A neurologia, a fisiologia e a psicologia confirmam que homens e mulheres são efetivamente seres muito diferentes, não só nos sentidos, mas também no modo como compreendem o mundo e interagem com ele. Pesquisas comprovam que • as meninas vão, em média, bem melhor do que os garotos em leitura e redação; • os meninos vão um pouco melhor em matemática; e não há diferença significativa entre homens e mulheres no desempenho em ciências. As mulheres expressam com maior facilidade suas emoções, identificam-se mais facilmente com o próximo e conseguem se dedicar a várias tarefas ao mesmo tempo, mas têm menos habilidades espaciais e lidam pior com números.
Os homens, por sua vez, costumam ter raciocínio mais analítico e maior facilidade para se concentrar. A princípio, faz sentido: a maior capacidade de análise lógica e de concentração dos homens estaria por trás do melhor desempenho em ciências exatas – matemática, ciência da computação e engenharias –, enquanto elas sobressaem nas humanidades – educação, história, psicologia e línguas. Elas têm maior capacidade de comunicação e não ficam muito distante dos homens em cálculos e ciências. Também pesam menos, mas têm mais gordura subcutânea. O cérebro delas, apesar de menor, carrega mais ligações neuronais e, para algumas funções, emprega regiões diferentes, dos dois hemisférios. Tais diferenças na estrutura e no funcionamento do organismo se refletem na vulnerabilidade a certas doenças e distúrbios.
Tradicionalmente, homens têm maior tendência a desenvolver doenças cardíacas, surdez e tumores no fígado, nos pulmões e no pâncreas. As mulheres sofrem mais de depressão, osteoporose e câncer de tireóide mas está mais do que provado: no mundo todo, as mulheres vivem, em média, mais do que os homens. Os últimos dados disponíveis mostram que, em algumas idades, a diferença é assombrosa. Em 2004, morreram quase 15 000 homens para apenas 4 800 mulheres com idade entre 20 e 24 anos. Na faixa seguinte, dos 25 aos 29 anos, foram 13 500 mortes masculinas contra apenas 5 200 femininas. No Brasil, as estatísticas seguem a mesma curva.
No desempenho em Ciências, os garotos são melhores que as meninas para explicar cientificamente um fenômeno – em especial os que envolvem física. No entanto, elas são mais eficientes na hora de identificar se a solução de determinado problema depende de conceitos científicos. Mais: na maioria dos países, garotos e garotas praticamente não apresentam diferença no desempenho em ciências – em doze nações, o desempenho delas foi até um pouco superior ao dos meninos. Apesar de tudo isso, no mundo inteiro as mulheres são minoria nas posições mais altas das empresas e universidades. Tanto que ocupam apenas 2% dos cargos executivos das empresas americanas e, em compensação, representarem 75% da mão-de-obra dedicada a trabalhos beneficentes, não remunerados.
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