De um lado, Jair Bolsonaro, formado pela infantaria,
a mais combativa força do Exército, composta por soldados que lutam em todos os
tipos de terreno e sob quaisquer condições meteorológicas. Do outro Rodrigo
Maia, que em meio às crises costuma lembrar que tem uma irmã gêmea,
logo, “sabe lidar com pressão desde o útero”. Neste ambiente bélico, o parafuso da crise deu mais nova volta ontem.
Abaixo as notícias:
28 de março de 2019
O Globo
Manchete: Troca de insultos entre
Bolsonaro e Maia alimenta crise política
Em audiência no Senado, Guedes afirma que pode sair, mas não na primeira
derrota.
A troca de insultos entre o presidente Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, acirrou a crise entre os Poderes, que dificulta a tramitação da reforma da Previdência e de outros projetos do governo, como o pacote anti-crime do ministro Moro.
A troca de insultos entre o presidente Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, acirrou a crise entre os Poderes, que dificulta a tramitação da reforma da Previdência e de outros projetos do governo, como o pacote anti-crime do ministro Moro.
QUESTÕES PESSOAIS - Em entrevista, Bolsonaro disse que Maia estaria
“abalado com questões pessoais”. Maia reagiu afirmando que Bolsonaro estava
“brincando de presidir o Brasil”, e o presidente respondeu: “Não é palavra de
quem comanda uma Casa’. Ontem, a desarticulação política abriu flanco para que
seis ministros fossem expostos às críticas de líderes partidários, na Câmara e
no Senado, onde Paulo Guedes, da Economia, enfrentou cinco horas de
questionamentos.
EM GUERRA - Ele afirmou que pode sair se sua agenda não passar, mas não na primeira
derrota. Os deputados ameaçam mudar a medida provisória da reforma que
instituiu 22 ministérios. O líder do PSL no Senado, Major Olímpio, lamentou:
“Estamos numa guerra sem logística e sem munição” (Páginas 4,6 e 17)
Vélez ‘não está dando certo’, diz
presidente - Na Câmara, o ministro da Educação, Vélez Rodríguez, citou medida do
traficante colombiano Pablo Escobar, seu conterrâneo, para afastar jovens das
drogas. Em entrevista à Band, o presidente Bolsonaro criticou gestão da pasta e
disse que vai conversar com Vélez após viagem a Israel. Coordenador do Enem se
demitiu. (Página 25)
Sem alternativas, Brexit de May volta
à pauta - A Câmara dos Comuns manteve impasse sobre o Brexit ao rejeitar oito
propostas de transição para a saída do Reino Unido da União Europeia. Com isso,
ganha sobre vida a proposta da premier Theresa May, já recusada duas vezes, mas
que pode ir a votação de novo amanhã. May prometeu renunciar após fechar o
acordo. (Página 22)
Antes de Brumadinho - Lucro da Vale cresceu
24% e chegou a R$ 25 bilhões em 2018(Pág.21)
EDITORIAL: Falta de articulação
cobra seu preço (Página 2)
MERVAL PEREIRA: Cada vez que
Bolsonaro fala, surge uma crise (Página 2)
MIRIAM LEITÃO: Já perdemos um
trimestre na educação (Página 18)
BERNARDO MELLO FRANCO: Assustado, Guedes faz
mea-culpa (Página 5)
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O Estado de S. Paulo
Manchete : Temor sobre Previdência
derruba Bolsa e eleva o dólar - Ida de Paulo Guedes ao Senado não
contornou situação; ministro diz não ter apego ao cargo.
CÂMARA X GOVERNO - O mercado reagiu
ontem às incertezas em relação à aprovação da reforma da Previdência e à queda
de braço entre Câmara e governo, que levou à aprovação da PEC que limita os
gastos do Executivo. O Ibovespa caiu 3,57% e o dólar atingiu a maior cotação
desde 1.º de outubro, antes das eleições, fechando o dia em R$ 3,95, alta de
2,24%. A situação não melhorou com a ida do ministro da Economia, Paulo Guedes,
à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado – pelo contrário.
