Câmara mostra força, desafia Planalto
e aprova limite a poder de gasto do governo – Esta é a matéria em destaque
das capas dos jornais. Derrota ocorreu por 453 votos a 6 em meio a crise de Bolsonaro x Rodrigo
Maia. Texto que engessa 97% do Orçamento — ou seja é p contrário do que Paulo
Guedes defende — vai ao Senado. Abaixo,
as principais notícias deste 27 de março de 2019:
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Folha de S. Paulo
Manchete: Líderes criam frente para
mudar texto da Previdência - Desconstitucionalização é alvo de
deputados, que aprovam PEC para liberar emendas.
Líderes da Câmara decidiram que vão
mudar o texto da reforma da Previdência - Representantes de 13 partidos se
posicionaram contra as alterações no benefício para miseráveis e nas regras de
aposentadoria rural. O grupo também é contra a desconstitucionalização das
regras da Previdência. O governo reagiu, e o ministro Onyx Lorenzoni (Casa
Civil) ligou para os deputados e foi à Câmara ouvir as principais
reivindicações.
ORÇAMENTO IMPOSITIVO - A Câmara ainda aprovou em primeira
votação PEC que obriga a execução do Orçamento de emendas de bancadas estaduais
por 448 votos a 3. O governo é contra o texto, que dificulta o remanejamento de
despesas.
PAULO GUEDES - Horas antes, o ministro Paulo Guedes faltou a
reunião na CCJ, que não havia definido relator. Irritados, os deputados se
recusaram a ouvir secretário especial da Previdência, Rogério Marinho. (A17/18/
A20)
Petrobras vai reajustar diesel no
mínimo a cada 15 dias - Em meio a uma nova onda de insatisfação dos
caminhoneiros, a Petrobras anunciou ontem mudanças em sua política de preços
para o diesel e o lançamento de um cartão para compras do combustível apreço
fixo em postos BR. As medidas, porém, não demoveram os transportadores
autônomos de planejar para o próximo sábado (30) carreata para pressionar o
governo. Além do preço do diesel, eles reclamam do não cumprimento da tabela de
fretes. (Mercado A24)
Disputa pela PGR deflagra lobby de procurador
militar - Chefe do Ministério Público Militar, Jaime de Cássio Miranda encaminhou
ofício ao presidente Jair Bolsonaro para saber sobre escolha do sucessor de
Raquel Dodge na Procuradoria. Poder A4)
Presidente do Inep sai após mais um
recuo de Vélez - Um dia após cancelar a avaliação de alfabetização, Ricardo Vélez
Rodríguez revogou a medida, o que fez Marcos Vinicius Rodrigues sair do Inep.
Desarticulação do MEC escancara riscos para ações educacionais do país. (Cotidiano
B1)
Criticado, governo decide alterar
time de comunicação (Poder A12)
Grupo paramilitar cerca Assembleia na
Venezuela - Políticos da Assembleia Nacional, de maioria opositora, foram cercados
na tarde de ontem no prédio onde o órgão funciona em Caracas. Comboio do líder
Juan Guaidó e jornalistas foram atacados pelos coletivos na saída. (Mundo A14)
ELIO GASPARI - O pesadelo do sono de Bolsonaro - Em uma de suas
internações os médicos conferiram a qualidade do sono de Jair Bolsonaro e
registraram 89 breves interrupções por hora. E perguntaram: “Como é que você
consegue raciocinar?”. Sono é coisa séria. (A10)
EDITORIAIS
Festejo indevido - Sobre ideia de
celebrar os 55 anos do golpe militar (A2)
A conta do diesel - Acerca de concessões equivocadas a caminhoneiros (A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Câmara mostra força e
limita poder de gasto do governo - PEC aprovada por ampla maioria torna
obrigatório pagamento de despesas que hoje podem ser adiadas.
EM VOTAÇÃO RELÂMPAGO, a Câmara aprovou
ontem, em dois turnos, proposta de emenda constitucional que diminui poder do
governo de manejar o Orçamento e torna obrigatório o pagamento de despesas que
hoje podem ser adiadas, como emendas de bancadas estaduais e investimentos em
obras.
