quinta-feira, 28 de março de 2019

Parafuso da crise dá mais uma volta 28 de março 2019



De um lado, Jair Bolsonaro, formado pela infantaria, a mais combativa força do Exército, composta por soldados que lutam em todos os tipos de terreno e sob quaisquer condições meteorológicas. Do outro Rodrigo Maia, que em meio às crises costuma lembrar que tem uma irmã gêmea, logo, “sabe lidar com pressão desde o útero”. Neste ambiente bélico,  o parafuso da crise deu mais nova volta ontem. Abaixo as notícias:  

28 de março de 2019

O Globo

Manchete: Troca de insultos entre Bolsonaro e Maia alimenta crise política

Em audiência no Senado, Guedes afirma que pode sair, mas não na primeira derrota.
A troca de insultos entre o presidente Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, acirrou a crise entre os Poderes, que dificulta a tramitação da reforma da Previdência e de outros projetos do governo, como o pacote anti-crime do ministro Moro.


QUESTÕES PESSOAIS - Em entrevista, Bolsonaro disse que Maia estaria “abalado com questões pessoais”. Maia reagiu afirmando que Bolsonaro estava “brincando de presidir o Brasil”, e o presidente respondeu: “Não é palavra de quem comanda uma Casa’. Ontem, a desarticulação política abriu flanco para que seis ministros fossem expostos às críticas de líderes partidários, na Câmara e no Senado, onde Paulo Guedes, da Economia, enfrentou cinco horas de questionamentos.

 

EM GUERRA - Ele afirmou que pode sair se sua agenda não passar, mas não na primeira derrota. Os deputados ameaçam mudar a medida provisória da reforma que instituiu 22 ministérios. O líder do PSL no Senado, Major Olímpio, lamentou: “Estamos numa guerra sem logística e sem munição” (Páginas 4,6 e 17)

Vélez ‘não está dando certo’, diz presidente - Na Câmara, o ministro da Educação, Vélez Rodríguez, citou medida do traficante colombiano Pablo Escobar, seu conterrâneo, para afastar jovens das drogas. Em entrevista à Band, o presidente Bolsonaro criticou gestão da pasta e disse que vai conversar com Vélez após viagem a Israel. Coordenador do Enem se demitiu. (Página 25)

Sem alternativas, Brexit de May volta à pauta - A Câmara dos Comuns manteve impasse sobre o Brexit ao rejeitar oito propostas de transição para a saída do Reino Unido da União Europeia. Com isso, ganha sobre vida a proposta da premier Theresa May, já recusada duas vezes, mas que pode ir a votação de novo amanhã. May prometeu renunciar após fechar o acordo. (Página 22)

Antes de Brumadinho - Lucro da Vale cresceu 24% e chegou a R$ 25 bilhões em 2018(Pág.21)

EDITORIAL: Falta de articulação cobra seu preço (Página 2)

MERVAL PEREIRA: Cada vez que Bolsonaro fala, surge uma crise (Página 2)

MIRIAM LEITÃO: Já perdemos um trimestre na educação (Página 18)

BERNARDO MELLO FRANCO: Assustado, Guedes faz mea-culpa (Página 5)

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O Estado de S. Paulo

Manchete : Temor sobre Previdência derruba Bolsa e eleva o dólar - Ida de Paulo Guedes ao Senado não contornou situação; ministro diz não ter apego ao cargo.

CÂMARA X GOVERNO - O mercado reagiu ontem às incertezas em relação à aprovação da reforma da Previdência e à queda de braço entre Câmara e governo, que levou à aprovação da PEC que limita os gastos do Executivo. O Ibovespa caiu 3,57% e o dólar atingiu a maior cotação desde 1.º de outubro, antes das eleições, fechando o dia em R$ 3,95, alta de 2,24%. A situação não melhorou com a ida do ministro da Economia, Paulo Guedes, à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado – pelo contrário.

