1) 3 máximas da
comunicação: a) tudo comunica, b) se eu não comunico, alguém o fará por mim e,
c) a mensagem é do receptor e não do emissor.
- Opinião
pública é formada pela soma de três fatores: a classe política, os cidadãos e
os meios de comunicação.
- Se
você tem perfeita noção do que quer transmitir e também sabe o que o adversário
quer dizer, é possível construir um consenso, caso seja necessário. Ambos os
lados devem estar em sintonia para construir juntos.
- Comunicação governamental e comunicação
eleitoral são dois tipos de comunicação política completamente distintos.
- A comunicação muda de país a país, uma
campanha da Guatemala não será exitosa no Uruguai, por exemplo, dada a cultura
política diferente. Para ter sucesso, é preciso entender os sistemas
eleitorais, de governo e de partidos de cada país.
- Características da opinião pública: 1)
polissêmica, 2) interdisciplinária e 3) dependente do contexto histórico e
cultural.
-
A primeira vez que foi cunhado o termo, foi no ano de 1750 pelo ministro
de finanças do rei da França, quando disse que era preciso “prestar contas à
opinião pública”.
- Todas as definições de opinião pública
são válidas, visto que é um conceito mutável, equívoco e seu estudo nos aporta
múltiplas definições.
-
Quatro momentos da opinião pública: 1) Pré-moderno (quando a opinião não
era pública, o povo não era um ente, não havia o conceito de nação – época de
Maquiavel); 2) Moderno (criação de espaços públicos genuínos, de trocas
comerciais e informações; início de pensamentos liberais; maiorias e minorias);
3) Científico (a partir do século 19, com a sociedade como objeto de análise e
ente comum; até a década de 1930, prevalecia uma opinião mais qualitativa, até
que as pesquisas quantitativas começaram a aparecer nesta época); 4) Midiático
(a partir do final da década de 1970, com a massificação da televisão).
-
Os políticos atuais não vão ter sucesso com a nova geração, porque
sequer sabem para que servem as redes sociais.
- Definição de cultura política (1960): conjunto de orientações políticas
de uma comunidade nacional ou subnacional; ter componentes cognitivos, afetivos
e de avaliação, que incluem conhecimentos e crenças sobre a realidade política,
os sentimentos políticos e os compromissos com os valores políticos.
-
O conteúdo da cultura política é o resultado da socialização primária,
da educação, da exposição aos meios e das experiências adultas das atuações
governamentais, sociais e econômicas.
-
A cultura política afeta a atuação governamental e a estrutura política
condicionando-as, ainda que não determinando-as porque sua relação flui em
ambas direções.
-
A identidade saiu das instituições e foi para os indivíduos.
- O que acontece quando há eleições a cada dois anos? A legitimidade de
origem se renova constantemente e isso altera tanto as relações de poder como a
sua comunicação.
-
Elementos que devem ser considerados: marco institucional, relações de
poder, história recente, cultura política e mapa de meios de comunicação de
massa.
- Definição de populismo é contestada dentro da literatura política e vai
depender sempre do contexto histórico e cultural de cada país.
- Qual é o tipo de democracia na América Latina? Segundo diversos estudos,
é possível chegar a seguinte conclusão: 1) poder personalista; 2) descrença nos
partidos políticos; 3) fãs e seguidores antes de interlocutores e cidadãos e;
4) é construída via meios de comunicação e pesquisas de opinião.
- Meios de comunicação são instituições, ou seja, transcendem as pessoas –
e transmitem conteúdos simbólicos.
- Impacto da TV na política: midiatização, audiovisualização,
espetacularização, personalização e marketinização.
- Conceito de cidadão supõe uma pessoa politicamente mobilizado e/ou
inquieto. Diferente de um espectador, que apenas senta e observa, esperando
para ver o que vai acontecer.
- Os meios de comunicação impõe a sua lógica de entretenimento na
construção da realidade política.
-
Mujica: reality show; Cristina: novela; Chávez: talk show. Cada
presidente tem seu próprio jeito de fazer política midiática.
- Os meios de comunicação se constituem em atores, cenários e dispositivos
fundamentais para a política.