PSL DE BOLSONARO - A previsão é de que
o grau de engessamento das contas chegará a 97% – atualmente, é de 93%.
Aprovado com mais de 400 votos nas duas etapas – incluindo deputados do PSL de
Bolsonaro –, o projeto representa considerável derrota do Planalto e faz parte
de um “pacote de maldades” lançado pelos parlamentares, descontentes com a
falta de interlocução com o governo.
RETALIAÇÃO - Depois de trocar
farpas com Bolsonaro nos últimos dias, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), negou que a medida seja uma retaliação. “Não cabe retaliação a
ninguém, pelo amor de Deus. É o Legislativo reafirmando suas atribuições. É
assim em qualquer democracia do mundo”, afirmou.
DAVI ALCOLUMBRE - A PEC segue agora
para o Senado – o presidente, Davi Alcolumbre (DEM-AP), já afirmou que terá
“total apoio” na Casa. Os deputados também querem votar um projeto que limita o
poder do presidente de editar medidas provisórias. POLÍTICA / PÁG. A4
Guedes adia ida à CCJ - O ministro da
Economia, Paulo Guedes, desistiu ontem de ir à CCJ da Câmara, o que desagradou
aos parlamentares. O ministro argumentou que ainda não havia um relator da
reforma da Previdência, mas ele foi orientado a não ir para evitar ataques. ECONOMIA
/ PÁG. B8
Corte de R$ 30 bi deve prejudicar
funcionamento de ministérios- O corte de R$ 30 bilhões no Orçamento
federal deve afetar o funcionamento de ministérios, informam Adriana Fernandes
e Idiana Tomazelli. A proposta é bloquear 21% das despesas com custeio e
investimentos não obrigatórios. Saúde e Educação serão as únicas pastas
poupadas. Com a medida, gastos não obrigatórios ficarão em R$ 90 bilhões, menor
valor da série histórica, iniciada em 2008. ECONOMIA / PÁGS. B1 e B4
Vice reúne 700 empresários em evento
na Fiesp - Hamilton Mourão foi ontem o centro das atenções de dois eventos com
empresários e executivos do País. Em discurso para 700 dirigentes ligados à
Fiesp, ele defendeu o diálogo do governo com parlamentares e pediu confiança no
Executivo. À noite, participou de jantar oferecido por Paulo Skaf. POLÍTICA /
PÁG. A8
Sem cortar tropa, projeto de
militares custa R$ 23 bi - A economia de R$ 10,4 bilhões em 10 anos, prevista
com a reforma da previdência dos militares, só será possível com o corte de 10%
do efetivo, ou 36 mil dos 368 mil postos atuais. Sem a redução, a proposta
teria custo de R$ 23 bilhões ao longo dos próximos anos, o que não foi aceito
pela equipe econômica. ECONOMIA / PÁG. B7
Com ameaça de greve, estatal muda
política de diesel - A Petrobrás anunciou medidas favoráveis a caminhoneiros, que articulam
greve. Empresa mudou a política de preços do diesel, uma das causas da crise de
2018, e criou o “cartão caminhoneiro”.
ECONOMIA / PÁG. B16
ECONOMIA / PÁG. B16
Novo recuo de Vélez mostra MEC à
deriva - Depois de 15 exonerações, decisões polêmicas e 6 recuos, o Ministério da
Educação (MEC) se mostra à deriva. Ontem, o ministro Ricardo Vélez Rodríguez
desfez medida tomada no dia anterior – sem que ele soubesse – de não avaliar
crianças em fase de alfabetização.
FALTA DE ARTICULAÇÃO - Segundo analistas de
educação, o episódio aponta falta de articulação. Ele tem dificuldade para
montar a equipe, já foi desautorizado pelo Planalto e tem auxiliar que acumula
duas secretarias. No Inep, deve assumir o general Mamede de Brito Filho, que
não trabalha com educação. METRÓPOLE / PÁG. A14
CPI da Lava Toga é arquivada pela 2ª
vez (Política / Pág. A10)
MONICA DE BOLLE - Bolsonaro cria ruído
e está cercado de gente que gosta de comprar brigas inúteis. PÁG. B2
NOTAS & INFORMAÇÕES
O ‘abacaxi’ da Previdência - Paulo Guedes foi
designado por Jair Bolsonaro como articulador da reforma da Previdência no
Congresso, como se isso bastasse para aplacar os ânimos hostis à proposta. PÁG. A3
Estado de Direito preservado - Ignorar os
requisitos legais da prisão preventiva agride o Estado Democrático de Direito.
