quarta-feira, 27 de junho de 2012

Dois pesos e duas medidas


Há quem goste de ser enganado. Eu não faço muita questão. A verdade é que, na maioria absoluta das ocasiões, temos dois pesos e duas medidas para analisar os fatos. Sim, nossa tendência é tratar quase todos os assuntos como política partidária e como futebol. Assim, prevalece o clubismo, a parcialidade e a dualidade de critérios emocionais que caracterizam as avaliações que levam mais em conta os aspectos pessoais que os argumentos racionais de reflexo social.

Este esquema de debate de ideias, que não deixa espaço ao contraditório, domina quase todas as grandes discussões no país. É muito ruim debater com quem ataca quando o adversário emocional está em causa e que, quando se trata do aliado, o defende com argumentos contrários, relativizando as circunstâncias. No entanto, é assim que as pedras rolam. E não há sinais de mudança na linha do horizonte.

Acontece com tudo. Agora mesmo, vai começar o julgamento do mensalão e vamos ver o país dividido com o assunto sendo examinado à luz das proximidades emocionais e corporativas. Dessa forma, o que podemos esperar? Mais do mesmo, ou seja, mais um espetáculo sectário. Aqui no meu canto, torço para que nenhum dos dois lados esqueça a máxima de Voltaire: "É melhor correr o risco de salvar um culpado do que condenar um inocente".

Um comentário:

  1. O problema não é a coalizão em torno de um programa, por si só, ou fazer alianças em torno de objetivos comuns. Para se conseguir apoio é preciso estabelecer boas linhas de ação, bons programas, que beneficiem a sociedade (inclusive os adversários políticos, que não podem ser vistos como inimigos) e "vender" (dar publicidade de) tal programa para a opinião pública de forma que, se os adversários se colocarem contra, a opinião pública perceba que eles estão CONTRA O BEM SOCIAL. Isso até forçaria a adesão/apoio de alguns adversários.

    O problema, na verdade, é o fisiologismo (o toma lá dá cá): Você me apoia e eu te dou o ministério X ou a secretaria Y... Ou ainda mais execrável: você me apoia e eu te dou tantos MIL REAIS por mês! (o mensalão era exatamente isso). O problema é o comprar apoio (e logo vender a sociedade e o bem social)!

    Mas que fique bem claro: o que eu defendo é que as pessoas de bem, íntegras, com bons valores (com boa criação...rsrs) comecem a se politizar, ou seja, interessar-se por política, que leiam, se instruam, que não fiquem alheias aos noticiários sobre política, que procurem conhecer os candidatos, que procurem candidatar-se, que procurem apoiar os bons candidatos (se encontrarem algum) ou sejam os bons candidatos (se não encontrarem nenhum).

    Eu prego que não abandonemos a política aos corruptos e inescrupulosos, porque a política somos todos nós, são nossos interesses, é o nosso bem estar social!

    “E nunca antes na história desse país” foi tão fácil conhecer os candidatos (para saber quem é bom, quem não é). Com um click do mouse você tem, hoje, acesso ao histórico de qualquer que se “aventure” ou exerça com consciência esse serviço público (os eleitos pelo voto são prestadores de serviço público, devem prestar seu serviço aos que ele representa, daí minha luta pessoal pela PENA DE MORTE POLÍTICA – Se comprovado corrupto, nunca mais elegível – e pelo VOTO PARLAMENTAR ABERTO E NOMINAL, exceto somente(talvez, ainda não firmei convicção) em votações contra o executivo - VETO, CASSAÇÃO ETC - , onde é preciso proteger o parlamentar, já que o governador ou presidente detém o poder de prejudicar o “desafeto”).

    Para conhecer melhor os políticos segue o link excelencias, abaixo, mantido pelo portal da transparência:
    http://www.excelencias.org.br/

    Tanto o TCU quanto o TER quanto os TREs estão divulgando listas dos candidatos fichas suja que precisam ser execrados da política pelo voto do povo!

    http://www.tcu.gov.br/contasirregulares/contasirregulares/contasJulgadasIrregulares.pdf

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