04 de abril de 2019 –WILLIAM WAACK escreve
no Estadão que a “credibilidade está se deslocando do “mito” Jair Bolsonaro em direção aos
núcleos militar, econômico e da Justiça. Na Folha, o editorial chama a atenção
para João Dória e chamada “teoria do vácuo” – que seria inexistente no mundo do
poder. Na Câmara, Paulo Guedes foi correr atrás de votos para a reforma, mas acabou trocando desaforos com PT e com o PSOL. A bolsa caiu.
E Bolsonaro recebe hoje líderes de nove partidos. Abaixo, resumo das notícias que estão nas capas:
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O Globo
Manchete: Bolsonaro articula base de
apoio com 9 partidos - Objetivo é aprovar a reforma da Previdência. Mourão
não descarta distribuir cargos a aliados.
Depois de vários atritos com o Congresso, o presidente Jair Bolsonaro
começa o processo de construção da base de apoio ao seu governo reunindo-se
pela primeira vez, hoje, com presidentes de partidos. A iniciativa visa à
aprovação da reforma da Previdência. Nove legendas, que somam 259 deputados e
53 senadores, devem ser recebidas por Bolsonaro até a semana que vem. O
vice-presidente Hamilton Mourão não descartou que o Planalto abra espaço para
aliados no governo. “É óbvio que eles vão ter algum tipo de participação, seja
em cargos nos estados, algum ministério. Isso é decisão do presidente”,
afirmou. Página 4
Previdência está condenada, não
importa o governo, afirma Guedes - O ministro da Economia, Paulo Guedes,
defendeu, em audiência longa e tensa com deputados, que a solução para o rombo
na Previdência não tem coloração partidária e deve ser imediata. Afirmou que o
país gasta dez vezes mais com aposentadorias do que com educação e que os
servidores, que temos maiores benefícios, contribuirão 14 vezes mais com o
ajuste do que os trabalhadores do setor privado. Páginas 17 e 18
Vélez quer revisão do Golpe de 1964
em livros didáticos - O ministro da Educação, Vélez Rodríguez, anunciou
em entrevista ao jornal“ Valor” que textos didáticos serão revistos para
contemplarem a História “real”. Para ele, o Golpe de 64 foi constitucional e a
ditadura, “regime democrático de força”. Página 26
Chicungunha tem risco de se tornar
doença silvestre - Estudo com participação da Fiocruz mostra que mosquitos silvestres
existentes no Estado do Rio são capazes de transmitir a chicungunha e podem
estar infectados com o vírus, revela ANA LUCIA AZEVEDO. Caso o indício se
confirme, doença, até então uma epidemia urbana, ficaria fora de controle no
país. Página 25
ASCÂNIO SELEME - Nazismo de esquerda é
igual a Terra plana Página 3
MERVAL PEREIRA - Julgamento de prisão
em segunda instância atemoriza Supremo Página 2
BERNARDO MELLO FRANCO - Crivella, que votou
contra Dilma, agora se vê na mesma situação Pág.5
MÍRIAM LEITÃO - Hora de lutar pela
reforma e não de falar tanto em capitalização Página 18
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Cuba e Venezuela já devem
R$ 2,3 bilhões ao BNDES - Dívidas se referem a empréstimos tomados durante
gestões do PT; governo pode ter de assumir rombo.
Cuba, Venezuela e Moçambique têm,
juntos, R$ 2,3 bilhões em dívidas atrasadas com o BNDES. Se não pagarem, o
governo brasileiro terá de cobrir o rombo. O risco de calote levou o banco a
registrar perdas de R$ 4,41 bilhões no balanço financeiro de 2018, divulgado na
semana passada – é o montante que ainda tem a receber somente de Cuba e
Venezuela. O caso do governo de Nicolás Maduro, que enfrenta grave crise, é o
mais complicado: os atrasos começaram em setembro de 2017 e já somam R$ 1,6 bilhão.