PÁG. A3
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O Globo
Manchete: Câmara desafia Planalto e
aprova limite a poder de gasto do governo - Derrota por 453 votos a 6 ocorreu após
Paulo Guedes desistir de explicar reforma da Previdência a deputados e ida de
Onyx ao Congresso.
GUEDES E ORÇAMENTO - Em desafio ao governo,
após o ministro da Economia, Paulo Guedes, desistir de ir à Câmara explicar a
reforma da Previdência, os deputados aprovaram, em dois turnos — 453 a 6, na
segunda votação —, proposta de emenda constitucional que estava parada desde
2015 e torna o Orçamento ainda mais impositivo, limitando o poder de gasto do
Executivo. A proposta, que vai ao Senado, opõe-se a uma das bandeiras de
Guedes: a desvinculação de todas as despesas.
ONYX LORENZONI - Treze partidos declararam apoio oficial
à reforma da Previdência, mas exigiram que a aposentadoria rural e o benefício
pago a pessoas com deficiência e idosos em situação de pobreza sejam mantidos
como estão hoje. “Precisamos, com humildade, paciência e resiliência, construir
um caminho de entendimento”, admitiu o ministro da Casa Civil, que se reuniu às
pressas com líderes no Congresso, mas não evitou a votação. Em meio à crise,
que se arrasta desde a semana passada, o presidente Bolsonaro foi de manhã ao
cinema. (PÁGINA 21)
MÍRIAM LEITÃO - Câmara manda
recado forte à equipe econômica (PÁGINA 22)
BERNARDO MELLO FRANCO - Presidente briga
até com o passado (PÁGINA 8)
ELIO GASPARI - Bolsonaro procura
firmar-se criando tensões (PÁGINA 3)
MERVAL PEREIRA - Defesa de Lula
tenta chicana na Justiça Eleitoral (PÁGINA 2)
Petrobras anuncia reajuste do diesel
a cada 15 dias - O preço do óleo diesel nas refinarias da Petrobras será reajustado a
cada 15 dias e não mais a cada sete dias, como ocorria desde janeiro, com o fim
do subsídio do governo federal ao combustível. A estatal vai lançar ainda o
Cartão Caminhoneiro. Para analistas, medidas visam evitar nova greve dos
caminhoneiros. (PÁGINA 23)
FOTO-LEGENDA - As seis mil vagas
oferecidas pelo Mutirão do Emprego — da prefeitura de São Paulo e do Sindicato
dos Comerciários — levaram 15 mil pessoas ao Vale do Anhangabaú, no Centro da
capital. Previsto para acabar na sexta-feira,o mutirão vai se estender por dez
dias. (PÁGINA 23)
Relato de Cabral põe Fisco do Rio na
mira da Lava-Jato - Em depoimento ao juiz Marcelo Bretas, o ex-governador Sérgio Cabral
confessou, pela primeira vez, que recebeu propinas de uma empresa em troca de
concessões tributárias. Relato abre nova linha de investigação da Lava-Jato,
sobre corrupção na área fiscal do estado. (PÁGINA 6)
Brasileiros presos por venda de falsa
cidadania na Itália - Sete brasileiros foram presos na Itália acusados de
vender cidadania fraudada. Autoridades estimam que mais de 800 títulos de
nacionalidade podem ser invalidados. Um padre também foi detido, suspeito de
falsificar certidões de batismo. (PÁG.26)
VENEZUELA EM CRISE - Novo apagão leva
governo a decretar feriado (PÁGINA 25)
IDAS E VINDAS - MEC anula portaria da
véspera e exonera presidente do Inep (PÁGINA 28)
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