Por que gostamos de música? Darwin
considerou que uma das coisas mais misteriosas com as quais o Homem tinha sido
dotado era a capacidade para apreciar e produzir musica. Não há função
específica para a música nas leis da sobrevivência. Na verdade, ninguém sabe ao
certo as razões que levam nosso cérebro a ficar tão enlevado com a música. E
também não há explicação para a existência de tantas pessoas desafinadas.
A música, segundo Darwin, estava
associada a fortes paixões, atração sexual e acasalamento. Quem se saísse
melhor na arte de cantar/dançar teria maior dispersão dos genes (mais filhotes,
portanto). Ele sugeriu que nossos antepassados, antes de desenvolverem a
capacidade para falar, seduziam-se uns aos outros com notas e ritmos musicais.
Mas será que o cérebro tem circuitos neurológicos especiais para a música? Parece que a música apropria-se dos espaços de outras áreas e ativa zonas da recompensa e da emoção — a exemplo da comida, sexo ou drogas. Steven Pinker, da Universidade de Harvard afirma que a musica toca em partes importantes do cérebro e gera prazer. Algumas das partes incluem capacidade linguística; cortex auditivo; o sistema dos sinais emocionais da voz humana e o sistema de controle motor que impulsiona e dá ritmo aos músculos quando os humanos andam ou dançam.
Geoffrey Miller, autor de "The
Origins of Music" e psicólogo evolutivo da Universidade do Novo Mexico,
desenvolveu a teoria da seleção sexual de Darwin, reparando nas oportunidades
que se oferecem aos músicos mais famosos para transmitirem os seus genes. Exemplos
que ele cita: Jimmy Hendrix e Bob Marley. O primeiro deixou filhos nos EUA,
Alemanha e Suíça. E Marley morreu aos 36 anos e deixou 13 filhos.
Acontece muito: se a “gata” da balada
é chamada a escolher entre 1) o vocalista da banda; 2) o bonitão do pedaço ou
3)o garoto-barão que tem um carrão, o mais provável é ela ficar com o músico.
As razões, segundo Miller: por estar ligada a muitas capacidades cerebrais,
produzir música é sinal de saúde e inteligência, além da boa qualidade dos genes
("mentais"e "fisicos").
Música ajuda a curar. Herbert Vianna, vocalista e líder do grupo Os Paralamas do Sucesso, sofreu acidente gravíssimo de ultraleve no Rio há 15 anos. Lucy, mulher dele, morreu na queda. Herbert perdeu massa cerebral na área da linguagem e só voltou a falar graças à sua memória musical. Foi lá que o cérebro dele buscou signos e recuperou o canto e a fala.
Não dá para viver sem música. É importante nas relações sociais, ajuda na aprendizagem e na coordenação de pessoas. Sem falar no prazer pessoal. Como disse Nietzsche, “sem música a vida seria um erro.”
Música ajuda a curar. Herbert Vianna, vocalista e líder do grupo Os Paralamas do Sucesso, sofreu acidente gravíssimo de ultraleve no Rio há 15 anos. Lucy, mulher dele, morreu na queda. Herbert perdeu massa cerebral na área da linguagem e só voltou a falar graças à sua memória musical. Foi lá que o cérebro dele buscou signos e recuperou o canto e a fala.
Não dá para viver sem música. É importante nas relações sociais, ajuda na aprendizagem e na coordenação de pessoas. Sem falar no prazer pessoal. Como disse Nietzsche, “sem música a vida seria um erro.”
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