quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Para saber a verdade é preciso ter coragem...


O filósofo Michel Foucault, em "Fearless Speech", uma compilação de seis conferências que ele fez na Universidade de Berkeley, analisa a importância da verdade desde a Grécia Antiga e assegura: a capacidade de acreditar, e de agir de acordo com os princípios da verdade e da sinceridade, pertence a um pequeno grupo de pessoas: as corajosas.

Segundo Foucault, acreditar no que é a verdade significa saber o que é a verdade. E, para saber o que é verdade, é preciso coragem para não aceitar certezas e crenças estabelecidas. De fato. Tomás de Aquino definiu a verdade como expressão da realidade. Chegar à verdade, contudo, é complexo, talvez mesmo impossível dentro da limitada capacidade humana de racionalização.

Em grego, a verdade (aletheia) significa aquilo que não está oculto, o não escondido, manifestando-se aos olhos e ao espírito, tal como é, ficando evidente à razão. Em latim, a verdade (veritas) é aquilo que pode ser demonstrado com precisão, referindo-se ao rigor e a exatidão. Assim, a verdade depende da veracidade, da memória e dos detalhes. Em hebraico, a verdade (emunah) significa confiança, é a esperança de que aquilo que é será revelado, irá aparecer por intervenção divina.




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