sábado, 30 de março de 2019

A taxa de desemprego subiu com economia quase parada


30 de março de 2019 - A taxa de desemprego no trimestre encerrado em fevereiro subiu de 11,6% para 12,4%, e o número de brasileiros sem trabalho voltou a romper a barreira dos 13 milhões, o que não ocorria desde maio do ano passado, informou o IBGE. Abaixo, resumo das notícias que estão nas capas neste sábado, 30.

O Globo

Manchete: Desemprego volta a subir com economia em marcha lenta –

Incerteza sobre reforma da Previdência desanima investimentos e contratações, e número de brasileiros sem trabalho ultrapassa os 13 milhões. Apenas o setor de transportes, turbinado por aplicativos, abriu vagas. A incerteza sobre a aprovação da reforma da Previdência aumentou a cautela das empresas, que estão segurando investimentos e contratações, o que se reflete em lento crescimento da economia. Para analistas, há risco de desemprego estrutural, que é quando o país tem dificuldade permanente de recolocar os desocupados. (Página 19)

Bolsonaro intervém no MEC e nomeia vice – Indicado foi chefe do Estado-Maior da Aeronáutica.
Depois de fazer críticas à gestão do ministro da Educação, Vélez Rodríguez, o presidente Jair Bolsonaro nomeou o tenente-brigadeiro do ar Ricardo Machado Vieira secretário-executivo da pasta. Ex-chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, Vieira tornou-se, no mês passado, assessor especial da presidência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. (Página 26)

Temer é alvo de duas denúncias por desvio em Angra 3 - Um dia após virar réu no caso da mala da J&F, o ex-presidente Temer foi citado em duas denúncias do MPF do Rio por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato no episódio de Angra 3, ao lado de 13 pessoas, entre elas o ex-ministro Moreira Franco. Em breve, Temer pode ser réu em um total de cinco processos. (Página 6)

MÍRIAM LEITÃO - País deve superar crise fiscal para sair do ponto morto (Página 20)

MERVAL PEREIRA - Limites à teoria de que há espaço para mais gasto público (Página 2)

EDITORIAL: ECONOMIA AUMENTA PRESSÃO SOBRE OS POLÍTICOS (Página 2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Em 4 anos, desalento triplica entre jovens e atinge 1,76 milhão

Faixa de até 24 anos sofre com desemprego acima de 27%, vagas formais fechadas e renda em queda; com isso, desistem de procurar uma colocação - Sem experiência nem formação, os jovens são atingidos em cheio pela crise econômica. O número de pessoas de até 24 anos que desistiram de procurar emprego triplicou desde 2014 – eram mais de 1,76 milhão nessa situação no fim de 2018. O desalento, como é chamado o fenômeno, é reflexo direto do alto desemprego registrado nessa faixa etária, que chegou a 27,2% no ano passado – enquanto a dos trabalhadores em geral ficou em 11,6% no mesmo período. Também o número de vagas formais abertas para quem nunca trabalhou antes caiu 41%, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Além disso, a renda dos que têm até 24 anos caiu 8% nos últimos quatro anos, perda maior do que a registrada nas demais faixas. Em 2014, antes da recessão e quando a taxa de desocupação entre os jovens era quase a metade da atual, eles ganhavam, em média, R$ 110 mais do que hoje. (ECONOMIA / PÁG. B4)

Corte em emendas pode reativar atritos com Congresso - Após uma semana de atritos entre Planalto e Congresso, o governo bloqueou R$ 36 bilhões do Orçamento, acima do esperado, para assegurar a meta fiscal. As pastas mais atingidas foram Educação e Defesa. O corte atinge quase R$ 3 bilhões em emendas parlamentares, um dos principais instrumentos de negociação entre Executivo e Legislativo. Medida contraria promessa da Casa Civil de blindar verbas e pode realimentar o clima hostil com o Congresso. (ECONOMIA / PÁGS. B1 e B3)

Exército celebra golpe de 64 antes de veto da Justiça - Seis comandos do Exército celebraram ontem os 55 anos do golpe militar – outros dois já haviam comemorado a data na quinta-feira. Ato em Brasília teve a presença do comandante do Exército, general Edson Leal Pujol, e o episódio foi tratado como “movimento cívico-militar”. Horas depois, a Justiça Federal proibiu as comemorações. Bolsonaro, que recomendou os atos, não foi ao evento, mas participou de hasteamento da Bandeira no Alvorada. (POLÍTICA / PÁG. A8)

