A renúncia do presidente Jânio Quadros, em 1961, desencadeou o golpe
de 1964. Com a posse do vice João Goulart, também conhecido como Jango, o ambiente
político radicalizou. A democracia passou a ser atacada à esquerda (que lutava pelo
comunismo) e à direita (que implantou a ditadura militar).
FATOS:
12 DE SETEMBRO DE
1963 - cerca de 600 sargentos da Aeronáutica e fuzileiros navais da Marinha cortam
as comunicações do país e prendem os presidentes da Câmara e do Supremo
Tribunal Federal. Eles protestavam contra uma decisão do STF que excluía
suboficiais de se candidatarem em eleições. A revolta só foi contida 12 horas
depois.
OUTUBRO DE 1963 — Jango tentou
implantar o estado de sítio, o que permitiria a ele derrubar os governadores
Adhemar de Barros (São Paulo) e Carlos Lacerda (Guanabara). Apesar do fracasso,
a manobra intensificou a oposição dos dois ao presidente, que a partir daí
começa a buscar apoio na militância de esquerda.
13 DE MARÇO 1964 — Jango fez comício na
Central do Brasil, no Rio e selou aliança com as esquerdas e o movimento
sindical afirmando que governará o país com o apoio das esquerdas.
25 DE MARÇO: Marinheiros se
rebelaram contra a cúpula da Marinha no Rio, exigindo melhores condições de
trabalho e apoiando as reformas de base propostas por Goulart. O presidente anistiou os rebelados,
contrariando as Forças Armadas, que viram no aval uma quebra da hierarquia e da
disciplina.
30 DE MARÇO DE 1964 — no Automóvel Clube
do Rio, Jango discursou para sargentos e defendeu as "reformas de
base", o que incluía distribuir latifúndios improdutivos para os camponeses.
MADRUGADA DIA 31
MARÇO — general Olympio Mourão Filho partiu com tropas de Juiz de Fora (MG)
em direção à Guanabara para “derrubar o presidente”.
31 DE MARÇO DE 1964 — general Amaury
Kruel, comandante do Exército em São Paulo, até ali um aliado de Jango, passa
para o outro lado. Os generais Castello Branco e Arthur da Costa e Silva também
resolvem aderir à conspiração.
1º DE ABRIL - MEIO-DIA
—
Jango deixa o Rio de Janeiro rumo a Brasília e anuncia que seguirá para o Rio
Grande do Sul, sua terra de origem. Seu movimento é interpretado como admissão
de derrota, de rendição.
2 DE ABRIL – MADRUGADA
— O presidente do Congresso Nacional, Senador Auro de Moura Andrade,
formaliza a deposição de João Goulart ao declarar vaga a Presidência da
República. O então deputado Almino Affonso, que estava na sessão do Congresso
de 2 de abril de 1964 diz: “O golpe aconteceu no dia 2 de abril”.
2 DE ABRIL – MEIO DIA – O Senador Auro de Moura
Andrade (SP) diz que Jango "abandonou o governo" e que a nação
está "acéfala, numa hora gravíssima da vida brasileira".
2 DE ABRIL – O presidente do
Supremo Tribunal Federal, ministro Álvaro Ribeiro da Costa, e o presidente do Senado,
Auro de Moura Andrade, vão ao Palácio do Planalto para empossar o presidente da
Câmara, Ranieri Mazzilli, na Presidência da República. O deputado ficaria no
comando por dez dias.
11 ABRIL DE 1964 — Congresso Nacional
elegeu Castello Branco para presidir o Brasil por 361 votos favoráveis e 72
abstenções.
OUTROS GOLPES — Proclamação da
República, em 1889, foi fruto de um golpe militar.
1930 — Na década de 20, as
"revoltas tenentistas" desgastariam a República Velha, levando
Getúlio Vargas a tomar o poder em 1930.
1937 - Instalação do
Estado Novo por Getúlio com apoio dos militares.
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