-
Amplificam a comunicação política, mas tiram a profundidade, argumento e
densidade. Ganham estética e impacto.
- Os políticos ou amam, ou odeiam os meios de comunicação, mas acreditam
neles e dão legitimidade.
- Auge e consolidação dos meios de comunicação, declive do discurso
racional – o debate entre iguais e tempos maiores. Governar é um ato de estar
em uma cena midiática, mais do que tomar decisões frente aos grandes problemas.
- Sistemas eleitoral, de governo e de partidos condicionam a comunicação
de governo.
- A equipe de comunicação oficial faz a gestão em tempos de constantes
campanhas, ainda que não seja um sistema de campanha permanente.
-
Há uma sensação de interação, mas se conserva a lógica de comunicação
unidirecional.
-“Extimidad”, todos os protagonistas de uma comunicação governamental que
cada vez se centra mais nos homens e menos na gestão – e o que buscam com
histórias é aumentar a avaliação da gestão.
- Cuidado para não ter uma história extremamente personalista. Governo é
gestão, e também deve executar e comunicar. As pessoas querem ver GESTÃO. O
destinatário da gestão e da comunicação devem ser os cidadãos.
- A
comunicação de posicionamento para um indivíduo que está dentro de um partido
manchado não adianta muito. É quase certo que vá perder.
- Seu pior inimigo está dentro do partido e nunca no outro, mas é dele que
você vai precisar de apoio na hora da eleição, então é preciso saber medir o
humor político do momento para ver até que ponto a briga com ele pode ir, sem
perder o apoio posterior da população.
-
Tipos de comunicação: 1) eleitoral (com dinheiro, agilidade, acidez,
glamour), 2) governamental (estratégica, comunicação de feitos, crescendo nos
últimos 15 anos), 3) de posicionamento (ante sala da comunicação eleitoral,
para apresentação do candidato, mas é preciso que seja feita com um atributo
associado ao candidato, com muita pesquisa e planejamento prévio – meses e até
anos) e 4) de oposição (comunicação mais reativa ao que o governo diz, de
preferência estando em um cargo legislativo ou em um subnacional menor, para
poder apresentar projetos mais concretos e com maior facilidade).
2. Estratégias Audiovisuais em Campanhas (Elisa Lieber)
-
A midiatização da política + a preferencia dos eleitores pelo visual em
lugar do argumento, coloca a videopolítica no centro da atividade proselitista.
Videopolítica é o domínio da imagem e das ferramentas da comunicação
audiovisual.
-
As imagens constituem, na verdade, representações políticas simplificas
e esquematizadas.- Quando a identificação com um partido perde importância, surge a necessidade de buscar atalhos alternativos.
- Fatores que incidem na videopolítica: conteúdo, comunicação verbal (o que e como falamos), comunicação não verbal, diferentes tipos de emissões e jornalistas e a posição no cenário (fundo, vestimenta, detalhes, etc).
-Os conteúdos: o resumo, o debate, prepara as respostas que devem ser
dadas em público, chaves centrais da mensagem, como condensar o discurso?,
responder o que é perguntado, preparar-se para lançar manchetes, media training
específicos para conteúdos.
- Comunicação verbal: valorização do uso de frases eficazes, engenhosas,
provocativas, da réplica. Frequentemente damos mais valor a um tom mais leve e
anedótico.- Frases relativamente breves para que se entenda melhor; reduzir a variedade de vocabulário para ser massivo; gesticular sem ser exagerado; enfatizar algumas palavras chave; falar devagar; dar ritmo nas respostas; trabalhar o tempo a seu favor; a importância da espontaneidade em tempos de redes.
2.1. Estratégias Audiovisuais em Campanhas
(Elisa Lieber)
- O jornalista vai sempre colocar a câmera na altura dos olhos, mas nunca
deixe que te filme de cima.
- Perguntas que devemos fazer antes de ir a um programa: qual é o programa
que estou indo?, qual o horário de gravação e de exibição?, aonde será feita a
entrevista?, será o único entrevistado?, quem é o jornalista entrevistador?,
quais temas serão abordados?, existe algum evento extra?
- Entrevistas ao vivo apenas se você tiver 100% de certeza de que está
100% preparado para responder.
