Na reforma para militares não há idade mínima, apenas o tempo na ativa passa de 30 para 35 anos, e só vale para quem acabou de ingressar na carreira. O projeto foi mal recebido pelos investidores: a Bolsa caiu 1,55%. Também foi mal recebido na Câmara. Abaixo, as notícias do dia.
O Globo
Manchete: Economia com reforma para
militares fica abaixo do previsto - Expectativa de R$ 97,3 bi em dez anos
cai para R$ 10,45 bi devido à reestruturação da carreira.
A reforma da Previdência frustrou as
expectativas de redução do déficit das Forças Armadas. A previsão de economia
de R$ 97,3 bilhões em dez anos cai para R$ 10,45 bilhões por causa da criação e
ampliação de gratificações incluídas na reestruturação da carreira militar,
feita juntamente com as mudanças previdenciárias para conter insatisfação nas
bases.
(Pág. 17 e 18)
Ibope: aprovação do governo Bolsonaro
cai 15 pontos - Pesquisa realizada pelo Ibope aponta que 34% dos entrevistados
consideram o governo Bolsonaro bom ou ótimo, uma queda de 15 pontos percentuais
em relação ao início da administração, em janeiro. A avaliação é pior que a
registrada por seus antecessores no terceiro mês do primeiro mandato. (Página
4)
STF julga uso de dados sigilosos da
Receita pelo MP
Em sessão hoje, o plenário do STF deve definir regras para o
compartilhamento de dados sigilosos da Receita Federal com o Ministério
Público. As decisões judiciais sobre o tema ora autorizam a transferência de
informação sem ordem de juiz, ora proíbem. A tendência é que a Corte fixe a
necessidade de aval de juiz. (Página 8)
Senado: maior parte dos passaportes é
destinada a parentes
A exemplo do que ocorre na Câmara dos Deputados, mais da metade dos
passaportes emitidos pelo Itamaraty a pedido do Senado está em nome de
cônjuges, filhos e enteados dos parlamentares, sem relação com missões
oficiais, como prevê portaria do governo. São 116 documentos nessa situação, de
um total de 229. (Página 7)
Sem recursos, VLT pode parar de
circular
Inaugurado há menos de três anos, ao custo de R$ 1,2 bilhão, o VLT pode
parar de circular dentro de um mês. A ameaça foi feita pelo consórcio que opera
o meio de transporte, alegando que uma dívida de R$ 110 milhões da prefeitura
com o modal inviabiliza seu funcionamento. (Página 10)
Witzel defende policiais apos ataque
de Crivella
O governador Witzel repudiou “declaração leviana” contra a PM, sem citar
Crivella, que na véspera disse a servidores que policiais recebem propina. Ele
alegou se referir a uma “minoria”, mas gravação desmente o prefeito. (Página
11)
Inep reve Enem para tirar (viés
ideológico)
O Inep, autarquia ligada ao MEC responsável pelo Exame Nacional do
Ensino Médio (Enem), criou comissão que vai rever as questões da prova, visando
retirar enunciados que o governo considere de “viés ideológico’. (Página 25)
Merval Pereira
Disputa entre poderes tem potencial de crise (Página 2)
Miriam Leitão
Bônus para militar torna mais difícil aprovar a reforma (Página 18)
Guga Chacra
Um trumpista, mas não o Trump dos trópicos’ (Página 23)
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O Estado de S. Paulo
Manchete : Previdência tem apoio de
180 deputados, mas com alterações. Regra para trabalhador rural teria de
mudar, mostra levantamento do ‘Estado’
Levantamento feito pelo Estado mostra que o governo tem hoje pelo menos 180 votos na Câmara pela aprovação da reforma da Previdência, desde que sejam feitas mudanças no texto apresentado. Os principais pontos de rejeição às novas regras para a aposentadoria são a previdência rural e o pagamento do benefício para idosos de baixa renda. Por outro lado, os parlamentares concordam justamente com os pilares da reforma da Previdência: mais de cem deputados disseram ser favoráveis às idades mínimas de 65 anos para homens e de 62 para mulheres e também às três regras de transição para aposentadoria por tempo de contribuição. Da forma como a proposta está hoje, apenas 61 votariam a favor, sem propor mudanças – a maioria (28) vem do PSL de Jair Bolsonaro e outros quatro, do DEM de Rodrigo Maia. A reforma precisa de 308 votos na Câmara e de 49 no Senado. Foram contatados 501 dos 513 deputados. Desses, 228 não declararam o voto.
