Depois que Nietzsche e Freud, dois grandes entendedores da mente humana, explicaram que por trás de tudo o que fazemos tem uma segunda intenção, um forte interesse - não conseguimos mais ter heróis. Os militares, principais fornecedores de heroísmo em tempos de guerras (e da história contada com a visão de um só lado), são hoje burocratas. Os príncipes, heróis dos contos de fada, não leram sequer as advertências de Maquiavel e , em algumas ocasiões, lembram sapos em buscam de popularidade nas páginas das revistas de fofocas. Quanto aos políticos, que poderiam tentar o espaço de condutores do povo, estão com a imagem em baixa e o caminho da disputa eleitoral não é fácil. Os poucos que tentam ter discurso próximo das pessoas escoram a retórica no moralismo ou em plataformas extremas. Assim, restam os pequenos heróis da rotina, os micro heróis como os bombeiros, as celebridades instantâneas produzidas pelas tevês e os líderes dos esportes. Sofrem de vida curta e de esquecimento longo. Deste modo, temos então o Papa Francisco que luta para ocupar o lugar de herói para atender a necessidade das pessoas que não sabem o que fazer diante da falta de heróis.
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