-Story-telling: conte a história da sua forma.
-Quem é o herói, o candidato ou o cidadão? Sempre o cidadão, o candidato
é o mentor, o que ajuda, mas nunca o protagonista.
-
Redes sociais são para mensagens espontâneas. Atuações ficam par a
televisão.
3.
Relações entre os Poderes Públicos (Roberto Starke)
- A democracia de hoje.
-A divisão de poderes está em xeque por diversos atores.
Acreditar na independência dos três poderes é acreditar em uma utopia.
-A política vive da heterogeneidade social. A ordem política implica
obrigações, proibições e coerções. A política discrimina e divide. Não existe
conflito de ideias que não esconda um conflito de pessoas.
- A política não é universal e vai de mãos dadas com o conflito, mas
também é consenso e ambos vão se equilibrando.
-
Política é feita para políticos. São sobreviventes natos, sobrevivem
todos os dias.
- A democracia é um regime que busca a distribuição de poder na sociedade;
tenta um equilíbrio de poder; uma das conquistas deste regime é a distinção
entre a sociedade civil e a sociedade política. É um princípio de legitimidade,
é um ideal. É um sistema político para resolver problemas de exercício de
poder.
- A democracia deve ser: 1) fundamentalmente uma democracia
representativa, 2) primar pelo Estado de Direito, 3) proteger os direitos e as
liberdades individuais e coletivas, 4) existe e se fomenta no pluralismo
político, sempre respeitando as minorias, 5) com separação e independência
entre os três poderes e 6) ser praticada com o sufrágio universal através de
eleições livres e respeito às leis.
- O conceito de Estado Nação tem estado em xeque, a partir do momento que
um dos seus conceitos, o território, passa a ser algo totalmente permeável
(vide a imigração).
- Atualmente não são as massas que constituem um desafio para a
democracia, mas sim a sua apatia.
- Promessas não cumpridas da democracia: 1) sociedade pluralista, 2) a
revanche de interesses (particular X público), 3) persistência das oligarquias,
não se pode derrotar o poder oligárquico, 4) a democracia política e a
democracia social – a democracia não tem conseguido ocupar todos os espaços
aonde é exercido o poder, 5) o poder invisível, 6) o cidadão não educado e 7) o
voto por trocas (clientelismo).
- Democracia no século 21: fragmentação de poder, descrédito dos partidos
políticos, ressurgimento da antipolítica, poderes econômicos tem um dimensão
cada vez mais global, a política não termina de criar dimensão frente a
economia, local X global e a globalização dos problemas.
- Igualdade se opõe a liberdade. Valores são contraditórios entre si, o
que demonstra que não existe sistema perfeito, mas o sistema que responde as
circunstâncias.
- Sociedade civil é todo o mundo que não está vinculado a política estatal
ou partidária. É a esfera em que os cidadãos se organizam de maneira autônoma e
diferenciada tanto do mercado, como do Estado.
- A partir do momento em que a decisão fica mais próxima da população,
mais legítima ela é. Do contrário, há críticas.
- A sociedade civil hoje é um ator decisivo, visto que o Estado vem
perdendo capacidade de tomar decisões e cumprir promessas. Ocorre um vazio
entre poder e política.
- As redes sociais otimizam a capacidade de mobilização e desafio o
controle e a vigilância do Estado. No meio disso tudo, aparecem movimentos cada
vez mais complexos para a democracia.
- O poder é a capacidade de impor ou pedir as ações atuais ou futuras de
outras pessoas ou grupos. O poder se expressa de quatro formas fundamentais:
pela força, pelo código, pela mensagem e pela recompensa.
- A força é o instrumento mais contundente através da qual se exerce o
poder. O código apela para a obrigação moral sem coerção, por imposição social
ou costume. A mensagem é a capacidade de persuadir os outros a mudarem ou
aumentarem sua percepção sobre os interesses de quem persuade. A recompensa usa
benefícios materiais para induzir um comportamento.
-
Existem três tipos de poder: soft power (convencimento e sedução -
Obama), hard power (força - Putin) e o sharp power (mistura de ambos, mas exige
uma enorme manipulação da informação, de ideias, percepções políticas e
processos eleitorais – Merkel e Macron).
