A lista de Fachin nos leva a descobrir que o Brasil
é o Brasil. E isto significa ver o óbvio: não temos a cultura da honestidade,
não somos civilizados, não somos bons, não temos órgãos de fiscalização e
controle da administração pública e não estamos melhorando.
Essa é a realidade. E a lista é prova contundente do nosso atraso de décadas em relação aos países que são honestos, corretos, bons e desenvolvidos. Todos que deixaram de nos dizer isso, no decorrer das últimas décadas, nos contaram mentiras.
Sei que a percepção do nosso atraso não é nova, mas jamais vi a Nação tão exposta como hoje. As coisas não deviam ser assim. Afinal, todo o debate político da minha geração, e das gerações que a antecederam, foi sobre as formas possíveis de evitar essa decadência.
Por que não investíamos em educação? Por que nossas riquezas não passavam de uma miragem para o povo que mais precisava delas? Se todos os intelectuais do início do República já debatiam isso por que razão o Brasil não avançou?
Graças a intelectuais, professores e produtores culturais com espírito crítico, o Brasil, no mundo das ideias, sempre teve excelência no debate, mesmo sendo um país rural e analfabeto. À sua maneira, Getúlio Vargas pretendeu ultrapassar a decadência.
JK também teve motivação e objetividade para impulsionar a edificação de um país melhor. Pelo trabalho deles, entre outras razões, o Brasil iria deslanchar. Tivemos fé e confiança nessa lengalenga durante décadas.
Nosso destino seria melhor com as instituições democráticas. Sim, a sonhada transição dos anos 80. Veio a democracia e acreditamos que finalmente faríamos parte do lado do mundo onde se vive melhor. Balela. Só tivemos mais decadência.
Essa é a realidade. E a lista é prova contundente do nosso atraso de décadas em relação aos países que são honestos, corretos, bons e desenvolvidos. Todos que deixaram de nos dizer isso, no decorrer das últimas décadas, nos contaram mentiras.
Sei que a percepção do nosso atraso não é nova, mas jamais vi a Nação tão exposta como hoje. As coisas não deviam ser assim. Afinal, todo o debate político da minha geração, e das gerações que a antecederam, foi sobre as formas possíveis de evitar essa decadência.
Por que não investíamos em educação? Por que nossas riquezas não passavam de uma miragem para o povo que mais precisava delas? Se todos os intelectuais do início do República já debatiam isso por que razão o Brasil não avançou?
Graças a intelectuais, professores e produtores culturais com espírito crítico, o Brasil, no mundo das ideias, sempre teve excelência no debate, mesmo sendo um país rural e analfabeto. À sua maneira, Getúlio Vargas pretendeu ultrapassar a decadência.
JK também teve motivação e objetividade para impulsionar a edificação de um país melhor. Pelo trabalho deles, entre outras razões, o Brasil iria deslanchar. Tivemos fé e confiança nessa lengalenga durante décadas.
Nosso destino seria melhor com as instituições democráticas. Sim, a sonhada transição dos anos 80. Veio a democracia e acreditamos que finalmente faríamos parte do lado do mundo onde se vive melhor. Balela. Só tivemos mais decadência.
As sucessivas eleições não trouxeram mais
conhecimento e mais avanço político, social, econômico ou cultural. Cinco governos depois da transição e o resultado
é que estamos encalacrados com a lista do Fachin.
Se os últimos anos são a história de nossa
decadência e nossas falhas, tais falhas agora têm protagonistas com nomes e
sobrenomes. E eles formam a elite empresarial e política do país. Convém não
nos esquecermos disto.
Nós falhamos. Os protagonistas da República
falharam. Eles tinham a responsabilidade maior. Eram titulares de Poderes e de
deveres. Precisam prestar contas à Justiça. Seria fácil, mas é um erro, tentar culpar o povo. O povo é a grande vítima da nossa decadência.
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