ECONOMIA / PÁGS. B1 e B3
Tucano será relator em comissão
O deputado Eduardo Cury (PSDB-SP) será oficializado como relator da
reforma da Previdência na comissão especial da Câmara. Seu nome foi indicado
pelo secretário da Previdência, Rogério Marinho.
PÁG. B3
PÁG. B3
Novas regras para militares
economizam R$ 10,45 bi
Como compensação às mudanças da previdência das Forças Armadas, o
governo propõe reajustar soldos e ampliar gratificações, com adicional de 10% a
generais da reserva. O saldo será uma economia de R$ 10,45 bilhões em dez anos.
Analistas avaliam que o sacrifício maior da reforma recairá sobre outras
categorias. A proposta foi entregue ao Congresso pelo presidente Jair
Bolsonaro. Houve reação negativa na Câmara. O presidente Rodrigo Maia ameaçou
não receber Bolsonaro. Depois, foi demovido.
ECONOMIA / PÁGS. B4 e B5
ECONOMIA / PÁGS. B4 e B5
Aprovação ao governo cai 15 pontos,
diz Ibope
Pesquisa Ibope mostra que a parcela da população que considera o governo
Bolsonaro bom ou ótimo caiu de 49%, em janeiro, para 34% em março. Os que
avaliam a administração ruim ou péssima passaram de 11% para 24%. A avaliação é
a pior para um presidente em primeiro mandato no mesmo período.
POLÍTICA / PÁG. A6
POLÍTICA / PÁG. A6
Após sofrer cobrança, Maia ataca Moro
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reagiu à cobrança de
Sérgio Moro para colocar o pacote anticorrupção em tramitação. Chamou o
ministro da Justiça de “funcionário” de Bolsonaro e o acusou de “copiar”
proposta de Alexandre de Moraes, discutida no ano passado.
POLÍTICA / PÁG. A8
POLÍTICA / PÁG. A8
Brasil impõe condições para deixar
OMC
Em conversas nos EUA, negociadores brasileiros aceitaram abrir mão de
vantagens da Organização Mundial do Comércio (OMC) em troca do apoio dos EUA à
entrada na OCDE, o clube dos ricos. Mas impuseram condições. Uma delas é a
retirada também de países como China e Coreia do Sul.
INTERNACIONAL / PÁG. A10
INTERNACIONAL / PÁG. A10
MEC monta comissão para ‘vigiar’ Enem
O Ministério da Educação criou ontem grupo para fazer um pente-fino nas
questões do Enem. O objetivo, segundo o MEC, é “identificar abordagens
controversas” e ofensas a tradições. Educadores mostraram preocupação.
METRÓPOLE / PÁGS. A13 e A14
METRÓPOLE / PÁGS. A13 e A14
Governo vai bloquear até R$ 30 bi em
gastos (Economia / Pág. B9)
STF julga aval para uso de dados da
Receita (Política / Pág. A4)
William Waack
Fascinado por Donald Trump, Jair Bolsonaro piora crise externa e interna
com a Venezuela.
