Os
Estados não têm princípios apenas interesses. Se são democráticos, ainda
que só tenham interesses, são forçados pela natureza do seu sistema de governo
a persegui-los no respeito às leis e aos princípios morais. E se
são Estados não-democráticos? Aí buscam seus interesses perseguindo
apenas os fins, sem olhar os meios. Sem levar em conta a opinião pública,
a imprensa, o Parlamento, as leis, e as regras gerais de decência.
A
questão da «moralidade» em política é complexa. A exemplo das pessoas, que
também agem por interesses, os Estados não erram só pelo movimento. O interesse
não é uma categoria negativa. Mas a democracia impõe o respeito por alguns
princípios; quando estes são infringidos, a imprensa, o Parlamento, as
instituições de Justiça são meios para denunciar e até afastar os governos
faltosos. Essa é a grande superioridade das democracias.
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