantil, benigna, inexpressiva e sem dimensão humana da história que vivemos. 
 
E tome novela entre um intervalo comercial e outro. Não gosta? Então veja no outro canal o culto de um pastor que vende indulgências no Paraíso em troca da sua senha do cartão de débito. Ou, quem sabe, você prefere o pastor que tira -  ou será que põe? - demônios na mente dos crentes e dos inocentes. Pobre gente...Parece até que voltamos à Idade Média, no período anterior a Lutero.  











segunda-feira, 11 de junho de 2018

Amor em casa

Regresso devagar ao teu
sorriso como quem volta a casa.
Faço de conta que
não é nada comigo.
Distraído percorro
o caminho familiar da saudade,
pequeninas coisas me prendem,
uma tarde num café, um livro.
Devagar te amo e às vezes depressa, 
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro no
amor como em casa.
[Manuel António Pina]

Ter ou não ter opinião

Ao contrário da maioria das pessoas, não tenho opinião uma vez por ano, mas também não tenho todos os dias. O mais frequente é não ter opinião. Ou ter preguiça de ficar pensando nos problemas para encaixar um ponto de vista decente e coerente. Acontece que isso acaba sendo um potencial problema quando se tem um blog onde é suposto ter opinião... Há assuntos sobre os quais me sinto um pouco como um animal em vias de extinção, um dos últimos espécimes que ainda não tem opinião, pasme-se, sobre um determinado tema.
Eu com tão pouca opinião e outros com opinião tão frequente e segura. E que sabem expressá-la com estilo, charme e clareza. Fico com muita raiva e alguma inveja. A verdade é que a opinião está muito mal distribuída, é o que é.  

quinta-feira, 7 de junho de 2018

Como sou

Adicionar legenda
Tento ter alguma clareza sobre mim. Não é fácil. Quando estou vaidosa, penso que sou pessoa razoável, que tem compaixão pelos semelhantes, trabalha muito e luta para ser melhor a cada dia tentando não repetir seus erros. Quando estou de mal com o mundo, acho que sou nada. Mas como sou nos dias normais? 
 
1. Sou silenciosa de manhã e falante à noite. 
 
2. Gosto muito de ler, mas leio menos do que gosto. A leitura nos qualifica e nos leva a mundos que não são nossos. São minhas viagens favoritas e mais proveitosas. 
 
3. Adoro conversar com estranhos, com amigos, com qualquer pessoa. Estou sempre  disposta a ouvir os problemas dos outros. Dizem que tenho um quê de psicóloga. Pode ser. 
 
4. Minha filha, Júlia, meu marido Alberto, e meus netos, deram sentido à vida. Depois deles, passei a odiar a ideia da morte.
 
5. Minha formação e eventuais êxitos que tive no mundo do trabalho resultam do do meu esforço, mas devo tudo aos chefes e amigos do jornalismo. Sou grata a todos e a todas.
 
6. Gosto muito de café. Tomo mais de um litro ao longo do dia.