Quem escreve quer alguma coisa.
Ainda que seja um twitter de vez em quando, a gente busca a exposição, a
visibilidade. E quando acabamos de escrever ficamos pensando nas pessoas que estão lendo. Seria errado negar ou dizer que
isso não é importante. Tão importante
quanto saber que um amigo perguntou «o que é feito de nossa vida, onde estamos
trabalhando e o que estamos fazendo».
Gostamos de pensar que estamos sendo aprovados. O problema aqui é a consciência de
que nunca vamos conseguir voltar ao tom que tivemos quando estávamos no auge da vida profissional
e da exposição pessoal e social. Nunca se consegue. Tem-se impacto enquanto se
é novo, depois dos 50 é difícil.
Eu falo por mim, não me entendam mal, mas todas as coisas das quais participei na juventude tiveram êxito. Com o passar dos anos tudo mudou e
algumas das empreitadas em que me meti fracassaram terrivelmente. De vez em quando penso que o
impacto só se consegue quando não nos conhecem. Penso, igualmente, que quando
somos jovens e não nos conhecem a gente tem mais coragem.
Os textos que escrevo agora são
menos polêmicos. Digamos que são mais maduros. São mais chatos? Não posso
negar, estou mais velha mas ainda não fiquei cega. Bem, o que posso fazer a esse respeito é manter em segredo um plano de reforma pessoal que inclui muito veneno. Como canta o rei Roberto Carlos: estou guardando o que há de bom em mim...
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