quarta-feira, 19 de setembro de 2012

A propósito das eleições ...


De dois em dois anos temos eleições, então resolvi dizer algumas palavras sobre o assunto. Lido com a política e os políticos há mais de 30 anos, não falo com arrogância, apenas registro que tenho alguma proximidade com o assunto.

A primeira coisa a assinalar é óbvia: campanha eleitoral é, por natureza, um jogo duríssimo. Se alguém conquista um voto, tal significa que alguém perdeu um voto. Muito simples.

Inevitavelmente, o objetivo de uma campanha eleitoral consiste em obter o maior número de votos possível e tal faz-se em detrimento de terceiros.

Logo, como facilmente se percebe, qualquer pacto de não agressão entre partidos e candidatos adversários é feito para ser quebrado. Será apenas uma questão de tempo. E acontece com todas as campanhas e com todos os candidatos. Ou alguém acredita em pactos que vão contra a própria lógica de uma campanha eleitoral? Aliás, esses pactos costumam ser tão fajutos que não têm sequer mecanismos de penalização em caso de violação.

Um dos piores erros dos derrotados é desvalorizar a vitória dos que ganham. Pode até ser uma espécie de bálsamo para atenuar a frustração da derrota, mas a regra é clara: na corrida eleitoral ganha quem tem mais votos! 

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