terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Feliz Ano Novo!

 
Mais igualdade. 
Mais respeito pelo colega do lado, mas também pela pessoa que não conhecemos e que está do outro lado.
Mais empatia (muito mais empatia).
Mais generosidade.
Menos preconceito (muito menos preconceito)
Mais tolerância (muito mais tolerância).
Menos agressividade.
Mais mulheres e maior pluralidade de nacionalidades, contextos culturais, opiniões e religiões em todos os lugares do planeta.
Mais tempo longe do celular, por favor!      
Desejo ainda que o mundo seja melhor, mas que nós o sejamos também: melhores pessoas, melhores amigos, melhores profissionais, melhores familiares. Melhores gestores da nossa vida, das nossas emoções, do nosso conhecimento e das nossas competências.
Feliz Ano Novo!
Ilustração e inspiração em texto do jornal O Observador 

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Meu aniversário

"Quando eu nasci,
ficou tudo como estava,
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.
As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...

P'ra que o dia fosse enorme,
bastava toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe..."

 
José Régio
Vanda Celia
061 81122424

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Feliz Natal e Feliz Ano Novo!

Feliz Natal e Feliz Ano Novo!

Que em 2020 não sejamos indiferentes ao que nos rodeia.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Giovana, Victor e Arthur, netos queridos!





Vocês falam comigo olhando nos meus olhos e abrindo as carinhas num sorriso genuíno. Faz tanto bem que invento pretextos para sentir mais uma vez o milagre do esmalte dos dentinhos brancos que surgem devagar atrás da boca, que mais parece cortininha cor de rosa.
Vocês já aprenderam a cumprimentar porque recebem boa educação. Boa educação é essencial, mas quando vem associada a um sorriso aberto é capaz de estabelecer relações sociais que tornam certas pessoas especiais e inesquecíveis.

Pessoas de sorrisos luminosos e que oferecem um olhar atento a quem está à sua frente - essas terão com certeza um caminho muito mais fácil, porque ainda antes de dizer a primeira palavra já conquistaram o interlocutor.

Simpatia e a empatia não se ensinam, e não será com certeza falha dos pais se os filhos forem demasiado tímidos para suportar o olhar de estranhos. A propósito: timidez não é defeito, é estratégia. O tímido quer ver o ambiente antes para se mover, depois, com alguma segurança.

Além de sorrir, é preciso conversar. Ouvir com atenção e interesse também ajuda a criar relações agradáveis e duradouras. Aos nove anos, Giovana já fica orgulhosa quando troca ideias com adultos, mas seu interesse maior é para crianças da sua idade.

Ela ainda não tem ideia de como é o mundo dos adultos — onde a maioria é metida a sabe-tudo — mesmo sem resposta para quase nada. Vou propor a ela que pergunte a um adulto porque dormimos.

Se for honesto, ele se calará por que ninguém sabe com certeza. Na verdade, adulto neste ponto de saber sobre as coisas é igual criança: está em busca de respostas. Não, isto não é ruim, o caminho da busca das respostas traz conhecimento, reflexão e crescimento.

Acredito que ao longo da vida o espírito humano percorre uma escada. Os degraus que você sobe reúnem o percurso do seu desenvolvimento. Aliás, pessoas de verdade, enquanto estão vivas, estão sempre incompletas, sempre tentando um degrau mais elevado.

Meus netos queridos, não tenham medo da vida, basta respeito. As pessoas são complicadas, mas são importantes. Só 13% do sucesso de uma pessoa se deve ao conhecimento ou à experiência que ela adquire na vida.

Um total de 87% do êxito de qualquer ser humano se deve ao relacionamento dele com as outras pessoas. Em resumo: uma das grandes missões neste mundo é ter amigos. Ninguém dá uma festa sozinho.

Além disso, acredito que temos mais semelhanças do que diferenças, como provou o genoma. Todos temos coisas em nós que reprimimos e todos precisamos lutar com nossos medos.

Um dos maiores medos que temos é o de enfrentar mudanças. Sim, há vários momentos em que quase tudo muda: os amigos, a rotina, o ambiente. O novo sempre vem. Em momentos marcantes assim paramos para pensar no que fizemos e no melhor jeito de renovar os sonhos.

Nesses momentos, netos queridos, podemos sentir medo, raiva e tristeza. E, sempre terá um olho na nossa lágrima. Limpar o olho e seguir... este é o segredo. No dia seguinte tudo pode ser diferente.

