quarta-feira, 19 de junho de 2013

Para que serve a política?

A confiança nas instituições do poder – e não apenas do poder político – se encontra, certamente, ao rés do chão. Essa confiança nunca foi extraordinária, mas agora tornou-se ostensiva a ideia de que não podemos confiar – nos líderes políticos, nos gestores, nos líderes dos trabalhadores; nos jornais, nas televisões, na Justiça, nas igrejas ou nas escolas.

Não podemos confiar porque, estranhamente, cresce a impressão que nenhum destes poderes, instituições ou pessoas, funciona como deveria funcionar; nenhum destes poderes age sem uma qualquer obscura motivação ou interesse. Por isso, chegamos neste estado de coisas.

E agora, o que fazer? Temos de mudar. Creio que precisamos refletir, voltar à política e buscar soluções com maturudade. Não adianta exigir rupturas e revoluções. O Brasil não é uma ilha e não se mudam as leis da economia e da concorrência.

A mudança deve vir, mas penso que terá de ser sensata e eficaz, levando em conta que não podemos perder conquistas porque a vida dos mais pobres no Brasil melhorou bastante nos últimos 20 anos. E tudo isso custou muito a todos nós que fazemos parte da sociedade brasileira.  

Depois de tudo que ocorreu nas últimas horas, vamos ver o que vai acontecer, mas torço para que governadores, deputados, senadores, empresários e a presidente da República, enfim, todos os líderes, busquem propósitos grandes, realistas e firmes. Não devemos ser um país de fins intermédios, interesses particulares e promessas próximas.

A política deve tratar da paz e da prosperidade das pessoas, mas deve também servir para traçar grandes propósitos. Afinal, nada nessa vida tem muito sentido sem algum ingrediente de sonho e de grandeza épica.  



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