quinta-feira, 25 de junho de 2009

SER MÃE NO BRASIL É PADECER...


Não é bom ter filhos no Brasil, sustenta o relatório "Estado das Mães do Mundo", divulgado pela ONG americana "Save the Children". Segundo o documento, as mulheres encontram melhores condições para ter filhos no Quirguistão (ex-república soviética) do que no Brasil. Na lista, o Brasil aparece em 44º lugar, enquanto a ex-república soviética figura em 32º. O Chile está em 15º, a Argentina e o Uruguai dividem o 19º lugar e a Colômbia está em 24º. O primeiro colocado do ranking é a Suécia, seguida pela Dinamarca. O último da lista é o Níger. O documento compila dados de 117 dos 163 países do mundo sobre as condições de vida de mães e filhos pequenos.

Para a formulação do ranking, foram cruzados dez tipos de informações, seis referentes às mães e quatro, às crianças. A principal fonte é o Unicef, o fundo da ONU para a infância. Sobre as mães, levaram-se em conta os seguintes dados: o risco de mortalidade durante a gestação e o parto, o número de mulheres que usam um método moderno de contracepção, o número de partos assistidos por equipes especializadas, o número de gestantes com anemia, o índice de analfabetismo entre as mães e a participação feminina no governo federal. Com relação às crianças, computou-se a mortalidade infantil, o índice de desnutrição, o número de crianças matriculadas no ensino básico e o percentual da população com acesso aos serviços de saneamento básico.

O Brasil se comporta consideravelmente melhor em quesitos relacionados às mães do que nos que dizem respeito às crianças. O país tem um alto índice de mulheres adeptas de contraceptivos - 70%, contra 83% da China (o índice mais alto) e 1% no Burundi (o mais baixo)- e uma boa performance nos partos assistidos (88%, contra 100% no Chile e 6% na Etiópia). Mas a mortalidade infantil é alta - 31 crianças de cada mil nascidas morrem antes de completar um ano, o triplo da chilena e seis vezes a canadense. Com isso, o país despenca para a 75ª colocação no ranking de condições para as crianças, que lista os 163 países do mundo.

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