Eu não preciso ler os jornais para saber como vai a crise européia. Para isso, ouço o rádio do carro que tem as mesmas pautas, o mesmo texto, os mesmos donos e, obviamente, os mesmos jornalistas dos jornais impressos. São todos bons, não estou falando mal de ninguém, só estou constatando que são sempre os mesmos, logo fazem as mesmas previsões, as mesmíssimas profecias.
Profecia por profecia, prefiro aquela dos Maias que diz que o mundo vai acabar lá para o solstício de Inverno de 2012 quando todas as cidades do planeta serão destruídas. Desse jeito, pelos menos temos mais oferta de imaginação.
Enfim, com ou sem profecias, tenho de tocar a vida e enrolei até aqui porque tenho uma confissão grave: volto hoje ao psiquiatra. Fiz análise há mais de 10 anos porque precisava de ajuda para me controlar melhor. Foi positivo.
Agora, senti vontade de retomar a proximidade com um estranho que vai ouvir-me falar durante uns bons 30 minutos durante duas vezes na semana. Depois de me ouvir hoje, ele deverá concluir que estou com depressão profunda.
Não e não, vou dizer. Tenho vocação para se feliz, Ele vai preencher o diário terapêutico com as suas observações, certamente me considerando também um caso agudo de negação da realidade, negação dos meus problemas e negação das minhas doenças. A verdade, porém, ele vai demorar para descobrir, mas ela está na cara. Melhor dizendo: na cara, na cintura e na bunda. Me pesei de manhã e estou arruinada: um mês de controle do açúcar me levaram a emagrecer 200 gramas.
Nunca me senti tão gorda, tão obesa e tão fracassada na vida. Como se vê, no peso estão minhas neuroses. Ser gorda é horrível.A sensação de fracasso é muito ruim. E pior do que não perder peso, é ter perdido completamente a esperança em dietas, exercícios, simpatias e milagres. Nessas circunstâncias, volto à terapia. É a tristeza que me leva pelo braço.
Profecia por profecia, prefiro aquela dos Maias que diz que o mundo vai acabar lá para o solstício de Inverno de 2012 quando todas as cidades do planeta serão destruídas. Desse jeito, pelos menos temos mais oferta de imaginação.
Enfim, com ou sem profecias, tenho de tocar a vida e enrolei até aqui porque tenho uma confissão grave: volto hoje ao psiquiatra. Fiz análise há mais de 10 anos porque precisava de ajuda para me controlar melhor. Foi positivo.
Agora, senti vontade de retomar a proximidade com um estranho que vai ouvir-me falar durante uns bons 30 minutos durante duas vezes na semana. Depois de me ouvir hoje, ele deverá concluir que estou com depressão profunda.
Não e não, vou dizer. Tenho vocação para se feliz, Ele vai preencher o diário terapêutico com as suas observações, certamente me considerando também um caso agudo de negação da realidade, negação dos meus problemas e negação das minhas doenças. A verdade, porém, ele vai demorar para descobrir, mas ela está na cara. Melhor dizendo: na cara, na cintura e na bunda. Me pesei de manhã e estou arruinada: um mês de controle do açúcar me levaram a emagrecer 200 gramas.
Nunca me senti tão gorda, tão obesa e tão fracassada na vida. Como se vê, no peso estão minhas neuroses. Ser gorda é horrível.A sensação de fracasso é muito ruim. E pior do que não perder peso, é ter perdido completamente a esperança em dietas, exercícios, simpatias e milagres. Nessas circunstâncias, volto à terapia. É a tristeza que me leva pelo braço.
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