Juro que é verdade: universidades inglesas e norte-americanas incluíram o estudo da tediologia em seus currículos. Então, sejam bem-vindos à nova disciplina de tediologia, ou melhor "boringology", como se diz no país da rainha com muito charme e estilo. O pai da tediologia é o médico norte-americano William Bean, "especialista" no crescimento das unhas dos pés.
Em 1980, esse estudioso publicou um trabalho nos "Archives of Internal Medicine" sobre 35 anos de observação do crescimento das unhas dos pés. Tudo começou quando ele, aos 32 anos de idade, desenhou uma linha na cutícula da unha esquerda do dedo grande e foi medindo, a partir daí, todas as mudanças ocorridas.
Ele verificou que a unha crescia 0,123 mm por dia, ou seja, 1,4 nanômetro por segundo. Também verificou que infecções fúngicas e envelhecimento reduziam a velocidade desse crescimento. Aos 61 anos, o crescimento caiu para 0,100 mm por dia. Seis anos depois, sofreu nova redução de 0,005 mm/dia.
Na tediologia há muitas formas de passar o tempo tais como: medir o crescimento da grama do jardim, contar o número de cocô de cachorro por metro quadrado durante sua caminhada matinal e correlacionar esse fato com as épocas do ano.
É possível também registar a frequência com que o vizinho do andar de cima vai ao banheiro durante a noite, ou número de vezes que determinado jornal fala mal de algum político por 100 caracteres e a sua evolução, à medida que se aproxima o dia das eleições. Pois é, tudo nesse mundo é possível, até praticar tediologia…
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