Impulsionados durante os governos do PT, esses financiamentos do BNDES no
exterior foram alvo de críticas de economistas, que viam excesso de subsídios
para beneficiar grandes construtoras contratadas pelos governos estrangeiros e
que acabaram investigadas pela Lava Jato. O presidente do banco, Joaquim Levy,
já disse que esses empréstimos não se repetirão. Economia / Pág. B4
‘Tchutchuca é a mãe’, diz Guedes na
CCJ - O ministro da Economia, Paulo Guedes, teve passagem tumultuada ontem
pela CCJ da Câmara – numa prévia do que deve ocorrer na comissão especial. Ele
reagiu a ataques e bateu boca com parlamentares. “Tchutchuca é a mãe, é a avó,
respeita as pessoas. Isso é ofensa”, respondeu à provocação de Zeca Dirceu
(PT-PR). O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a discussão é
“péssima” para a Casa. “Paulo Guedes tem dialogado com respeito”, afirmou. O
regime de capitalização, espécie de poupança paga pelo trabalhador, foi um dos
alvos de críticas. Guedes admitiu a retirada do texto das mudanças no benefício
pago a idosos de baixa renda e na aposentadoria rural. Economia / Págs. B1 e B3
Bloco manobra e atrasa projeto
anticorrupção em partidos - Senadores do PT, PSD, PROS e Podemos
conseguiram que projeto de lei que submete partidos a regras de compliance vá
para o plenário do Senado antes de seguir para a Câmara. A medida atrasa a
votação da proposta, que obriga as siglas a cumprir normas para aumentar a
transparência e evitar atos de corrupção com o dinheiro público. Se não
atenderem aos requisitos, as legendas podem ficar sem repasse do Fundo
Partidário. Política / Pág. A4
Bolsonaro vai receber partidos para
formar base no Congresso - Prestes a completar cem dias de mandato, o
presidente Jair Bolsonaro se rende à chamada “velha política”. A partir de
hoje, o presidente passa a receber dirigentes de dez partidos políticos para
montar a base de sustentação do governo no Congresso. O vice-presidente
Hamilton Mourão disse ontem que, se o convite do Palácio do Planalto for
aceito, a coligação terá como contrapartida cargos no governo. Política / Pág.
A5
Salários nas alturas- Auditoria do TCU
apontou que 86% das remunerações das estatais são superiores às do setor
privado para as mesmas ocupações. Em um dos casos, um assistente recebia oito
vezes o valor pago pelo mercado. Pág. B4
Orçamento impositivo é aprovado no
Senado Economia / Pág. B4
Credor põe Gol e Latam na disputa por
Avianca Economia / Pág. B6
NOTAS & INFORMAÇÕES
Um pacote útil, mas
limitado - O pacote de simplificação prometido pelo governo tem aspectos
positivos, mas é limitado e nem de longe caracteriza um plano de
desenvolvimento. Pág. A3
Ocupação de espaços - Na falta de articulação política para garantir as reformas, empresários se organizam para angariar apoio. Pág. A3
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Folha de S. Paulo
Manchete: Ida de Paulo Guedes à
Câmara acaba em confusão; Bolsa cai - Sem apoio, ministro bate boca com parlamentares,
deixa de responder a questões técnicas e desanima mercado.
A audiência com o ministro da Economia,
Paulo Guedes, na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara teve clima
de conflito e pouca defesa da reforma da Previdência pelos deputados. A sessão
foi encerrada quando o ministro foi provocado pelo deputado federal Zeca Dirceu
(PT-PR). Zeca afirmou que o ministro é “tigrão” comuns e “tchutchuca” com
outros, sugerindo que Guedes privilegia banqueiros e rentistas. O ministro se
ofendeu e revidou: “Tchutchuca é a mãe, tchutchuca é a avó!”. Uma confusão se
instalou no plenário da comissão, e a sessão foi encerrada. Guedes também
recebeu críticas ao deixar de responder a questões técnicas. O ministro tem
assumido o papel de articulador político da reforma, mas o esperado era que
respondesse a dúvidas sobre o texto em si. A Bolsa, que vinha em alta até o
começo da tarde, fechou em queda. Mercado A11
Senado aprova PEC de menor impacto
sobre o Orçamento - Uma semana após ser derrotado na Câmara, o governo Bolsonaro negociou
versão mais branda da PEC do Orçamento impositivo no Senado e obteve um aumento
escalonado do percentual de emendas coletivas. O governo queria quatro anos de
escalonamento e conseguiu dois — 0,8% da Receita Corrente Líquida em 2020 e 1%
no ano seguinte. A negociação foi tida como um avanço. O texto volta agora à
Câmara. Mercado A12
Em 3 meses, Mais Médicos soma 1.000
desistências- Cerca de 15% dos médicos brasileiros que entraram no Mais Médicos após a
saída dos cubanos desistiram de participar do programa ainda nos primeiros três
meses de atividade. Segundo o Ministério da Saúde, os motivos para a saída
foram a busca por outros locais de trabalho e por cursos de especialização e
residência. A pasta estuda a criação deum novo projeto. Cotidiano B1
Vélez nega o golpe e diz que
didáticos serão alterados- O ministro da Educação declarou ao jornal Valor que
não houve golpe nem ditadura e defendeu que essa visão conste de livros
didáticos. “Haverá mudanças progressivas na medida em que seja resgatada uma
versão da história mais ampla.” Cotidiano B4
Carlos Ghosn é preso pela quarta vez
no Japão - O ex-CEO de Renault e Nissan, que estava em prisão domiciliar, voltou a
ser detido, segundo a rede NHK. A nova acusação é baseada em transferência
suspeita de US$ 32 milhões para distribuidora das montadoras em Omã. Mercado
A16
EDITORIAIS
Teoria do vácuo - Sobre movimentos
políticos do tucano João Doria.
A imagem da PM - Acerca de uso de câmeras por policiais paulistas.
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