Prezados prefeitos
eleitos,
Prezadas prefeitas
eleitas,
Não se esqueçam
que o Brasil tem carência de engenheiros, cientistas e pesquisadores. Não gera
tecnologia própria em quase nenhum setor. Na verdade, o trabalhador
brasileiro tem a escolaridade média dos países mais pobres do planeta.
Parcela significativa de adolescentes brasileiros de 15 anos não consegue
escrever um bilhete nem fazer um cálculo que não seja adição.
Melhoramos em
muitos aspectos sim, mas há muito a fazer. Metade dos domicílios está sem
acesso a esgoto. E a violência cresceu demais nos últimos anos. No período de
2011 a 2015, 278.839 brasileiros foram vítimas da violência, número
superior aos 256.124 mortos no conflito da Síria. Em cinco anos, nosso País
teve mais assassinatos que a Síria.
A insegurança
impede a cidadania. Prefeitos devem participar sim, por meio da organização e
do treinamento de guardas municipais, da luta contra o aumento da criminalidade
e no combate às drogas ilícitas. Ninguém está dispensado de participar da
guerra contra a violência.
A vida das
pessoas não está nada fácil. O trânsito anda infernal e a
espera exaspera.
O melhor caminho é investir em Educação e fazer reformas
para combater o desperdício e a corrupção. As máquinas públicas podem e
devem prestar bons serviços de Saúde e Educação, além de investir em programas
que gerem emprego e renda. Um bom ambiente nas cidades vai melhorar, com
certeza, o futuro de todos.
A desigualdade é o
mal a enfrentar. Em todos os momentos e em todas as áreas. Cidade nenhuma será
boa para os visitantes se não for boa para seus moradores. Os
melhores prefeitos são próximos, vão à feira, ao posto
de saúde e visitam as escolas e as obras de saneamento. Ser
prefeito é ser uma espécie de irmão mais velho do cidadão.
Muitas coisas
estão sendo feitas na área social, conforme atestam os resultados do IBGE,
mas há muito trabalho a fazer. Coisa boa de comemorar, por exemplo,
é a queda da desigualdade. O índice de Gini vem continuamente caindo no
Brasil, mas o ritmo é muito lento. Prefeitos e
prefeitas podem acelerar esta queda com coragem, força e
perseverança.
Uma pessoa pode
mover para melhor o mundo de outras pessoas, se souber mover direito. A
prefeitura é a instância de poder mais próxima das pessoas. Essa proximidade
faz do prefeito o vizinho que pode acudir na hora do aperto e ajudar os
que dependem do poder público para garantir a sobrevivência. Espero que cuidem
dos aflitos, os que mais precisam de cuidados.
Como minha
formação é na área da imprensa, não posso encerrar sem uma palavra a
respeito: informem as pessoas. O exercício da vida pública exige
transparência e implica tolerância com a liberdade de opinião dos outros,
uma das condições da vida democrática. Ouçam as críticas com interesse e
paciência. Em algumas vezes, quem critica pode ajudar até mais do que o pessoal
que só bajula.
É isso, muita
obrigada pela atenção,
Vanda Célia, cidadã
brasileira
Perspicazes ponderações, Célia.
ResponderExcluirObrigada...
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