Certa vez perguntaram a um prisioneiro se ele queria ingerir veneno e morrer, uma vez que estava condenado a viver de maneira horrorosa, amarrado e amordaçado. Ele disse não e emendou: “Amanhã, tudo pode mudar”.

Acreditar no amanhã é sempre possível. Não existe uma rotina perversa que seja eterna. Na escola, depois de uma maratona de dias cansativos e de provas consecutivas, começam as férias. A vida é igual: tem sequências ruins, mas tudo tem princípio, meio e fim.
Comprem pão de manhã. Para tudo neste mundo existe a hora certa, o momento apropriado. É importante sentir a luz do dia, o sol das primeiras horas. O corpo precisa disso e quando envelhecemos um dos poucos prazeres que não perdemos é o prazer das manhãs.
Estudem bastante. E tentem ignorar todo o tipo de extremismos. Mantenham-se independentes. Procurem os méritos existentes nas posições opostas e participem de discussões que possam perder. Aprende-se muito.

Procurem ir ao cinema pelo menos uma vez por semana. Ouçam músicas clássicas e procurem conhecer o mundo fabuloso da poesia.
Saibam sempre que eu, seu avô Alberto, seu pai Darlan sua mãe, Júlia, temos muita sorte porque temos vocês. Passamos a gostar muito mais da vida depois que vocês chegaram.  
Conheci vocês três no dia que nasceram no colo da sua mãe, esse ser humano tão especial e elegante que sabe, como ninguém, esconder qualquer tristeza para não deixar ninguém triste.
Sempre que penso na correção da sua mãe, não posso deixar de sentir uma alegria absurda por ter a sorte e a honra de ser a mãe dela. Ela é espinhosa sim, muitas vezes rude, mas é brutalmente honesta.
Com a mãe de vocês não tem hipocrisia. Se não pode dizer o que pensa, ela dá um jeito de olhar daquele jeito dela que sempre diz tudo. Aliás, este olhar é uma lição porque é assim que se mede uma pessoa:  tanto pelo que diz como pelo que não diz.
Sobre o pai de vocês não preciso dizer muito: ele é bom, paciente e generoso. Com a dedicação dos pais vocês vivem uma rotina feliz de amor e de cuidados. Confiem neles, não tenham medo de lhes fazer toda e qualquer pergunta. Não se preocupem com nada e jamais se esqueçam de que não há ninguém no mundo que ama vocês mais que a mãe e o pai de vocês.

Um forte e carinhoso abraço da vovó Vanda e do vovô Alberto  
  







 

domingo, 1 de dezembro de 2019

Folha de S.Paulo x Bolsonaro


Há uma década e meia sou assessora de imprensa em Brasília e  trabalhei para partidos de diferentes tendências do universo político.

Nesta linha do tempo um jornal que diariamente me faz uma assessora melhor é a Folha de S.Paulo. Por ser um jornal marrento, exigente e insistente no bom trabalho jornalístico.
 
Discordo tão completamente desta guerra do Bolsonaro com a Folha que mesmo sendo só uma assessora de imprensa não posso deixar de me manifestar.

A democracia não sobrevive sem imprensa livre e a Folha é esteio fundamental dessa luta. Uma luta vitoriosa. Nos últimos anos, a liberdade de manifestação de ideias fluiu no País com vigor. Imprensa livre e liberdade de expressão tornaram-se conquistas máximas da democracia que construímos.  

O Brasil evoluiu e hoje, sem sombra de dúvida, é um país melhor. Um país que pode se orgulhar da liberdade de pensar, participar e discordar dos brasileiros. Bolsonaro foi eleito também graças a este avanço.  

Erra o presidente da República ao usar seu poder de chefe do Executivo para mexer com os anunciantes do jornal e cortar as assinaturas das repartições públicas. Não foi para isso que ele foi eleito.


Rosa Parks


Era 1º de dezembro de 1955, há 64 anos, a costureira Rosa Parks de 42 anos saiu do trabalho e se sentou dentro de um ônibus, em Montgomery, no Alabama, EUA. Estava no primeiro lugar reservado para pessoas “de cor”. Três pontos depois, o veículo ficou lotado. Mandaram que ela cedesse o lugar. A resposta ecoa pela eternidade: "Não me levanto, não obedeço, não cedo o lugar que é meu, não abdico daquilo a que tenho direito nem vos dou licença para que definam quais são os meus direitos. O Alabama é tanto meu como vosso. Habituem-se. Vão ter que me aguentar neste autocarro todos os dias, gostem ou não. E olhem que eu não vos peço que gostem, eu não vos peço nada. Eu exijo. O Alabama também é meu".