PAULO GUEDES - Questionado se deixaria o governo caso as mudanças nas regras da aposentadoria não forem aprovadas, Guedes disse que não tem apego ao cargo, mas não o deixará por causa de um primeiro revés. “Não terei a irresponsabilidade de sair na primeira derrota”, afirmou aos senadores, na audiência de cinco horas. O ministro, no entanto, admitiu que o “principal opositor do governo é ele mesmo” e reclamou de críticas desferidas por parlamentares do PSL, partido de Jair Bolsonaro. ECONOMIA / PÁGS. B1 e B4

Guedes, entre bombeiro e equilibrista - Desabafos constantes de Paulo Guedes são interpretados mais como uma tentativa de barrar a desidratação da reforma da Previdência do que uma ameaça real de deixar o governo. Problemas com o Congresso ainda colocam o ministro no papel duplo de equilibrista e bombeiro. Como bombeiro, atua para baixar a temperatura da guerra entre Bolsonaro e Maia. Como equilibrista, diz que não se pode “demonizar” negociações com o Congresso. PÁG. B4

Bolsonaro e Maia trocam insultos em público - Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia tiveram ontem nova rodada de bate-boca público. Em entrevista à Band, o presidente voltou a insinuar que Maia ataca o governo por estar “abalado” com a prisão de Moreira Franco, padrasto de sua mulher. O presidente da Câmara retrucou, dizendo que “abalados estão os brasileiros, que esperam que o Brasil comece a funcionar”, e afirmou que Bolsonaro “brinca de presidir o País”. O presidente replicou e classificou declarações de “irresponsáveis”. PÁG. A8

Câmara ameaça votar repasse de R$ 39 bi a Estados- No rastro da votação da PEC do Orçamento impositivo, deputados ameaçam analisar projeto que obriga o governo a repassar R$ 39 bilhões aos Estados, como compensação da Lei Kandir, que desonerou o ICMS das exportações. Guedes diz que o TCU isentou a União da dívida. ECONOMIA / PÁG. B7

Deputados perdoam multas a partidos - A Câmara aprovou ontem o texto-base do projeto que prevê perdão de multas a partidos políticos que não aplicaram recursos de forma adequada e livra diretórios de sofrerem sanções da Receita Federal por não cumprirem determinações legais. Na próxima semana, os deputados analisam emendas. POLÍTICA / PÁG. A10

Rússia diz que Brasil na Otan eleva tensão-A Rússia criticou uma eventual entrada do Brasil na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), defendida por Donald Trump na visita de Jair Bolsonaro aos EUA. Os russos alegam que a aliança militar não prevê latino-americanos e que a posição de Trump não favorece a distensão. INTERNACIONAL / PÁG. A14

Violência pode dar em divórcio automático - Deputados aprovaram ontem projeto de lei que permite que vítimas de violência doméstica peçam divórcio automático. Medida precisa passar no Senado. METRÓPOLE / PÁG. A17

Dia de explicações - Sete dos 22 ministros, entre eles Paulo Guedes (Economia), Sérgio Moro (Justiça) e Ricardo Vélez Rodríguez (Educação), participaram ontem de audiências no Congresso para dar explicações sobre seus trabalhos à frente das respectivas pastas. Enfrentaram perguntas mais ríspidas, mas também houve recepções amistosas, com direito a selfies. POLÍTICA / PÁG. A10

Aniversário do golpe de 64 vai parar na Justiça - A ordem do dia do Ministério da Defesa sobre o aniversário do golpe de 1964 foi divulgada em meio a polêmica sobre a orientação do presidente aos quartéis de comemorar a “data histórica”. Uma juíza federal o intimou em ação contrária e o MPF recomendou a unidades militares que não façam festejos. POLÍTICA / PÁG. A4

3 barragens da Vale têm alerta para rompimento (Metrópole / Pág. A19)

ZEINA LATIF – Gravidade - Um cenário sem reforma não interessa a ninguém. No entanto, o risco de um governo que pouco entrega na agenda econômica é concreto.PÁG. B10

WILLIAM WAACK - Foi ditadura, e daí? Como parte do cacoete de palanque digital, Bolsonaro dá a 64 relevância que não tem e retroalimenta seguidores mais aguerridos de “polêmicas”. POLÍTICA / PÁG. A8

NOTAS & INFORMAÇÕES –

Não é brincadeira -A Câmara mandou uma clara mensagem ao presidente Jair Bolsonaro: não está para brincadeira. PÁG. A3

O MEC preocupa - O modo como o governo Bolsonaro vem conduzindo o Ministério da Educação (MEC) é escandaloso. PÁG. A3

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Folha de S. Paulo

 

Manchete: Bolsonaro provoca de novo, Maia reage e crise se agrava - Deputado declara que presidente está 'brincando de presidir o país' e tentativa de reaproximação naufraga.