Militar é o novo número 2 da Educação - O brigadeiro Ricardo Machado Vieira foi nomeado secretário executivo do MEC, segundo cargo mais importante da pasta. Com pouca familiaridade com a área, Vieira é um experiente piloto de caça. Sua indicação é uma tentativa de “organizar a casa”, em convulsão nas últimas semanas. (METRÓPOLE / PÁG. A18)

JOÃO DOMINGOS - O afastamento de Bolsonaro das negociações da reforma pode até ser um sonho. Mas dificilmente ocorrerá. (POLÍTICA / PÁG. A8)

NOTAS & INFORMAÇÕES

Os riscos do Enem - A crise interna do Ministério da Educação está ameaçando a realização do Exame Nacional do Ensino Médio deste ano, que tem mais de 5 milhões de estudantes inscritos e está marcado para novembro. (PÁG. A3)

O alerta do desemprego - A Pnad Contínua divulgada ontem deve ser um poderoso alerta para o presidente Jair Bolsonaro. (PÁG. A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Juíza proíbe governo de comemorar golpe de 1964 - Atendendo a liminar apresentada pela Defensoria Pública, a juíza Ivani Silva da Luz, da 6ª Vara da Justiça Federal em Brasília, proibiu o governo Jair Bolsonaro (PSL) de comemorar o aniversário de 55 anos do golpe de 1964, que ocorre amanhã. Após a definição do presidente pela celebração da data, o Ministério da Defesa divulgou uma ordem do dia para ser lida nas unidades militares, cujo conteúdo, menos festivo, ignora o aspecto autoritário do regime militar e as violações do período (1964-1985).

Em sua decisão, a magistrada afirmou que o direito à memória e à verdade se sobrepõe à celebração, com vistas à não repetição de violações no futuro. Determinou ainda que a União se abstenha da ordem do dia. Na prática, no entanto, o texto já foi lido ontem em quartéis. Governo e militares não se pronunciaram sobre o caso. A orientação de Bolsonaro é inédita desde a criação da pasta da Defesa, há 20 anos. (Poder A4 e A8)

Desemprego atinge 12,4%, e subutilização bate recorde - A taxa de desemprego no Brasil chegou a 12,4% nos três meses até fevereiro, superando os 11,6% registrados no trimestre até novembro, segundo o IBGE. A população subutilizada — que inclui desocupados, que trabalha menos de 40horas semanais e os que não conseguem procurar emprego — atingiu a marca de 27,9 milhões de pessoas, pico da série iniciada em 2012. (Mercado A21)

Irritados com Bolsonaro, caminhoneiros farão protesto - O Sindicato dos Transportadores Autônomos do Paraná anunciou que fará hoje uma carreata em protesto ao tratamento dado pelo governo à categoria. A insatisfação aumentou após fala do presidente Jair Bolsonaro em que não abordou reivindicações como o cumprimento da tabela do frete mínimo. Por enquanto, porém, não há intenção de uma nova paralisação. (Mercado A25)

Em meio à crise no MEC, Fies trava novas matrículas - Após falha na transmissão de dados pelo governo federal, estudantes relatam dificuldades para se matricular pelo Fies (programa de financiamento estudantil), o que os impede de frequentar aulas. (Cotidiano B2)

Temer é acusado de corrupção e peculato pela Lava Jato do Rio Poder (A10)

ONU condena comemorações - Fabián Salvioli, relator da ONU, disse ontem que comemorar o golpe é “imoral e inadmissível em uma sociedade baseada no estado de direito”. (PÁG. A8)

DEMÉTRIO MAGNOLI - A confissão de Cesare Battisti - Atos e palavras têm consequências. Oferece-se a Bolsonaro e seu cortejo de brucutus a oportunidade inigualável de identificar a proteção dos direitos humanos à defesa de terroristas e homicidas. (Poder A10)

ROBERTO SIMON - O precedente da Guatemala -
A decisão do país centro americano de transferir sua embaixada em Israel de Tel Aviv para Jerusalém pode ajudar a iluminar o debate no Brasil. (Mundo A18)
Diretor sênior de política do council of the Americas, passa a escrever aos sábados em Mundo.
EDITORIAIS

Cerco a Temer - Sobre investigações envolvendo o ex- presidente.


Pouco conteúdo - Acerca de multa aplicada à campanha de Haddad.

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