quarta-feira, 26 de abril de 2017

Pena de Morte:Matar é errado


Donald Trump não é o maior atraso dos EUA. O principal atraso deles é a manutenção da pena de morte. Trump vai passar, e acredito que vá passar rápido, mas a pena de morte parece enraizada em alguns estados como se fosse vegetação nativa.
 
Lastimável. A pena de morte é ilegítima porque o Estado não tem legitimidade para tirar vidas (mesmo de culpados comprovados) a sangue-frio. Humberto Eco fez um belíssimo ensaio condenando a ideia torta de que o Estado pode usar a vida de um homem como exemplo para outro homem.

Assim, rechaçou a tese doentia de que a pena de morte pode ser adotada para inibir a criminalidade. No Brasil, dizem que se fosse feito um plebiscito a pena de morte ganharia na primeira volta. Não posso acreditar numa barbaridade dessas.

Se a nossa razão não estivesse tão cega, talvez pudéssemos ver o argumento maior: as sociedades não devem matar seus cidadãos – nem mesmo por meio de um processo legal, e nem mesmo se a execução for relativamente indolor.

Matar só é admissível em legítima defesa (de que a guerra pode ser um exemplo extremo), mas os juristas estão de acordo em que faltam à pena de morte as características da legítima defesa, sobretudo a atualidade.

A pena de morte é errada porque matar é errado. E não é preciso ser adepto do catecismo, ou ser cristão para saber disso.

É isso, de minha parte gostaria de ter poder suficiente para finalizar decretando a morte da pena de morte.

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