POLÍTICA / PÁG. A6
POLÍTICA / PÁG. A6
Notas & Informações
Vitória, sim, mas de Trump -Houve uma vitória
diplomática na visita do presidente Jair Bolsonaro aos EUA, mas, contrariando a
avaliação de alguns otimistas, o vitorioso foi Trump. PÁG. A3
Judicialização crônica - O primeiro levantamento nacional sobre a judicialização da saúde apontou aumento de 130% dos litígios em 10 anos. PÁG. A3
Judicialização crônica - O primeiro levantamento nacional sobre a judicialização da saúde apontou aumento de 130% dos litígios em 10 anos. PÁG. A3
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Folha de S. Paulo
Manchete : Reforma para os militares
desagrada a governistas - Para endurecer regras, governo propõe regalias;
economia prevista é de R$ 10,5 bi
Em troca da reforma da Previdência dos militares, o presidente Jair Bolsonaro propôs altas salariais, de gratificações e adicionais, o que desagradou a base do governo e ativou negociações no Congresso para que mais categorias sejam beneficiadas. O projeto de lei prevê economia de R$ 10,45 bilhões em dez anos — 1% do previsto com mudanças na Previdência de civis. No texto, o governo propõe endurecer regras para militares entrarem na reserva e aumentar a tributação dessas carreiras. Isso reduzirá as despesas públicas em R$ 97,3 bilhões em uma década. Já as concessões para os militares apoiarem a reforma — criticadas até no PSL, partido de Bolsonaro — representarão um gasto de R$ 86,85 bilhões no mesmo período. Diante das críticas, a equipe econômica disse que os congressistas têm autonomia. “Se entenderem que não está adequado, podem fazer correções. Isso faz parte da democracia”, afirmou o secretário de Previdência, Leonardo Rolim. (Mercado A17)
Bolsonaro perdeu desde janeiro 15 pontos de sua popularidade, diz Ibope (A6)
Em troca da reforma da Previdência dos militares, o presidente Jair Bolsonaro propôs altas salariais, de gratificações e adicionais, o que desagradou a base do governo e ativou negociações no Congresso para que mais categorias sejam beneficiadas. O projeto de lei prevê economia de R$ 10,45 bilhões em dez anos — 1% do previsto com mudanças na Previdência de civis. No texto, o governo propõe endurecer regras para militares entrarem na reserva e aumentar a tributação dessas carreiras. Isso reduzirá as despesas públicas em R$ 97,3 bilhões em uma década. Já as concessões para os militares apoiarem a reforma — criticadas até no PSL, partido de Bolsonaro — representarão um gasto de R$ 86,85 bilhões no mesmo período. Diante das críticas, a equipe econômica disse que os congressistas têm autonomia. “Se entenderem que não está adequado, podem fazer correções. Isso faz parte da democracia”, afirmou o secretário de Previdência, Leonardo Rolim. (Mercado A17)
Bolsonaro perdeu desde janeiro 15 pontos de sua popularidade, diz Ibope (A6)
Bruno Boghossian - Tombo do presidente é forte na classe média (A2)
Análise Igor Gielow - Concessão demonstraa influência dos fardados (A18)
Oposição afirma ter no Congresso 198 nomes contrários à reforma (A18)
Na escolta do Planalto, Bolsonaro é
águia, e Mourão, tubarão; saiba mais sobre as feras (A8)
Inquérito do STF identifica suspeitos
e prepara busca
Investigação, que corre em sigilo sob a relatoria de Alexandre de
Moraes, identificou dois autores de ataques contra ministros e prepara busca e
apreensão de equipamentos. No Senado, congressistas fizeram uma proposta de
emenda à Constituição que estabelece mandato, de oito anos, para integrantes da
corte. (Poder A4)
Projeto anticrime de Moro é ‘copia e
cola’, declara Maia
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), desqualificou o projeto
anticrime do ministro Sergio Moro (Justiça). Disse ser um “copia e cola” de
proposta apresentada antes por Alexandre de Moraes, hoje ministro do STF.
(Poder A5)
Justiça pede que ministro explique
gastos com laranja (Poder A10)
Trump afirma que quer o Brasil como
membro pleno da Otan (A14)
Governo cria comissão para fazer
análise ideológica do Enem (B3)
Foto-legenda : Falta de reagentes
deixa venezuelanos doentes e sem diagnóstico de aids
Jassena observa o corpo do marido, Gilbert, vítima de sarcoma de Kaposi,
câncer comum nos anos 80 que ataca pacientes infectados com o HIV (Mundo A12)
Editoriais
Corda esticada - Sobre tensão
provocada por investigação do STF (A2)
Do médico ao juiz - A respeito de aumento da judicialização na saúde (A2)
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