quinta-feira, 11 de junho de 2009

DEMOCRACIA TEM DESSAS COISAS....


Dos 736 deputados do Parlamento Europeu, eleitos entre a última quinta-feira, 4 de junho e domingo, 7 de junho, um total de 36 pertence a partidos que têm nos seus programas a xenofobia, o racismo, o anti-islamismo, a homofobia e o anti-semitismo, entre outros extremismos condenáveis que chegam a causar repulsa. E ninguém pode se enganar: se foram eleitos em nome desses preconceitos vão pautar ações e comportamentos por seus compromissos eleitorais.


Os 36 extremistas são de 13 países e o ponto comum entre eles é a intolerância aos migrantes. Na Holanda, por exemplo, o 2.º partido mais votado foi o PVV (Partij voor de Vrijheid), que obteve 17% de votos. O seu líder, Geert Wilders, é tão extremista que está legalmente impedido de entrar no Reino Unido. Na França, a FN (Front National) de Le Pen perdeu votos, mas conseguiu eleger três deputados. No Reino Unido, o impensável aconteceu. O BNP (British Nacional Party) elegeu dois deputados. Nenhuma pessoa de cor pode ser membro do BNP. Eles também querem expulsar todos os imigrantes, mesmo os europeus.


Na Dinamarca, o DF (Dansk Folkeparti), com 13,5% conseguiu duplicar a representação parlamentar. São aqueles senhores que apoiaram os cartoons do Jyllands-Posten. Na Grécia, o LAOS (Laïkós Orthódoxos Synagermós), cujo líder, Georgios Karatzaferis, nega o Holocausto, obteve 7% e dois deputados. Na Áustria, o FPÖ (Freiheitliche Partei Österreichs) obteve o dobro dos votos de 2004. Tem agora 13%. Bandeira eleitoral: «O Ocidente em mãos cristãs».


Na Hungria, o JOBBIK, partido que patrocina milícias para-militares contra a presença de ciganos no país, chegou aos 15% e três deputados. Na Eslováquia, também à custa de slogans anti-ciganos, elegeu-se um deputado. Na Bulgária, o ATTACK (Natsionalen Sǎyuz Ataka), partido declaradamente anti-imigrantes e anti-muçulmano, manteve os seus dois deputados com os 12% de votos obtidos.


Na Roménia, o ultra-nacionalista PRM (Partidul România Mare), que não tinha representantes no Parlamento Europeu, elegeu agora três deputados. O PS da Finlândia obteve 10% e elegeu um deputado. Mote da campanha: «Rua com os imigrantes». Na Itália, a LN (Lega Nord) elegou 9 deputados. Também não querem imigrantes. E, na Bélgica, o VL (Vlaams Beleng), com 6%, perdeu um lugar, mas manteve dois deputados que também perseguem imigrantes.

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