terça-feira, 7 de agosto de 2018

Todos os jornalistas são de esquerda, mesmo os que são de direita...

«Todos os jornalistas são de esquerda», diz um amigo. Em seguida, acrescenta: «mesmo os que são de direita». No Brasil não há pesquisa, mas a Suiça fez uma sondagem, há alguns anos. Lá, 75% dos jornalistas afirmaram  que são de esquerda. Na população, as percentagens inverteram-se: só uma parcela de 25% se disse de esquerda).
 
Definir a esquerda e a direita implica imensas perspectivas históricas, porque os conceitos quiseram dizer coisas diferentes em diferentes momentos. Na Espanha usam os termos esquerdas e direitas porque há gente à esquerda socialista, comunista (com 33 variações), ecologista, e mais outras famílias, e há gente à direita conservadora, liberal, nacionalista e até definições como «democracia cristã».
 
Há pontos em que as esquerdas e as direitas se unem, noutras há movimentos cruzados: um liberal estará de acordo com os socialistas (na versão «terceira via») nas questões morais, e os comunistas e nacionalistas estão de acordo em muitos assuntos.
 
Critérios tradicionais, como propriedade privada / estatização já estariam desatualizados, porque a esquerda socialista evoluiu nessa matéria, mas mantêm-se outros como liberdade / igualdade. O critério que parece mais decisivo - é o antropológico.
 
A direita acredita na existência de uma «natureza humana», e é extremamente pessimista sobre essa natureza. A esquerda ou não acredita na «natureza humana» (que diz ser uma construção histórica), ou considera que ela existe e é essencialmente positiva.
 
De um lado Maquiavel e Hobbes, do outro Rousseau e Marx. Dessa concepção decorrem quase todas as consequências: atitude face às instituições, face às utopias, face à noção de progresso, e outras. Mas o que mais conta para os estudiosos modernos são as soluções («as respostas»).
 
Em tempo: há governos democráticos de centro- direita e de centro - esquerda em vários países há décadas.  

 

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