Hoje, um pouco antes do almoço, passei em frente ao Ministério da Justiça e pude ouvir nitidamente a Marcha Fúnebre a todo volume. Eram os grevistas com a algazarra desagradável de sempre. Pensei: erram os sindicatos quando recorrem às greves como mecanismo praticamente exclusivo de comunicação com a sociedade. E o efeito perverso dessa estratégica equivocada vai cair sobre a cabeça deles mesmos. O que me parece, aliás, é que muitos dirigentes sindicais marcham para o abismo.
Se a greve fosse uma arma justa, seria o grito dos sem voz. Mas não. Greve tornou-se demonstração sazonal de força das centrais sindicais, sem qualquer remota relação com justiça social, princípios da equidade ou mesmo com o marxismo. Que me desculpem aqueles que pensam de forma diferente, mas não posso concordar com quem se acha no direito de prejudicar o serviço dos outros para tocar marcha fúnebre em pleno sol do meio-dia, sem nenhum morto para ser pranteado. É muita falta do que fazer.
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