segunda-feira, 13 de abril de 2015

Consolar os aflitos, vestir os nus, perdoar as injúrias...


 
 
Ricardo Noblat escreveu certa vez que o jornalismo existe para consolar os aflitos e não para acudir os satisfeitos. Gostei demais da grandeza daquelas palavras: consolar os aflitos. Pensei conhecê-las do catecismo que aprendi na infância e fui conferir. Estava certa. Eram palavras da catequese da primeira comunhão. Noblat não se lembrava com exatidão, mas não estranhou porque a  influência da igreja em sua formação é muito forte. Ele cresceu rodeado por católicos fervorosos, a começar por duas ou três tias que desejavam torná-lo padre e queriam a todo custo entregá-lo aos cuidados da Igreja. Dom Hélder Câmara foi seu mentor e o incentivou a tornar-se jornalista. A inspiração de Noblat deve ter sido mesmo a catequese e os princípios cristãos que os católicos ensinam aos filhos na infância. São ensinamentos feitos para nos levar a ter sentimentos positivos em relação ao próximo. Exemplo: "vestir os nus", "consolar os aflitos" e “perdoar as injúrias”. Chamam-se obrigações, ou obras, de misericórdia corporal e obrigações, ou obras, de misericórdia espiritual. No total são sete de um lado e sete de outro, totalizando 14. Leia todas elas abaixo:
AS SETE OBRIGAÇÕES, OU OBRAS, DE MISERICÓRDIA CORPORAL:
1) dar de comer a quem tem fome;
2) dar de beber a quem tem sede;

3) vestir os nus;

4) dar pousada aos peregrinos;
5) visitar os enfermos;

6) visitar os prisioneiros;
7) enterrar os mortos.

AS SETE OBRIGAÇÕES OU OBRAS DE MISERICÓRDIA ESPIRITUAL:
1) corrigir os que erram;

2) ensinar os ignorantes;
3) dar bom conselho;

4) consolar os aflitos;
5) sofrer com paciência as fraquezas do próximo;

6) perdoar as injúrias;
7) rogar a Deus pelos vivos e defuntos.

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