Jornalista por vocação, cedo
comecei a ter pena do meu País. Aprendi que em outros lugares havia pessoas sem
medo nem miséria, existia menos desigualdade e menos desespero. Vale dizer:
existiam lugares onde as leis eram justas e estavam em vigor para todos.
Não, eu não acreditava em paraísos, mas em sociedades onde a esperança de melhoria era um fato, a desigualdade menos gritante e a liberdade um direito. Fui vendo, estudando, viajando, comparando, e continuei a ter ainda mais pena da terra onde nasci. Me entusiasmei com a volta da democracia e as eleições diretas. Houve alguns poucos avanços.
Passaram os anos. E nada mudou de
forma substancial. Fui sentindo mais funda a pena, mesmo tendo conquistado o
conforto de viver na parte mais rica e bem organizada do país. Sim, materialmente
não sofro com as mazelas, mas nem por isso me dói menos ver e conviver com a
desigualdade e a falta de futuro para a maioria.
Na minha idade é quase nula a esperança que tenho de ver o Brasil sair do atoleiro e da miséria. Resta-me a certeza de que o novo sempre vem. E o sonho de que os que agora são jovens, e os que vierem, possam construir um país de que se possam orgulhar e não lhes doa como este a mim dói.
Não, eu não acreditava em paraísos, mas em sociedades onde a esperança de melhoria era um fato, a desigualdade menos gritante e a liberdade um direito. Fui vendo, estudando, viajando, comparando, e continuei a ter ainda mais pena da terra onde nasci. Me entusiasmei com a volta da democracia e as eleições diretas.
Na minha idade é quase nula a esperança que tenho de ver o Brasil sair do atoleiro e da miséria. Resta-me a certeza de que o novo sempre vem. E o sonho de que os que agora são jovens, e os que vierem, possam construir um país de que se possam orgulhar e não lhes doa como este a mim dói.
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