sábado, 21 de abril de 2012

Brasília tem a marca do choro...



Grave e cadenciado, o violão avança em oitavas. Gentil, a flauta chega de leve para garantir poesia e delicadeza, enquanto o cavaquinho acelera no compasso de três tempos marcados e um tempo de silêncio. São assim, segundo definição de um amigo que é músico, os acordes do samba-choro, o gênero musical criado no subúrbio do Rio e que traduz, como nenhum outro, a musicalidade do brasileiro. "Carinhoso", de Pixinguinha, o maior clássico do samba-choro, mostra a beleza do gênero. Não há quem não se emocione ouvindo essa música ou que não seja capaz de cantarolar algum dos seus versos. É bom falar deste gênero musical hoje, dia do aniversário de Brasília.

Brasília tem a marca do choro. Foi aqui que os músicos Pernambuco do Pandeiro, João Tomé, Chico Gil e Avena de Castro criaram o Clube do Choro e conquistaram o coração de todos. O primeiro presidente do Clube foi Avena de Castro. Depois dele, passaram pela presidência Lício da flauta, Six, Américo e Reco do Bandolim, amigo querido do meu marido Beto. Parabéns ao Reco do Bandolim e a todos os músicos do Clube do Choro por terem dado à nossa cidade uma marca cultural tão forte e tão bonita. E parabéns a todos nós que amamos Brasília, nossa capital do Choro.

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