MAL-ESTAR - No mais novo capítulo da crise política, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RI), protagonizaram ontem novo embate público, o que agravou o mal-estar entre o Executivo e o Legislativo.

QUESTÕES PESSOAIS - Em um dia em que ministros e lideranças do governo tentaram restaurar canais de comunicação, Bolsonaro voltou a provocar Maia em entrevista à TV Bandeirantes, afirmando que o deputado está “um pouco abalado com questões pessoais”.

BRINCADEIRA - Como já havia feito no fim de semana, o presidente se referia à prisão de Moreira Franco, casado com a sogra de Maia. O deputado reagiu rápido. Para ele, Bolsonaro está “brincando de presidir o Brasil” e “está na hora de a gente parar de brincadeira.”

IRRESPONSABILIDADE-
“Não existe brincadeira da minha parte, muito pelo contrário”.  É uma irresponsabilidade”, retrucou o presidente, no final da tarde, em São Paulo, onde se encontrou com empresários na casa de Elie Horn, fundador do grupo imobiliário Cyrela. As farpas desanimaram integrantes da equipe do presidente. As declarações ofuscaram a ida de Paulo Guedes (Economia) ao Senado. O vice Hamilton Mourão buscou arrefecer o clima. “Houve algum ruído. Maia é imprescindível no processo.” (Poder A4)

Presidente afirma que a Folha é ‘toda a fonte do mal’ na imprensa ( Poder A4)

Bolsa despenca 3,6% e dólar fecha no maior valor desde lo. turno (Mercado A23)

VINÍCIUS TORRES FREIRE - Quanto custa manter o mito Bolsonaro (Mercado A24)

LAURA CARVALHO - Emprego vale mais que fanatismo, diz eleitor (Mercado A26)

BRUNO BOGHOSSIAN - Ministros expõem imagem de gestão sem rumo (Opinião A2)

Para Guedes, governo enfrenta a si mesmo - O ministro da Economia, Paulo Guedes, criticou ontem a capacidade de articulação do PSL, partido do presidente, no Congresso. O ministro falou por cinco horas a uma comissão do Senado. A reforma da Previdência, apesar de não estar na pauta, dominou a audiência.

“Algo está falhando do nosso lado. É assustador”, disse, externando insatisfação. Ele defendeu que a sigla feche questão em apoio à reforma. Guedes comentou sobre a mudança no Orçamento aprovada na Câmara, classificando-a como disputa de espaço político. (Pag. A19)


Presidente diz que regime militar não foi ditadura - Em entrevista, Jair Bolsonaro disse que não houve ditadura no Brasil e que, como um casamento, todo regime “tem alguns probleminhas”. O chanceler Ernesto Araújo endossou o discurso do presidente. Na ordem do dia, a cúpula militar fez defesa contida de 1964 e celebrou a democracia. (Poder A8)

Ex-presidente do Inep chama Vélez de limitado - Marcus Rodrigues nega ter suspendido prova de alfabetização, e disse que a decisão veio do próprio ministério. Critica a falta de projeto da pasta e a limitação de Vélez. (Cotidiano B3)

Faixas com tom político são barradas em estádios - Torcedores portaram cartaz contra a reforma da Previdência, por exemplo, em jogo em Pernambuco. A polícia, com aval de federações, busca vetar essas manifestações. (Esporte B6)

Editorial

Represália perigosa - Sobre votação de PEC que eleva despesa obrigatória.

Homicida confesso - Acerca de crimes imputados ao terrorista Battisti. (Opinião A2)


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