Por que a militância em um
partido ou a dedicação a uma causa leva as pessoas — em muitos
casos até as que são extremamente preparadas, cultas e legais — a ofender e a agredir
quem discorda delas? Ser filiado, militante, ou simpatizante de um partido, ou a adesão a determinada causa significa assumir algum lado obscuro da
personalidade humana?
Nietzsche dizia que só a vontade de poder permite ao indivíduo tornar-se o que realmente é. E, assim, ele pode atingir a auto realização. Logo, a busca do poder via o caminho político, por si só, não é erro. Cumpre reconhecer, a propósito, que há pessoas com vocação e competência para liderar equipes e tirar projetos do papel.
Nietzsche dizia que só a vontade de poder permite ao indivíduo tornar-se o que realmente é. E, assim, ele pode atingir a auto realização. Logo, a busca do poder via o caminho político, por si só, não é erro. Cumpre reconhecer, a propósito, que há pessoas com vocação e competência para liderar equipes e tirar projetos do papel.
Jeremy Paxman, no livro "The
Political Animal", afirma que a realidade sobre a política, no entanto, é cruel, uma vez que existe falta de respeito generalizada contra quem busca o
poder via partidos políticos. Se a pessoa é militante da política, ela,
invariavelmente recebe algum desprezo, afirma o autor.
Acredito que para reagir a isso,
para se convencer de que está certo, de que não merece desprezo, o engajado mergulha mais fundo nas próprias crenças e convicções, passando a desenvolver certo fanatismo. Na sequência, tende a tornar-se mais radical.
O passo seguinte da
escalada: ele passa a aborrecer todos à sua volta para convencê-los com
suas razões e seus argumentos.
Na avaliação de Paxman, o mundo da política partidária acaba por criar células de pessoas à parte. São núcleos fechados, marmóreos. Funcionam como células em tudo até na simplificação dos conceitos para não admitir contestação. Não reconhecem qualquer validade das teses contrárias às suas linhas de pensamento. Não há nuances. Tampouco racionalidade.
Depois de analisar a vida de inúmeros cidadãos engajados e com posições radicais, o autor concluiu que nessas células não existe gente heroica, confiante, iluminada ou mesmo com sabedoria. Segundo ele, o grosso da militância abriga graves exemplos de criaturas anedóticas, histéricas, obsessivas e complexadas. E a maioria sem uma satisfatória vida pessoal.
Na avaliação de Paxman, o mundo da política partidária acaba por criar células de pessoas à parte. São núcleos fechados, marmóreos. Funcionam como células em tudo até na simplificação dos conceitos para não admitir contestação. Não reconhecem qualquer validade das teses contrárias às suas linhas de pensamento. Não há nuances. Tampouco racionalidade.
Depois de analisar a vida de inúmeros cidadãos engajados e com posições radicais, o autor concluiu que nessas células não existe gente heroica, confiante, iluminada ou mesmo com sabedoria. Segundo ele, o grosso da militância abriga graves exemplos de criaturas anedóticas, histéricas, obsessivas e complexadas. E a maioria sem uma satisfatória vida pessoal.
Parcela
significativa dos fanáticos falha na solução das neuroses pessoais e tenta se consolar dizendo
que resolverá os problemas do mundo. A suposta preocupação com o mundo pode fazer
dessas células verdadeiras “castas de salvadores” com os olhos vendados por suas ideologias. Claro que pessoas assim não mudam e, dificilmente, mudarão para melhor algo à sua volta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário