Somos carnívoros? Sempre acreditei que sim. Ou melhor, passei a acreditar depois que me explicaram que todos os animais carnívoros têm os olhos no meio do rosto, caso do homem, do tigre, leão etc. Assim, podíamos perseguir a presa fixando o olhar à frente. Já animais vegetarianos como o boi e a cigarra por exemplo, têm olhos laterais para perceber a aproximação de eventuais predadores enquanto comem. Como o ensinamento fez sentido, alimentei minha filha Júlia, desde pequena, com bastante carne vermelha. Muito mais que frango e peixe. Ali pelos seis, sete anos, ela abandonou o hábito de comer carne. Não sei se por causa da nova dentição, ou se foi pena dos animais - ela viu a empregada torcendo o pescoço de uma galinha na casa de roça da avó e ficou inconsolável.
Carnívoro radical, o pai dela, meu marido, Alberto, não aceita até hoje a decisão da filha. Adepto radical da seita "Adoradores da Carne Vermelha dos Últimos Dias" ele prega as vantagens do bife até no deserto. Júlia não está nem aí. De minha parte, confesso que sempre achei mais certo ser carnívora, mas ando meio impressionada com o estudo da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, mostrando que os riscos de os vegetarianos desenvolverem câncer é 12% mais baixo do que o das pessoas que comem carne. E a diferença é mais acentuada se o câncer for no sangue, aí o risco da doença é 45% menor nos que excluem o bife do prato.
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