-
Sharp power, o poder agudo. O exemplo mais preciso são os meios de
comunicação. “O que tem, será dado. O que tem pouco, será retirado, Castells.
-
Lógica dos meios: Somente os que tem informações estão em condições de
receber mais informações. Aqueles sem informação ampliam a brecha entre o
indivíduo e a realidade.
- Jornalismo: legitimar a informação e quem converte a informação em
comunicação.
- Líderes transacionais: o líder que
privilegia o status quo e que é muito efetivo em ambientes prescindíveis. A
grande maioria dos líderes são assim.
- Soft
power: inteligência emocional, visão e comunicação. Hard power: capacidade
organizacional e a capacidade de articular coalizões políticas e sociais.
- Fenômeno do populismo: difícil de definir, sinônimo de anti
establishment, reflexo do mau humor social, tende a sequestrar o aparelho
estatal, se desprende dos intermediários, se respalda em simples organizações e
não em partidos, assédio à sociedade civil, discurso de nós X eles é o eixo da
comunicação e não responde a uma ideologia.
- A ideologia é um conjunto de ideias que explicam a realidade a partir de
uma única forma.
- A
mobilização da sociedade civil pode dar total legitimidade para um líder
populista.
- A cidadania está indignada e perdeu a confiança dos políticos em geral.
As instituições e os partidos tem uma capacidade tardia de resposta e dão a
sensação de serem pouco transparentes. A revolução das comunicações tem feito
que a população tenha à disposição uma grande quantidade de informação de forma
imediata e, ademais, também se converteram em transmissoras de opiniões.
-
Há 20 anos o mundo estava dividido entre “bons” e “maus”. Hoje em dia,
quem são os bons e quem são os maus?
Universidade de Montevideo e Fundação Konrad
Adenauer - Relatório de Antônio Mariano, presidente da Juventude Democratas -
Rio de Janeiro.
4. Comunicação de Crise (Luciano Elizalde)
- Comunicação de crise é ter uma boa equipe bem preparada tanto
academicamente, como profissionalmente. Estão a todo instante treinando
situações e conjunturas de crise, de modo a não perderem tempo na hora de
reagir.
- Crise é algo que foge ao nosso controle, em um momento inesperado, fora
de qualquer manual.
- É um momento aberto, sem previsão de fim e sempre imprevisível e
improvável. É a hora buscar consenso para baixar a incerteza causada pela
abertura.
-
A não unificação de critérios aporta a crise e você está sempre dentro,
participando e vivendo a crise, nunca do lado de fora.
-
Apesar da crise ser um momento de descontrole e do imprevisível, é
importante que cada organização tenha seu próprio protocolo de gerenciamento de
crise.
-
Tempo da crise: 1) das redes (imediato e contínuo – necessidade de
monitoramento constante e pressão mudando a cada instante), 2) da imprensa
(rápida, mas não imediata – monitoramento constante, atenção permanente,
necessidade de respostas prontas e estrutura temporal) e 3) justiça (bem mais lento – resultados
legais).
-
Crise afetou a reputação ou a imagem? São duas coisas totalmente
diferentes.
-
O motor e catalisador da crise é a imprensa.
-
O jornalismo sempre vai desconfiar da comunicação política e
institucional, porque é seu trabalho fazer isso e buscar outras fontes e visões
sobre a questão apresentada. Se nos irritamos com isso, é porque não entendemos
o verdadeiro papel do jornalismo.
- O melhor respaldo é o que é tomado como fonte posteriormente. E para a
comunicação de crise é preciso muito respaldo.
- A crise é produzida por um desequilíbrio nas relações de poder. O
desequilíbrio se ativa por conta do dissenso público e/ou privado de certos
jogadores e observadores.
- Crise de julgamento. Situação social em que se julga e como resultado
deste processo, muda a posição relativa do poder.
-
Crise de percepção. Como resultado da modificação da reputação e da
imagem de certos jogadores.
- ANTES: 1) sem história: diagnóstico, cenários, treinamentos e
protocolos; 2) com “história”: diagnóstico, fincar pé em cenários, treinamentos
e protocolos.
