Não tem meio-termo. Se a TV Globo teve o nome associado a cenas de um estupro - e foi obrigada a dar explicações no Jornal Nacional sobre abuso sexual na grade da programação -, alguma coisa deu muito errado e o custo de uma situação inusitada dessa será debitado na conta de sua imagem.
Levar ao ar cenas de um possível estupro é uma barbaridade tão inadmissível que acredito não existir punição prevista para uma coisa dessas em nenhuma lei do mundo. Legislador algum seria capaz de antever isso, principalmente em se tratando de um canal que explora concessão pública.
Por oportuno, vale lembrar que leis específicas das telecomunicações bloqueiam a transmissão de programas expondo pessoas a situações que, de alguma forma, redundem em constrangimento, ainda que seu objetivo seja jornalístico. Como foi então que chegamos a isso?
Se a Globo tem obrigações a cumprir e as cumpre, seus produtores sabem que não podem veicular nada que estiver em desacordo com as finalidades educativas e culturais da radiodifusão. E, até onde se sabe, normas éticas e padrão moral de conduta devem ser cumpridos por todos.
Bem, mas o que desejo dizer é que não importa se assistimos ou não o BBB, se gostamos ou não da Rede Globo, ou se consideramos que a vida real é mais suja e mais cruel que a programação da tela. O que interessa é que não toleramos estupros. Sejam dentro ou fora de programas de tevê, com as pessoas bêbadas ou em plena consciência dos seus atos. Estupro? Não!
Não existe tolerância com a linha do crime. E que a verdade seja dita: essa história está muito mal contada. Por uma razão elementar: não basta o comando do programa afirmar que o assunto está encerrado porque naquela noite tudo que aconteceu foi “consensual”. Então por que o rapaz foi eliminado? E por que as imagens da cena foram excluídas do site?
Outra dúvida: por que o diretor do BBB, conhecido pelo apelido de Boninho, chamou a moça no confessionário se ela já havia dito que não se lembrava de nada? Se a pessoa estava inconsciente, a história de “consensual” não cola. Quem está apagado não discorda e nem concorda com nada.
Como São Tomé, acredito no que vejo. Naquela madrugada, as cenas mostraram Monique Amim embriagada e inerte. O que parecia é que era incapaz de reagir aos movimentos de Daniel, o rapaz deitado ao seu lado. Aliás, o público denunciou, de pronto, o possível abuso sexual. Sim, foi o público que levou a Globo ao paredão ao exigir apuração do caso. A direção do programa tergiversou mas acabou indo às cordas.
Causa perplexidade o fato de uma emissora tão experiente e tão defensiva, até por não esquecer os inimigos que tem na praça, ter caído numa esparrela dessa. A Globo tem poder e glória. O entretenimento gratuito que oferece é importantíssimo, todo o mundo reconhece isso, mas nada lhe concede a prerrogativa de decidir, ao arrepio da moral, da ética e da legislação em vigor, o conteúdo e a forma do que é levado ao ar. Isso caracterizaria império do poder econômico e seria inadequado. Quem define as linhas são as leis e as normas livremente construídas e obedecidas pelo conjunto da sociedade brasileira.
Sim, mesmo defendendo com todas as forças a liberdade de expressão, condição da nossa vida democrática, defendo, igualmente, que as instituições nacionais devem fiscalizar e punir, sem exceção, todo e qualquer abuso cometido pelas emissoras de rádio e televisão. Conteúdos pornográficos em horários inadequados nas emissoras de sinal aberto, abuso sexual e exploração da dignidade humana são o que são: crimes.
Levar ao ar cenas de um possível estupro é uma barbaridade tão inadmissível que acredito não existir punição prevista para uma coisa dessas em nenhuma lei do mundo. Legislador algum seria capaz de antever isso, principalmente em se tratando de um canal que explora concessão pública.
Por oportuno, vale lembrar que leis específicas das telecomunicações bloqueiam a transmissão de programas expondo pessoas a situações que, de alguma forma, redundem em constrangimento, ainda que seu objetivo seja jornalístico. Como foi então que chegamos a isso?
Se a Globo tem obrigações a cumprir e as cumpre, seus produtores sabem que não podem veicular nada que estiver em desacordo com as finalidades educativas e culturais da radiodifusão. E, até onde se sabe, normas éticas e padrão moral de conduta devem ser cumpridos por todos.
Bem, mas o que desejo dizer é que não importa se assistimos ou não o BBB, se gostamos ou não da Rede Globo, ou se consideramos que a vida real é mais suja e mais cruel que a programação da tela. O que interessa é que não toleramos estupros. Sejam dentro ou fora de programas de tevê, com as pessoas bêbadas ou em plena consciência dos seus atos. Estupro? Não!
Não existe tolerância com a linha do crime. E que a verdade seja dita: essa história está muito mal contada. Por uma razão elementar: não basta o comando do programa afirmar que o assunto está encerrado porque naquela noite tudo que aconteceu foi “consensual”. Então por que o rapaz foi eliminado? E por que as imagens da cena foram excluídas do site?
Outra dúvida: por que o diretor do BBB, conhecido pelo apelido de Boninho, chamou a moça no confessionário se ela já havia dito que não se lembrava de nada? Se a pessoa estava inconsciente, a história de “consensual” não cola. Quem está apagado não discorda e nem concorda com nada.
Como São Tomé, acredito no que vejo. Naquela madrugada, as cenas mostraram Monique Amim embriagada e inerte. O que parecia é que era incapaz de reagir aos movimentos de Daniel, o rapaz deitado ao seu lado. Aliás, o público denunciou, de pronto, o possível abuso sexual. Sim, foi o público que levou a Globo ao paredão ao exigir apuração do caso. A direção do programa tergiversou mas acabou indo às cordas.
Causa perplexidade o fato de uma emissora tão experiente e tão defensiva, até por não esquecer os inimigos que tem na praça, ter caído numa esparrela dessa. A Globo tem poder e glória. O entretenimento gratuito que oferece é importantíssimo, todo o mundo reconhece isso, mas nada lhe concede a prerrogativa de decidir, ao arrepio da moral, da ética e da legislação em vigor, o conteúdo e a forma do que é levado ao ar. Isso caracterizaria império do poder econômico e seria inadequado. Quem define as linhas são as leis e as normas livremente construídas e obedecidas pelo conjunto da sociedade brasileira.
Sim, mesmo defendendo com todas as forças a liberdade de expressão, condição da nossa vida democrática, defendo, igualmente, que as instituições nacionais devem fiscalizar e punir, sem exceção, todo e qualquer abuso cometido pelas emissoras de rádio e televisão. Conteúdos pornográficos em horários inadequados nas emissoras de sinal aberto, abuso sexual e exploração da dignidade humana são o que são: crimes.
Paredão merecido ... Conduta da Globo x Valores Humanos... Espero que seja eliminada a falta de limites na busca por Ibope e anunciantes! O dia a dia dos canais abertos encontram-se cada vez mais abusivos: entre programas de humor, telenovelas e realities a Tv brasileira apresenta com naturalidade machismo, homofobia, violência e muito pouca cultura... Uma pena que somente episódios como este nos estarrece ... Mas ainda bem que o faz! Os telespectadores foram rápidos em sua reação de repudio ao suposto estupro, temos esperança ! A favor do entretenimento SIM! À exposição desmedida e a falta de limites morais NÃO !
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