- No Brasil, acredito que a confiança nas instituições do poder – e não apenas do poder político – se encontra, certamente, ao nível mais baixo da história do país. Essa confiança nunca foi extraordinária, mas nunca me pareceu tão ostensiva a ideia de que não podemos confiar nos políticos, nos gestores, nos trabalhadores; não podemos confiar nos jornais, nas televisões, na política; não podemos confinar na justiça, no fisco, nas escolas, nas prisões. Não podemos confiar porque, estranhamente, cresce a impressão que nenhum destes poderes, instituições ou pessoas, funciona como deveria funcionar; nenhum destes poderes age sem uma qualquer obscura motivação ou interesse. Por isso, acho que chegamos neste estado de coisas.
- E agora, o que precisamos mudar? Creio que precisamos refletir, voltar à política e buscar soluções com maturidade, lembrando que a maioria das mudanças costuma ser ilusória, porque não se mudam as leis da economia, da concorrência, do conflito; mudar sim, mas para onde? O país terá de seguir com base em alianças parlamentares, sem assustar os investidores ou alienar as classes médias. Seu comando terá de ser sensato e eficaz, moderado e empreendedor. De nada vai adiantar chorar o lei derramado, reclamar as injustiças do mundo e simular lágrimas ao canto do olho. Demagogia e populismo não resolvem.
- Os líderes políticos não precisam de ser «boas pessoas», mas precisam sim ter caráter, honestidade e propósitos grandes, realistas e firmes. Precisam, igualmente, reconhecer que a política trata da paz e da prosperidade das pessoas aqui na terra e não da santificação da alma.
quinta-feira, 30 de abril de 2015
A palavra é confiança...
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