Manoel de Oliveira morreu velhinho. Era o mais antigo realizador do mundo em atividade. Foi autor de trinta e dois longas-metragens e representava a língua portuguesa no cinema mundial. Dizem que, pessoalmente, era jovial, amável, conversador, sem afetações. Achava o "campo do é visível muito pequeno". E não tinha muitas ilusões sobre a vida. Em 2013, numa entrevista ao jornal Expresso, deixou claro seu pessimismo: "Tudo o que gente faz é um prenúncio de derrota. A vida é uma derrota. A gente vive na derrota. Nasce contra vontade, e não é senhor do seu destino. O mundo é complexo, incompreensível, talvez não tanto para quem tem uma crença nalguma coisa firme, mas para aqueles onde a dúvida prevalece. E o que proponho é a dúvida. A dúvida é uma maneira de ser.» Também gosto muito de outra frase dele: "Não tenho medo de morrer. Tenho medo é da vida" - Manoel de Oliveira (1908-2015)
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