A verdade é que a história que
estamos escrevendo põe os "juristas", de uma maneira geral, na
vanguarda do nosso atraso. Poucas "esferas" da vida pública escapam
ao seu controle. Obter um diploma de bacharel sempre foi importante para
nossa elite. Levar um filho à faculdade, na maioria das vezes,
significava, e significa, matriculá-lo em um curso de direito. Daí a
irresponsável reprodução do curso e de licenciados por todo o lado.
Se a sociedade brasileira é o
que é, muito o deve aos seus gloriosos licenciados em direito, muitas vezes
senhores de vasta e profunda ignorância, incapazes de enxergar para além do
reduzido e mesquinho "mundo da lei". Sim, podem julgar-me. Acho essa gente
perigosa, ainda mais lembrando que estão em expansão. A pobreza
cívica de que padecemos, o raquitismo da nossa "vida democrática" e a
arrogância das "corporações", são realidades forjadas com a
participação ativa dos nossos homens do direito.
Não há ambiente mais forte e
influente no país do que o mundo da toga e da data vênia. Pena que
em vez de preparar homens e cidadãos, o "direito" brasileiro tem
gerado vaidosos, raivosos e prepotentes. As transmissões ao vivo dos
julgamentos do STF não são motivo de orgulho para ninguém. O que se vê ali, em
99% do tempo, são manifestações de vaidades ocas.
Ocas...profundamente ocas.
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