Perdoem-me por não avisar ninguém sobre os meus sumiços, nem sobre os meus regressos. É melhor recomeçar com discrição. O plano de fazer o blog é escrever todo dia ao sentir que sei alguma coisa que os outros poderiam gostar de saber também. O problema é que nem sempre sei qualquer coisa. E, quando acho que sei sabe o que acontece? Em vez de escrever e pronto, boto um salto alto de todo o tamanho e fico querendo usar belas palavras para fazer bonito e aparecer.
Aquilo que eu verdadeiramente admiro em algumas pessoas nem sempre é a inteligência, a coragem ou a integridade. O que mais invejo em algumas pessoas que escrevem na internet é a rapidez. Há pessoas que postam o tempo todo, como se apertar o gatilho fosse uma coisa simples, até natural. Ás vezes chego a ter a sensação de que estou vendo o cérebro dessas pessoas em tempo real. Ou quase.
Eu não consigo ser rápida. Fico refletindo durante muito tempo porque quando me exponho ao julgamento dos outros quero atrair atenção e receber elogios. Nem que para isso tenha de esconder partes estranhas do cerébro. Então, vamos falar a verdade: perdoem-me por não avisar sobre os meus sumiços, nem sobre os meus regressos, mas perdoem-me, sobretudo, pela vaidade.
Vaidade. Vanity. Vanité . Vanità [Do latim vanitate] S.f. 1. Qualidade do que é vão, ilusório, instável ou pouco duradouro. 2. Desejo imoderado de atrair atenção ou homenagens. 3. V. vanglória. 4. Presunção, fatuidade. 5. Coisa fútil ou insignificante; frivolidade, futilidade, tolice. Novo Dicionário Aurélio.
Há mesmo pessoas que transbordam o tempo todo em palavras, mas há também os que navegam no silêncio.
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