terça-feira, 18 de junho de 2013

Tenho medo de multidões...



Tenho medo de multidões. As verdadeiras barbaridades costumam emergir no meio de multidões. Na nossa solidão, ou na companhia dos amigos e da família, somos agradáveis e toleráveis; mas experimentem juntar um punhado de pessoas e vejam o vandalismo de imediato.

Nos protestos, observem a minoria que espuma um imenso ódio e que sai na frente quebrando e incendiando tudo. Não faz sentido. Como disse Jean Paul Sartre, “a violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota”.

É preciso tentar entender a insatisfação das pessoas sim, mas, é preciso, igualmente, pôr a cabeça em ordem. A democracia não é nenhum regime de multidões, nenhum regime da rua, nenhum regime em que os vândalos andam à solta a praticar insanidades.

A democracia, queridos amigos e queridas amigas, é apenas uma forma de convivência pacífica, regrada, decente, que nos permite conduzir livremente a nossa vida, jantar de garfo e faca, tomar banho morno e ter certeza que o lixo da rua será recolhido.

Costumo assustar-me com algumas coisas, mas nada me irrita mais que aqueles que acham possível construir uma sociedade decente sem ordem, sem regras e sem uma noção digna e relevante da função das forças policiais e de segurança.


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