- DURANTE: 1) início: “enforcar-se” ou “re-enforcarse” em uma estratégica;
2) meio: gerenciar a crise cuidando de não produzir outras crises; 3) final:
manter a estratégia.
5.
Media Training (Patricia Schroeder)
- Entender o sistema de meio, compreender os critérios de
“noticiabilidade” e preparar a mensagem.
- Nos meios existem conflitos internos: a área administrativa se preocupa
com custos e rentabilidade; a área comercial também se interesse pelos aspectos
empresariais e; a edição/produção quer saber das notícias.
-
Critérios de “noticiabilidade”: novidade, originalidade,
imprevisibilidade, ineditismo, evolução futura dos acontecimentos, proximidade
geográfica, magnitude pela quantidade de pessoas, hierarquia dos personagens.
- Elementos para um estratégia com os meios de comunicação: definir quem é
o responsável final pelo tema, é necessário unificar o discursos (ter um porta
voz), sustentar a verdade na transparência e com ideias força, conhecer e
diferenciar os públicos, a informação interna deve fluir, é preciso desenhar um
mapa de meios.
- O jornalista é apenas um intermediário, quem realmente importa é o
público que irá receber a sua mensagem.
6. Comunicação de Governo (Mario Riorda)
- Comunicação de governo (CG) é a mais a largo prazo de todos os tipos de
comunicação política que existe. Transcende qualquer período.
- Comunicação de riscos é feita para mudar hábitos e pode ser trabalhada
junto com a comunicação de governo. Ex: qualquer campanha de prevenção feita
por um governo, é uma comunicação de risco.
- CG é criar legitimidade e isso demanda muito tempo.
-
Não existe separação entre a comunicação e a política, quem não sabe de
um, não pode fazer um bom trabalho para o outro.
- “Hiper personalização” é o conceito onde as pessoas ficam na frente das
instituições. Exemplo disso é que partidos e coligações já não ganham mais
campanhas eleitorais, mas sim os líderes, as pessoas.
- No governo, o controle da estratégia da comunicação é muito menor do que
na comunicação eleitoral.
- As médias de avaliação dos governos na América Latina tem sido de 35% e
de 60% de reprovação, salvo algumas exceções específicas.
- Ira, bronca e ódio são três sentimentos que resumem perfeitamente o
sentimento da população com relação aos políticos e governos.
- A política é um grande caldeirão de elementos misturados e, por isso,
não há apenas um erro que demonstre a descrença nela, mas é possível apontar
dois principais: 1) a gestão das expectativas da população, os governos acham
que as decisões são binárias, entre SIM ou NÃO, esquecendo que as pessoas
querem muito mais do que isso e; 2) as crises e os ciclos econômicos dos
últimos anos, que sempre afetam qualquer governo.
- Segundo Latino barômetro, os problemas de 20 anos atrás são exatamente
os mesmos: falta de trabalho, pobreza estrutural e corrupção (esta última cada
vez mais evidente).
- Ter estilo de governo é importante, mas quando ele se sobrepõe a fazer a
verdadeira política, o bom governo acaba.
- O conceito de múltiplas agendas é algo que veio para ficar. Por exemplo:
na mesma manhã, na Argentina, foi aprovada a despenalização do aborto pela
Câmara dos Deputados, houve o início da Copa do Mundo e, por fim, a corrida
bancaria mais importante dos últimos anos. Ou seja, não existe mais a ideia de
que um agenda vai se sobrepor a outra na mídia e – muito menos – nas redes
sociais.
- A média de mudança das manchetes dos principais jornais do mundo é maior
do que os trending topics do Twitter.
- O único país da América Latina que não rompeu com o seu sistema
partidário foi o Uruguai.
- Uma área de comunicação no mesmo nível
que outras pastas (p. Ex. Secretaria de comunicação de uma Prefeitura/Governo)
é bom porque gera um mesmo nível de hierarquia e de importância para o setor.
Por outro lado, é péssimo porque não gera transversalidade do tema entre as
demais pastas. Chamado “governo analógico”.
- No “governo digital”, a área responsável
pela comunicação é independente, das demais áreas, respondendo apenas ao
governante. Isso garante transversalidade em todo o governo.
Fonte: Ex-blog Cesar Maia - julho de 2018
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