Prezados prefeitos
eleitos,
Prezadas prefeitas
eleitas,

Melhoramos em
muitos aspectos sim, mas há muito a fazer. Metade dos domicílios está sem
acesso a esgoto. E a violência cresceu demais nos últimos anos. No período de
2011 a 2015, 278.839 brasileiros foram vítimas da violência, número
superior aos 256.124 mortos no conflito da Síria. Em cinco anos, nosso País
teve mais assassinatos que a Síria.
A insegurança
impede a cidadania. Prefeitos devem participar sim, por meio da organização e
do treinamento de guardas municipais, da luta contra o aumento da criminalidade
e no combate às drogas ilícitas. Ninguém está dispensado de participar da
guerra contra a violência.
A vida das
pessoas não está nada fácil. O trânsito anda infernal e a
espera exaspera.
O melhor caminho é investir em Educação e fazer reformas
para combater o desperdício e a corrupção. As máquinas públicas podem e
devem prestar bons serviços de Saúde e Educação, além de investir em programas
que gerem emprego e renda. Um bom ambiente nas cidades vai melhorar, com
certeza, o futuro de todos.
A desigualdade é o
mal a enfrentar. Em todos os momentos e em todas as áreas. Cidade nenhuma será
boa para os visitantes se não for boa para seus moradores. Os
melhores prefeitos são próximos, vão à feira, ao posto
de saúde e visitam as escolas e as obras de saneamento. Ser
prefeito é ser uma espécie de irmão mais velho do cidadão.
Muitas coisas
estão sendo feitas na área social, conforme atestam os resultados do IBGE,
mas há muito trabalho a fazer. Coisa boa de comemorar, por exemplo,
é a queda da desigualdade. O índice de Gini vem continuamente caindo no
Brasil, mas o ritmo é muito lento. Prefeitos e
prefeitas podem acelerar esta queda com coragem, força e
perseverança.
Uma pessoa pode
mover para melhor o mundo de outras pessoas, se souber mover direito. A
prefeitura é a instância de poder mais próxima das pessoas. Essa proximidade
faz do prefeito o vizinho que pode acudir na hora do aperto e ajudar os
que dependem do poder público para garantir a sobrevivência. Espero que cuidem
dos aflitos, os que mais precisam de cuidados.
Como minha
formação é na área da imprensa, não posso encerrar sem uma palavra a
respeito: informem as pessoas. O exercício da vida pública exige
transparência e implica tolerância com a liberdade de opinião dos outros,
uma das condições da vida democrática. Ouçam as críticas com interesse e
paciência. Em algumas vezes, quem critica pode ajudar até mais do que o pessoal
que só bajula.
É isso, muita
obrigada pela atenção,
Vanda Célia, cidadã
brasileira