PAULO GUEDES - Questionado se
deixaria o governo caso as mudanças nas regras da aposentadoria não forem
aprovadas, Guedes disse que não tem apego ao cargo, mas não o deixará por causa
de um primeiro revés. “Não terei a irresponsabilidade de sair na primeira derrota”,
afirmou aos senadores, na audiência de cinco horas. O ministro, no entanto,
admitiu que o “principal opositor do governo é ele mesmo” e reclamou de
críticas desferidas por parlamentares do PSL, partido de Jair Bolsonaro. ECONOMIA
/ PÁGS. B1 e B4
Guedes, entre bombeiro e equilibrista
- Desabafos constantes de Paulo Guedes são interpretados mais como uma
tentativa de barrar a desidratação da reforma da Previdência do que uma ameaça
real de deixar o governo. Problemas com o Congresso ainda colocam o ministro no
papel duplo de equilibrista e bombeiro. Como bombeiro, atua para baixar a
temperatura da guerra entre Bolsonaro e Maia. Como equilibrista, diz que não se
pode “demonizar” negociações com o Congresso. PÁG. B4
Bolsonaro e Maia trocam insultos em
público - Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia tiveram ontem nova rodada de bate-boca
público. Em entrevista à Band, o presidente voltou a insinuar que Maia ataca o
governo por estar “abalado” com a prisão de Moreira Franco, padrasto de sua
mulher. O presidente da Câmara retrucou, dizendo que “abalados estão os
brasileiros, que esperam que o Brasil comece a funcionar”, e afirmou que
Bolsonaro “brinca de presidir o País”. O presidente replicou e classificou
declarações de “irresponsáveis”. PÁG. A8
Câmara ameaça votar repasse de R$ 39
bi a Estados- No rastro da votação da PEC do Orçamento impositivo, deputados ameaçam
analisar projeto que obriga o governo a repassar R$ 39 bilhões aos Estados,
como compensação da Lei Kandir, que desonerou o ICMS das exportações. Guedes
diz que o TCU isentou a União da dívida. ECONOMIA / PÁG. B7
Deputados perdoam multas a partidos -
A Câmara aprovou ontem o texto-base do projeto que prevê perdão de
multas a partidos políticos que não aplicaram recursos de forma adequada e
livra diretórios de sofrerem sanções da Receita Federal por não cumprirem
determinações legais. Na próxima semana, os deputados analisam emendas. POLÍTICA
/ PÁG. A10
Rússia diz que Brasil na Otan eleva
tensão-A Rússia criticou uma eventual entrada do Brasil na Otan (Organização do
Tratado do Atlântico Norte), defendida por Donald Trump na visita de Jair
Bolsonaro aos EUA. Os russos alegam que a aliança militar não prevê
latino-americanos e que a posição de Trump não favorece a distensão. INTERNACIONAL
/ PÁG. A14
Violência pode dar em divórcio
automático - Deputados aprovaram ontem projeto de lei que permite que vítimas de
violência doméstica peçam divórcio automático. Medida precisa passar no Senado.
METRÓPOLE / PÁG. A17
Dia de explicações - Sete dos 22
ministros, entre eles Paulo Guedes (Economia), Sérgio Moro (Justiça) e Ricardo
Vélez Rodríguez (Educação), participaram ontem de audiências no Congresso para
dar explicações sobre seus trabalhos à frente das respectivas pastas.
Enfrentaram perguntas mais ríspidas, mas também houve recepções amistosas, com
direito a selfies. POLÍTICA / PÁG. A10
Aniversário do golpe de 64 vai parar
na Justiça - A ordem do dia do Ministério da Defesa sobre o aniversário do golpe de
1964 foi divulgada em meio a polêmica sobre a orientação do presidente aos
quartéis de comemorar a “data histórica”. Uma juíza federal o intimou em ação
contrária e o MPF recomendou a unidades militares que não façam festejos. POLÍTICA
/ PÁG. A4
3 barragens da Vale têm alerta para
rompimento (Metrópole / Pág. A19)
ZEINA LATIF – Gravidade - Um
cenário sem reforma não interessa a ninguém. No entanto, o risco de um governo
que pouco entrega na agenda econômica é concreto.PÁG. B10
WILLIAM WAACK - Foi ditadura, e daí? Como parte do
cacoete de palanque digital, Bolsonaro dá a 64 relevância que não tem e
retroalimenta seguidores mais aguerridos de “polêmicas”. POLÍTICA / PÁG. A8
NOTAS & INFORMAÇÕES –
Não é brincadeira -A Câmara mandou uma
clara mensagem ao presidente Jair Bolsonaro: não está para brincadeira. PÁG. A3
O MEC preocupa - O modo como o
governo Bolsonaro vem conduzindo o Ministério da Educação (MEC) é escandaloso.
PÁG. A3
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Folha de S. Paulo
Manchete: Bolsonaro provoca de novo,
Maia reage e crise se agrava - Deputado declara que presidente está
'brincando de presidir o país' e tentativa de reaproximação naufraga.
