sexta-feira, 29 de março de 2019

NOTA SOBRE GOLPE DE 1964


A renúncia do presidente Jânio Quadros, em 1961, desencadeou o golpe de 1964. Com a posse do vice João Goulart, também conhecido como Jango, o ambiente político radicalizou. A democracia passou a ser atacada à esquerda (que lutava pelo comunismo) e à direita (que implantou a ditadura militar).

FATOS:

12 DE SETEMBRO DE 1963 - cerca de 600 sargentos da Aeronáutica e fuzileiros navais da Marinha cortam as comunicações do país e prendem os presidentes da Câmara e do Supremo Tribunal Federal. Eles protestavam contra uma decisão do STF que excluía suboficiais de se candidatarem em eleições. A revolta só foi contida 12 horas depois.

OUTUBRO DE 1963 — Jango tentou implantar o estado de sítio, o que permitiria a ele derrubar os governadores Adhemar de Barros (São Paulo) e Carlos Lacerda (Guanabara). Apesar do fracasso, a manobra intensificou a oposição dos dois ao presidente, que a partir daí começa a buscar apoio na militância de esquerda.

13 DE MARÇO 1964 — Jango fez comício na Central do Brasil, no Rio e selou aliança com as esquerdas e o movimento sindical afirmando que governará o país com o apoio das esquerdas.

25 DE MARÇO: Marinheiros se rebelaram contra a cúpula da Marinha no Rio, exigindo melhores condições de trabalho e apoiando as reformas de base propostas por Goulart. O presidente anistiou os rebelados, contrariando as Forças Armadas, que viram no aval uma quebra da hierarquia e da disciplina.

30 DE MARÇO DE 1964 — no Automóvel Clube do Rio, Jango discursou para sargentos e defendeu as "reformas de base", o que incluía distribuir latifúndios improdutivos para os camponeses.

MADRUGADA DIA 31 MARÇO — general Olympio Mourão Filho partiu com tropas de Juiz de Fora (MG) em direção à Guanabara para “derrubar o presidente”.

31 DE MARÇO DE 1964 — general Amaury Kruel, comandante do Exército em São Paulo, até ali um aliado de Jango, passa para o outro lado. Os generais Castello Branco e Arthur da Costa e Silva também resolvem aderir à conspiração.

1º DE ABRIL - MEIO-DIA   — Jango deixa o Rio de Janeiro rumo a Brasília e anuncia que seguirá para o Rio Grande do Sul, sua terra de origem. Seu movimento é interpretado como admissão de derrota, de rendição.

2 DE ABRIL – MADRUGADA — O presidente do Congresso Nacional, Senador Auro de Moura Andrade, formaliza a deposição de João Goulart ao declarar vaga a Presidência da República. O então deputado Almino Affonso, que estava na sessão do Congresso de 2 de abril de 1964 diz: “O golpe aconteceu no dia 2 de abril”.

2 DE ABRIL – MEIO DIA – O Senador Auro de Moura Andrade (SP) diz que Jango  "abandonou o governo" e que a nação está "acéfala, numa hora gravíssima da vida brasileira".

2 DE ABRIL – O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Álvaro Ribeiro da Costa, e o presidente do Senado, Auro de Moura Andrade, vão ao Palácio do Planalto para empossar o presidente da Câmara, Ranieri Mazzilli, na Presidência da República. O deputado ficaria no comando por dez dias.

11 ABRIL DE 1964 — Congresso Nacional elegeu Castello Branco para presidir o Brasil por 361 votos favoráveis e 72 abstenções.

OUTROS GOLPES — Proclamação da República, em 1889, foi fruto de um golpe militar.

1930 — Na década de 20, as "revoltas tenentistas" desgastariam a República Velha, levando Getúlio Vargas a tomar o poder em 1930.

1937 - Instalação do Estado Novo por Getúlio com apoio dos militares.

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