quarta-feira, 10 de junho de 2009

UM TEXTO HILÁRIO QUE FAZ RIR...


Recebi o texto abaixo por e-mail e dei boas risadas. Ele foi publicado inicialmente na revista Piauí. Leia e se divirta:


“Sou ótima cozinheira, se eu cozinho, todo mundo come. Se eu fizer um churrasco, com 10 quilos de carne dá pra vinte comer? Gosta de laranja? Se eu te der um saco, você chupa? Com 10 quilos de carne, dá pra vinte te comer? Gosta de verdura? O que você quiser, Paula traz. Gosta de frango? Então, deixe meu pinto crescer.

Qual é o aumentativo de dacueba? Você anda de carro ou só caminha? Você vende quatro, te dou uma. Você gosta de café na máquina ou acha que no coador é melhor? Cavalo no sol na bunda sua? Jacaré no seco anda? Elefante no seco atola?

Fui cozinhar um ovo e saiu um pinto de dentro. Imagina se eu cozinho com o pinto dentro. Se você tivesse um cachorro chamado Nabunda, estivesse passeando de canoa com ele e a canoa começasse a afundar, você levava Nabunda ou deixava Nabunda?

Você topa almoçar depois da uma? Bonita sua camisa. Linho fio grosso? Vamos rachar a conta? Mil meu, com mil teu. Você chegou há pouco de fora? A Coca-Cola vai lançar o litraço de quatro.

Meu nome é José Maria Palhares e sou funcionário público. Apesar da péssima imagem da minha categoria, algo que considero bastante compreensível, asseguro que toda a minha vida profissional foi dedicada ao bom andamento das coisas do Estado.

Lembra do Mário? E do Sunda? E do Lôcha? O irmão do Cartola, primo do Caio de Brussus e tio do Jaime Destes. Minha amiga Paula é muambeira. O que você quiser, Paula traz.

Qual o aumentativo de dacueba? E de pirueba? Você anda de carro ou só caminha? Me ajuda a vender camisetas? Você vende quatro, eu te dou uma. Quer trocar uma calça nova por duas furadas na bunda.

Você gosta de café de máquina ou acha que no coador é melhor? Cavalo no sol na bunda sua?”; “Jacaré no seco anda”; “Elefante no seco atola?”; “Em caminho de paca, tatu caminha dentro?”; e “Cachorro de várzea late em terra firme?” são exemplos consagrados. As situações podem ser mais elaboradas. Exemplos: “Outro dia fui cozinhar um ovo e saiu um pinto de dentro. Imagina se eu cozinho com o pinto dentro!”...


“Se você tivesse um cachorrinho chamado Nabunda, estivesse passeando de canoa com ele e a canoa começasse a afundar, você levava Nabunda ou deixava Nabunda?” “Nabunda nada” seria a resposta de um verdadeiro iniciado para essa charada. Gosto bastante desta outra, quase um romance: “Um índio está sentado na floresta e outro no asfalto. Qual deles tem terra na bunda?”

Quando alguém é um mestre na minha arte, é capaz de lançar dezenas de sinais de fumaça durante um simples almoço com a rapariga pretendida. Se a moça tiver um mínimo de astúcia, entenderá suas intenções: “Você topa almoçar depois da uma?”; “Bonita sua camisa. Linho fio grosso?”; “Nesse calor, como sua a bunda, né?”; “Preciso abastecer o carro. Aqui na sua redondeza você tem posto atrás?”; “Vamos rachar a conta? Mil meu com mil teu...”; “Tem cartão pra me dar? Não? Então me dá sem cartão mesmo...”. Se a rapariga não entender, desista.

Algumas de minhas frases ninguém, absolutamente ninguém, percebe. Vejam este primor, que costumo dizer para toda e qualquer alma que adentre a repartição: “Você chegou há pouco de fora?” Ou esta, em meio a uma séria discussão: “Você é calmo pela frente, mas todo estourado por trás, bicho!”.


E ainda esta: “Depois da garrafa de 2 litros, a Coca-Cola vai lançar o litraço de quatro”. As minhas favoritas, as obras-primas, são aquelas frases minimalistas, inocentes como uma cambaxirra, que podem ser usadas até no confessionário, ou endereçadas a alguém no leito de morte, sem risco: “Tudo bem por aí?” e “Desculpe por tudo”. Há quem goste dos contos de Guimarães Rosa. Eu prefiro outro tipo de ourivesaria de palavras.

Sei que muitos leitores não enxergarão qualquer coisa além de vulgaridade no meu texto. Mas tenho a esperança de que uns poucos sejam capazes de perceber a verdadeira façanha que é cobrir uma página de toda sorte de pornografia sem lançar mão de um mísero palavrão. Acho que isso é arte. E aproveito para perguntar: “Tem culpa eu?”

Nenhum comentário:

Postar um comentário