A escola no Brasil ensina mal. No ensino médio, a média do país é de 3,7. Isso quer dizer que o êxito de brasileiros lá fora continuará sendo resultado do talento individual de nossos músicos, nossos atletas do futebol e das nossas bonitas modelos das passarelas da moda. Assim tem sido ao longo dos anos e todos estamos contentes e satisfeitos com nossos talentos. Sim, trocamos olhares cúmplices e satisfeitos. Somos até capazes de dizer que temos motivos para comemorar porque há brasileiros amados no mundo inteiro.
Darcy Ribeiro dizia, com grande propriedade, que a maior prova do fracasso da escola no Brasil era este: o brasileiro só se destaca no mundo pelo futebol, a música e a beleza, que são dons que têm muito a ver com a genética e, a rigor, nada a ver com a escola. A tristeza disso é que não aprendemos nada na linha do tempo. Nem vamos aprender.
Estamos administrando a educação de forma sofrível e do mesmo modo que administramos a saúde. Tanto que nossa nota média é 3,7, segundo o Indice de Desenvolvimento da Educação Básica. Nessa batida, dificilmente vamos formar, via nossas escolas, os produtores de tecnologia ou os doutores nas demais áreas do conhecimento que vamos precisar ter no futuro.
O pior é que ninguém parece se chatear com isso. E é tão bom quando ninguém tem que se chatear! Sim, se há coisa que os brasileiros não gostam é de chateação. Deus nos livre de ambições, exigências ou responsabilidades. Temos Pelé, temos Gisele. Duas pessoas que se destacam e que são amadas no resto do mundo. Que bom. Estamos todos de parabéns.
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