MAL-ESTAR - No mais novo
capítulo da crise política, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o presidente da
Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RI), protagonizaram ontem novo embate
público, o que agravou o mal-estar entre o Executivo e o Legislativo.
QUESTÕES PESSOAIS - Em um dia em que
ministros e lideranças do governo tentaram restaurar canais de comunicação,
Bolsonaro voltou a provocar Maia em entrevista à TV Bandeirantes, afirmando que
o deputado está “um pouco abalado com questões pessoais”.
BRINCADEIRA - Como já havia feito
no fim de semana, o presidente se referia à prisão de Moreira Franco, casado
com a sogra de Maia. O deputado reagiu rápido. Para ele, Bolsonaro está
“brincando de presidir o Brasil” e “está na hora de a gente parar de
brincadeira.”
IRRESPONSABILIDADE- “Não existe brincadeira da minha parte, muito pelo contrário”. É uma irresponsabilidade”, retrucou o presidente, no final da tarde, em São Paulo, onde se encontrou com empresários na casa de Elie Horn, fundador do grupo imobiliário Cyrela. As farpas desanimaram integrantes da equipe do presidente. As declarações ofuscaram a ida de Paulo Guedes (Economia) ao Senado. O vice Hamilton Mourão buscou arrefecer o clima. “Houve algum ruído. Maia é imprescindível no processo.” (Poder A4)
IRRESPONSABILIDADE- “Não existe brincadeira da minha parte, muito pelo contrário”. É uma irresponsabilidade”, retrucou o presidente, no final da tarde, em São Paulo, onde se encontrou com empresários na casa de Elie Horn, fundador do grupo imobiliário Cyrela. As farpas desanimaram integrantes da equipe do presidente. As declarações ofuscaram a ida de Paulo Guedes (Economia) ao Senado. O vice Hamilton Mourão buscou arrefecer o clima. “Houve algum ruído. Maia é imprescindível no processo.” (Poder A4)
Presidente afirma que a Folha é ‘toda
a fonte do mal’ na imprensa ( Poder A4)
Bolsa despenca 3,6% e dólar fecha no
maior valor desde lo. turno (Mercado A23)
VINÍCIUS TORRES FREIRE - Quanto custa manter o
mito Bolsonaro (Mercado A24)
LAURA CARVALHO - Emprego vale mais que
fanatismo, diz eleitor (Mercado A26)
BRUNO BOGHOSSIAN - Ministros expõem
imagem de gestão sem rumo (Opinião A2)
Para Guedes, governo enfrenta a si
mesmo - O ministro da Economia, Paulo Guedes, criticou ontem a capacidade de
articulação do PSL, partido do presidente, no Congresso. O ministro falou por
cinco horas a uma comissão do Senado. A reforma da Previdência, apesar de não
estar na pauta, dominou a audiência.
“Algo está falhando do nosso lado. É assustador”, disse, externando insatisfação. Ele defendeu que a sigla feche questão em apoio à reforma. Guedes comentou sobre a mudança no Orçamento aprovada na Câmara, classificando-a como disputa de espaço político. (Pag. A19)
“Algo está falhando do nosso lado. É assustador”, disse, externando insatisfação. Ele defendeu que a sigla feche questão em apoio à reforma. Guedes comentou sobre a mudança no Orçamento aprovada na Câmara, classificando-a como disputa de espaço político. (Pag. A19)
Presidente diz que regime militar não
foi ditadura - Em entrevista, Jair Bolsonaro disse que não houve ditadura no Brasil e
que, como um casamento, todo regime “tem alguns probleminhas”. O chanceler
Ernesto Araújo endossou o discurso do presidente. Na ordem do dia, a cúpula
militar fez defesa contida de 1964 e celebrou a democracia. (Poder A8)
Ex-presidente do Inep chama Vélez de
limitado - Marcus Rodrigues nega ter suspendido prova de alfabetização, e disse que
a decisão veio do próprio ministério. Critica a falta de projeto da pasta e a
limitação de Vélez. (Cotidiano B3)
Faixas com tom político são barradas
em estádios - Torcedores portaram cartaz contra a reforma da Previdência, por exemplo,
em jogo em Pernambuco. A polícia, com aval de federações, busca vetar essas
manifestações. (Esporte B6)
Editorial
Represália perigosa - Sobre votação de
PEC que eleva despesa obrigatória.
Homicida confesso - Acerca de crimes
imputados ao terrorista Battisti. (Opinião A2)
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