segunda-feira, 26 de março de 2018

É possível acordar e sorrir...

Não sou das que esquece. E também não sou daquelas sem lado. Estou ativamente contra os projetos totalitários. E disposta a virar as costas a toda e qualquer tentativa de asfixia democrática. Venha de onde vier.
 
Agora mesmo, continuarei na Netflix. É muito exagero discordar de uma produção e sair pregando o dilúvio. Não gostou, não vê. Desliga. Ou não liga. E manifesta a discordância por meio de nota, entrevistas, ou o que desejar.
 
Campanhas contra uma janela importante da cultura conspira contra o direito dos outros. Leio opiniões fortes e não vomito. Eu também já tive a minha dose de revolta contra tudo e contra todos. Expressei minha raiva nos meus votos, não tenho esqueletos no armário. 
 
Nada do que um político já condenado fez difere muito do que outros políticos que aguardam julgamento fizeram, mas é preciso dar nome a todos os "bois". É preciso incluir outros setores institucionais na Lava-Jato e não apenas os políticos e empresariais. Cadê o Judiciário, as polícias?
 
Estou me preparando para o meu ajuste de contas nas próximas eleições. No fundo, é tudo farinha do mesmo saco, zunem os jornais, as rádios e as tevês. Pode existir pouca diferença entre os mecanismos, mas há pessoas com imenso brilho. Pessoas bacanas e bem intencionadas.

 
Este País é uma kizomba, já disse Martinho da Vila daquele jeito sorridente, devagar, devagarinho. Mas, de todo modo, apesar de tudo, ou por isso mesmo, é possível acordar e sorrir, mesmo quando dormimos mal. Ou quando temos pesadelos.

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