Sempre procuro misturar algum verde no cinza dos meus dias para vencer o desafio de olhar para o futuro com esperança mesmo depois dos 50 anos. Sartre advertiu que sermos ainda o que vamos deixar de ser, e sermos já o que seremos, é a mais solene e trágica das nossas condições. O poeta Jorge Luiz Borges escreveu mais ou menos a mesma coisa de forma mais direta e cruel: "já somos o esquecimento que seremos".
Como se vê, não é fácil refletir sobre a vida e manter o otimismo. Os dias só se tormam mais agradáveis por causa da família e dos amigos queridos. A leitura de outros blogues e de alguns livros também ajuda. Nada porém supera a vasta linha do horizonte e o céu de Brasília. Proust escreveu que era preciso guardar um pouco de céu azul na nossa vida. Até parece que conhecia Brasília.
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